Hey tu pequenito! Tens mais de 18 anos, não escreves como um anormal e achas-te capaz de me vencer no UT2004 se eu tiver o God mode ON? Então és atrasado mas se respondeste não à última pergunta envia-me um email (na barrinha do lado está o "mail e messenger") onde uma oportunidade espetacular te espera! Além do milagre dos homúnculos que andam dentro dos fios a distribuir o correio podes juntar-te como publicador no meu blog!
As condições são que deves publicar um post por quinzena no mínimo e a maioria deles tem que prestar (já chegam os meus para serem péssimos, não?).
PS: convém teres um cão, gato ou animal doméstico que saiba ler porque precisamos de gente a ler este blog.
quinta-feira, setembro 20, 2007
Blow up
Tenho imensa pena que este blog esteja tão árido desde o último post. Podia dar muitas desculpas mas a verdade é que não tenho tido muita inspiração.
Contudo há umas semanas fui agraciado com o link de outro blog que me seduziu bastante. "all cops are bastards Portugal" proclama-se como um foco de luta contra a violência policial. Poderia do mesmo modo ser um blog de apologia à anarquia, NN e SLB que ninguém notaria a diferença.
Eu não tenho problema nenhum com a expressão das opiniões, como eles muito sabiamente publicaram, está na constituição! Agora utilizar a constituição para reivindicar direitos sem praticar os deveres da mesma, apontar dedos a dirigentes (de novo do SLB) porque não lhes deixam entrar com o "material" (um termo usado muito convenientemente quando se quer ocultar o conteúdo que duvido que sejam só bandeiras), fazer birrinha e incitar a luta contra o poder, tudo com uma linguagem extremamente cuidada (no que diz respeito às cedilhas, o resto é um par de estalos na lingua portuguesa) não é expressar uma opinião, é promover o espírito de inconformação cega. E ainda assim eu não tinha problemas, afinal de contas tal promoção é feita diariamente pela oposição ao governo. Não interessa que o Sócrates diga X, está errado porque nós temos os nossos direitos e não abdicamos de 1 grão de arroz para ter paz ou para o país andar para a frente! O que me causa uma grande comichão é a sua autodenominação de ultraportugueses.
Ultraportugueses, sim, não? Depende. Vamos falar dos Descobrimentos, a parte que vem nos livros de escola e que nos faz inchar que nem peixes balão. Os grandes e valorosos portugueses fizeram, vá, trinta por uma linha no mundo inteiro e são, pá, buéda fixe! Enquanto isso os muitos outros portugueses estiveram na terra a lavrar e a coçar os tomates, já que na altura não se tomava banho suponho que haveria muitas mais micoses no escroto. Se vamos chamar ultraportugueses àqueles que ultrapassaram os limites humanos (da altura), desafiaram dogmas (daqueles importantes, não o limite de peso no porão e o número de biscoitos a bordo) e lutaram para que as suas ideias inovadoras se fizessem ouvir, então ultraportugueses são uns quantos cientistas, uns quantos políticos (não estou a ver nenhum mas sou religioso portanto tenho fé que haja), uns quantos activistas de causas importantes, etc. Mas esses portugueses são tão poucos que mais parecem estrangeiros ao pé dos outros portugueses. Daí que tal denominação se deva atribuir à maioria dos portugueses: ultraportuguês é aquele que, nascido em Portugal e descendente bastardo em trigésimo grau de um conde qualquer que traiu a coroa, vive uma vida pacata, trabalha num emprego X, tem mulher Y e amante Z e escolhe uma causa medíocre para defender com unhas e dentes, pelo menos até ser promovido ou mudar-se para França, altura em que deixa de ter a amante Z e compra uma boneca insuflável.
Então sim! Força ultraportugueses! Continuem a lutar pela vossa causa, desarmar os polícias, permitir bandeiras no estádio da luz e mandar o governo abaixo! Quando a vossa enxada for de todos é que ficam felizes!
Eu até gostava de ser daqueles portugueses valorosos mas pronto, sou demasiado passivo e ainda não encontrei um ideal suficientemente bom para me devotar, limito-me a criticar incessantemente os outros...
Abandonando agora o tema do "acab", tenho uma casa de banho nova! Já posso sentar-me confortavelmente na sanita, olhar em redor para os azulejos novos, defecar todos os ideais idiotas, habituais do modelo "universitário formatado versão pós-25 de abril" e tomar um grande banho no chuveiro novo para desencrustar o degredo social que gruda entre os poros!
Mas hoje para comemorar o blow up não vou dizer mal do comunismo!
CALEM-SE, NÃO, NÃO ESTOU DOENTE!
