Está muito calor. Devo ter direito a culpar alguém por isto! Vamos culpar o Sócrates, com aquele diâmetro de narinas, não será tanto um primeiro-ministro quanto um exaustor. Seriamente, na qualidade de português tenho a necessidade de atribuir as culpas por este abuso.
Agora vamos falar da consequência imediata do sol abrasador: a exocitose da bimbalhada. Pois sim, como a universitária inocente com óculos de secretária se torna eventualmente no albergue da equipa de rugby, inevitavelmente nestas situações de subida de temperatura, a criatura que é o bimbo sente a necessidade de abandonar a sua residência e migrar para o bar\café\tasca\banco de jardim mais próximo onde converge e interage com outras estirpes de bimbo. Nesse momento é criado um espaço onde decorre o mais evoluído nível de construção intelectual plural. Refiro-me claramente ao falar sobre “a bola” (uma analogia à degeneração da política social contemporânea para aqueles que não são suficientemente “capazes” para decifrar o que é óbvio) e as mamas mesmo boas daquela apresentadora das notícias (não é analogia nenhuma, são mesmo boas).
Vários peritos do ramo da microbiologia tentaram classificar e compreender melhor o bimbo. É uma tarefa árdua no entanto, visto que este apresenta uns quantos nichos ecológicos de difícil acesso: a casa do bimbo, onde este é protegido da ameaça exterior pela “mulher do bimbo”; o local onde o bimbo adquire o seu substrato energético natural – a “imprialsachavô” – onde pela concentração de bimbos existe um perigo de sobreexposição para o biólogo; e o mecânico do bimbo, ponto onde este passa um terço do tempo a tentar dar vida a um material inerte comummente denominado por “lixo”, sendo impossível estudá-lo neste meio já que não é, de todo, estéril.
Assim sendo a classificação e diferenciação do bimbo mantém o uso de técnicas clássicas, passando principalmente pelas características da membrana externa, o boné que um dia foi azul mas hoje é verde, a manga cava onde um dia se leu que ele foi ao Eurovisão de “mil nove e sessenta e dois” e as calças de trabalho, deixadas no chão desde sexta e que portanto “estavam à mão”. Não foi mencionada roupa interior intencionalmente.
Tendo já apresentado o espécime em questão, voltamos ao dilema inicial: o que traz o bimbo à rua num dia de calor? O consenso da comunidade científica afirma que a resposta se reduz a três factores: a mulher do bimbo cheira mal, a temperatura do meio habitacional é superior à recomendada e este mesmo aumento também amplia as necessidades nutritivas do bicho.
E eu concordo.
Agora vamos falar da consequência imediata do sol abrasador: a exocitose da bimbalhada. Pois sim, como a universitária inocente com óculos de secretária se torna eventualmente no albergue da equipa de rugby, inevitavelmente nestas situações de subida de temperatura, a criatura que é o bimbo sente a necessidade de abandonar a sua residência e migrar para o bar\café\tasca\banco de jardim mais próximo onde converge e interage com outras estirpes de bimbo. Nesse momento é criado um espaço onde decorre o mais evoluído nível de construção intelectual plural. Refiro-me claramente ao falar sobre “a bola” (uma analogia à degeneração da política social contemporânea para aqueles que não são suficientemente “capazes” para decifrar o que é óbvio) e as mamas mesmo boas daquela apresentadora das notícias (não é analogia nenhuma, são mesmo boas).
Vários peritos do ramo da microbiologia tentaram classificar e compreender melhor o bimbo. É uma tarefa árdua no entanto, visto que este apresenta uns quantos nichos ecológicos de difícil acesso: a casa do bimbo, onde este é protegido da ameaça exterior pela “mulher do bimbo”; o local onde o bimbo adquire o seu substrato energético natural – a “imprialsachavô” – onde pela concentração de bimbos existe um perigo de sobreexposição para o biólogo; e o mecânico do bimbo, ponto onde este passa um terço do tempo a tentar dar vida a um material inerte comummente denominado por “lixo”, sendo impossível estudá-lo neste meio já que não é, de todo, estéril.
Assim sendo a classificação e diferenciação do bimbo mantém o uso de técnicas clássicas, passando principalmente pelas características da membrana externa, o boné que um dia foi azul mas hoje é verde, a manga cava onde um dia se leu que ele foi ao Eurovisão de “mil nove e sessenta e dois” e as calças de trabalho, deixadas no chão desde sexta e que portanto “estavam à mão”. Não foi mencionada roupa interior intencionalmente.
Tendo já apresentado o espécime em questão, voltamos ao dilema inicial: o que traz o bimbo à rua num dia de calor? O consenso da comunidade científica afirma que a resposta se reduz a três factores: a mulher do bimbo cheira mal, a temperatura do meio habitacional é superior à recomendada e este mesmo aumento também amplia as necessidades nutritivas do bicho.
E eu concordo.