A música tem o dom de nos transportar para... bem, depende. A maioria do que oiço leva-me a um sítio eufórico onde não existe nada mais senão a adrenalina. Todos os meios para a atingir são válidos, como um drogado à procura do seu "fix". Outras carregam-me para um café junto à praia onde sinto o sabor das ondas na minha bebida e a paz chega até ao horizonte. Mas uma pequena parte leva-me a recantos da memória. Recantos que por vezes não quero visitar.
Um grande álbum dos Infected Mushroom lembra-me do estágio que fiz no Amadora-Sintra, nomeadamente um frenesim de ter tudo feito a horas, de longas noites a trabalhar e intermináveis esperas no trânsito em que o meu único amigo era o redbull que alternava na mão com o volante e as mudanças. Se algum dia voltar a lutar com alguém quero que seja ao sabor de infected mushroom.
E depois o mais clássico dos exemplos da açorda que é a memória são as baladas e balada-like. Qualquer homem que teve uma história de amor (qualquer que seja a concepção de amor dele) tem uma música para a lembrar. E 3 a 4 minutos de melodia fazem reviver o bom e o mau.
Uma vida não pode ter mais que um final feliz. Todos os outros pequenos finais não o são, podem é ser necessários. E que os melhores remédios contra a melancolia são: música trance, Top Gear, Unreal Tournament, jogos de corridas, exercício físico, espancar paredes.
...E, claro, o pequeno thrill de esmurrar um mosquito e calmamente esfregar o nosso sangue roubado do estuque... se calhar preciso de um especialista...