Hoje apetece-me dizer mal de tudo o que está errado com a democracia. Infelizmente como tenho que dormir é melhor dizer só algumas coisas. Vou começar por um exemplo que me marcou para sempre, vindo de um dos meus melhores amigos que um dia, se tudo correr bem, vai estar na cadeira do "Sócras" a encarrilar Portugal de uma vez por todas:
"Tu tens um médico, cinco lenhadores e um paciente em coma. O médico diz que o paciente vai entrar em paragem cardíaca e é preciso dar-lhe medicamento X, os lenhadores dizem que é refluxo ácido e querem dar-lhe um chá de ervas. Numa democracia os lenhadores ganham por mais votos e o paciente morre de paragem cardíaca."
Neste excerto de incontáveis horas de activismo político está o cerne do que está errado na democracia. A ignorância é o aspeto chave, os lenhadores (profissão muito importante contudo desprovida de formação médica) continuam sem saber diferenciar os sinais de um ataque cardíaco de uma unha encravada, logo não devem ter voto na matéria de tratamento médico. Do mesmo modo o eleitor que não percebe um mínimo de leis, que não conhece os candidatos por mais que o fato que trazem, que não conhecem os programas porque não quer, não deve sequer aproximar-se das urnas! Vamos agora fazer uma representação do problema, algo completamente hipotético, se o eleitor fosse idiota poderia acontecer isto:
-Campanhas eleitorais
-Um candidato sobressai pelo seu carisma apesar de não ter um plano concreto ou ideias que não passem por assegurar direitos desnecessários e catastróficos para o tesouro
-O eleitor ignorante gosta da ideia de pagar menos impostos e fica cativado
-Dia das eleições
-Contagem dos votos
-António Guterres é eleito para novo primeiro ministro
-Rapidamente assegura que todos os devotos portugueses recebam subsidios por serem tão fantásticos, especialmente os que não produzem trabalho
-Abre-se um buraco no orçamento suficientemente grande para caber o ego do Conan O'brian
-António Guterres demite-se afirmando que Portugal se está a afundar num pântano
-Portugal afunda-se num pântano
E viveram todos felizes para sempre!
Com um regime assim, ninguém precisa de democracia alguma! Pois, é um regime mau, especialmente para desinformados como nós, os franceses, os americanos, outros centos de países de gente em maioria abaixo do limiar de QI do macaco gervásio (aquele que aprendeu a reciclar numa hora). Mas na prática o comunismo também é mau, a anarquia também (essa nem na teoria é boa) e os outros regimes estão na mesma situação. O que diferencia a democracia dos outros regimes é...
...MTV, laguna beach, the simple life, macdonalds e a mais importante de todas, a sensação falsa de que o eleitor tem o poder! E como já demonstrei, o eleitor perdeu o poder no momento em que não se informou e foi enganado. Ou, o caso de 1% da população cá da nossa terra, quando o vizinho do lado votou no partido dos verdes "porque eles são pouquinhos", sem saber que também votou no PCP devido à coligação. Mas o vizinho nem sabe isso portanto eu vou perder uma hora com ele fazendo uma analogia com casas geminadas e paredes comuns.
Pera aí, o meu vizinho está morto, com quem é que eu estou a falar?
Contudo há umas semanas fui agraciado com o link de outro blog que me seduziu bastante. "all cops are bastards Portugal" proclama-se como um foco de luta contra a violência policial. Poderia do mesmo modo ser um blog de apologia à anarquia, NN e SLB que ninguém notaria a diferença.
Eu não tenho problema nenhum com a expressão das opiniões, como eles muito sabiamente publicaram, está na constituição! Agora utilizar a constituição para reivindicar direitos sem praticar os deveres da mesma, apontar dedos a dirigentes (de novo do SLB) porque não lhes deixam entrar com o "material" (um termo usado muito convenientemente quando se quer ocultar o conteúdo que duvido que sejam só bandeiras), fazer birrinha e incitar a luta contra o poder, tudo com uma linguagem extremamente cuidada (no que diz respeito às cedilhas, o resto é um par de estalos na lingua portuguesa) não é expressar uma opinião, é promover o espírito de inconformação cega. E ainda assim eu não tinha problemas, afinal de contas tal promoção é feita diariamente pela oposição ao governo. Não interessa que o Sócrates diga X, está errado porque nós temos os nossos direitos e não abdicamos de 1 grão de arroz para ter paz ou para o país andar para a frente! O que me causa uma grande comichão é a sua autodenominação de ultraportugueses.
Ultraportugueses, sim, não? Depende. Vamos falar dos Descobrimentos, a parte que vem nos livros de escola e que nos faz inchar que nem peixes balão. Os grandes e valorosos portugueses fizeram, vá, trinta por uma linha no mundo inteiro e são, pá, buéda fixe! Enquanto isso os muitos outros portugueses estiveram na terra a lavrar e a coçar os tomates, já que na altura não se tomava banho suponho que haveria muitas mais micoses no escroto. Se vamos chamar ultraportugueses àqueles que ultrapassaram os limites humanos (da altura), desafiaram dogmas (daqueles importantes, não o limite de peso no porão e o número de biscoitos a bordo) e lutaram para que as suas ideias inovadoras se fizessem ouvir, então ultraportugueses são uns quantos cientistas, uns quantos políticos (não estou a ver nenhum mas sou religioso portanto tenho fé que haja), uns quantos activistas de causas importantes, etc. Mas esses portugueses são tão poucos que mais parecem estrangeiros ao pé dos outros portugueses. Daí que tal denominação se deva atribuir à maioria dos portugueses: ultraportuguês é aquele que, nascido em Portugal e descendente bastardo em trigésimo grau de um conde qualquer que traiu a coroa, vive uma vida pacata, trabalha num emprego X, tem mulher Y e amante Z e escolhe uma causa medíocre para defender com unhas e dentes, pelo menos até ser promovido ou mudar-se para França, altura em que deixa de ter a amante Z e compra uma boneca insuflável.
Então sim! Força ultraportugueses! Continuem a lutar pela vossa causa, desarmar os polícias, permitir bandeiras no estádio da luz e mandar o governo abaixo! Quando a vossa enxada for de todos é que ficam felizes!
Eu até gostava de ser daqueles portugueses valorosos mas pronto, sou demasiado passivo e ainda não encontrei um ideal suficientemente bom para me devotar, limito-me a criticar incessantemente os outros...
Abandonando agora o tema do "acab", tenho uma casa de banho nova! Já posso sentar-me confortavelmente na sanita, olhar em redor para os azulejos novos, defecar todos os ideais idiotas, habituais do modelo "universitário formatado versão pós-25 de abril" e tomar um grande banho no chuveiro novo para desencrustar o degredo social que gruda entre os poros!
Mas hoje para comemorar o blow up não vou dizer mal do comunismo!
CALEM-SE, NÃO, NÃO ESTOU DOENTE!
Hoje apetece-me dizer mal de tudo o que está errado com a democracia. Infelizmente como tenho que dormir é melhor dizer só algumas coisas. Vou começar por um exemplo que me marcou para sempre, vindo de um dos meus melhores amigos que um dia, se tudo correr bem, vai estar na cadeira do "Sócras" a encarrilar Portugal de uma vez por todas:
"Tu tens um médico, cinco lenhadores e um paciente em coma. O médico diz que o paciente vai entrar em paragem cardíaca e é preciso dar-lhe medicamento X, os lenhadores dizem que é refluxo ácido e querem dar-lhe um chá de ervas. Numa democracia os lenhadores ganham por mais votos e o paciente morre de paragem cardíaca."
Neste excerto de incontáveis horas de activismo político está o cerne do que está errado na democracia. A ignorância é o aspeto chave, os lenhadores (profissão muito importante contudo desprovida de formação médica) continuam sem saber diferenciar os sinais de um ataque cardíaco de uma unha encravada, logo não devem ter voto na matéria de tratamento médico. Do mesmo modo o eleitor que não percebe um mínimo de leis, que não conhece os candidatos por mais que o fato que trazem, que não conhecem os programas porque não quer, não deve sequer aproximar-se das urnas! Vamos agora fazer uma representação do problema, algo completamente hipotético, se o eleitor fosse idiota poderia acontecer isto:
-Campanhas eleitorais
-Um candidato sobressai pelo seu carisma apesar de não ter um plano concreto ou ideias que não passem por assegurar direitos desnecessários e catastróficos para o tesouro
-O eleitor ignorante gosta da ideia de pagar menos impostos e fica cativado
-Dia das eleições
-Contagem dos votos
-António Guterres é eleito para novo primeiro ministro
-Rapidamente assegura que todos os devotos portugueses recebam subsidios por serem tão fantásticos, especialmente os que não produzem trabalho
-Abre-se um buraco no orçamento suficientemente grande para caber o ego do Conan O'brian
-António Guterres demite-se afirmando que Portugal se está a afundar num pântano
-Portugal afunda-se num pântano
E viveram todos felizes para sempre!
Com um regime assim, ninguém precisa de democracia alguma! Pois, é um regime mau, especialmente para desinformados como nós, os franceses, os americanos, outros centos de países de gente em maioria abaixo do limiar de QI do macaco gervásio (aquele que aprendeu a reciclar numa hora). Mas na prática o comunismo também é mau, a anarquia também (essa nem na teoria é boa) e os outros regimes estão na mesma situação. O que diferencia a democracia dos outros regimes é...
...MTV, laguna beach, the simple life, macdonalds e a mais importante de todas, a sensação falsa de que o eleitor tem o poder! E como já demonstrei, o eleitor perdeu o poder no momento em que não se informou e foi enganado. Ou, o caso de 1% da população cá da nossa terra, quando o vizinho do lado votou no partido dos verdes "porque eles são pouquinhos", sem saber que também votou no PCP devido à coligação. Mas o vizinho nem sabe isso portanto eu vou perder uma hora com ele fazendo uma analogia com casas geminadas e paredes comuns.
Pera aí, o meu vizinho está morto, com quem é que eu estou a falar?
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