segunda-feira, maio 28, 2007

Flashbacks

Em primeiro lugar aviso já que não quero ofender ninguém com este post. Não é essa a finalidade (pelo menos uma vez na vida) e cada um deve lembrar-se de que um momento na vida de alguém é uma conjugação dos vários sujeitos em sua volta. Com isto dito, quem se ressentir que vá chorar com o benfica que também não ganhou taça nenhuma este ano!

Para o post em si:

A minha namorada andava antigamente no meu colégio do secundário. Com isso em mente decidi pedir ao Kummando todas as fotos que ele tinha do CAV para lhe mostrar como os nossos amigos tinham passado os 3 anitos mágicos. Mas acabei por ser eu a vê-las.

Como é que eu me divertia tanto?

Ao reparar nas fotografias via que qualquer situação era motivo de divertimento. Não havia um minuto aborrecido, nem que estivessemos a fazer uma frota de barquinhos de papel das pastilhas super gorila, estávamos com um sorriso na cara!

E agora?

Agora rio-me... de vez em quando... mais com uns que com outros... Confesso que tenho um grupo particular de amigos na faculdade com quem me divirto incansavelmente! Mas 5 ou 6 em 300 pessoas? Quando é que distribuiram os paus de vassoura rectais e os neurosupressores?? É que eu acho que faltei a essa aula!

Mas enfim, a situação lembrou-me de algo que vi na TV enquanto a minha mãe estava nas compras (a melhor situação em que um filho pode estar obviamente). Na MTV passava mais um dos "so called" programas da vida real onde mostraram uma rapariga que se dizia muito madura. Não a vi esboçar um sorriso durante o show, não a vi fazer mais nada senão estar ali com um ar de quem está com prisão de ventre há uma semana. É este o conceito de maturidade?

Ou será maturidade a capacidade de reagir de acordo com a situação e saber ser único? Uma pessoa não deve começar a dançar o malhão espontaneamente durante uma reunião de trabalho (a não ser que seja do rancho) mas será que há problema em fazê-lo numa atmosfera despreocupada apenas para provocar o riso?

Eu chamo a isso maturidade. Considero-me uma pessoa relativamente madura (visto que de vez em quando não tenho a melhor atitude perante as situações que se apresentam) e não me importo de fazer caretas, drama e comédia, desde que a situação assim o permita. E se for a um jantar de gala ainda sei pôr o fato e ser cortês! Para mim, não conseguir descontrair, ter sempre aquela manequim de plástico a cobrir-nos, é que faz de nós seres imaturos, estamos a moldar-nos pelo que pensamos que o mundo quer de nós... isso está errado para aqueles que não apanharam!

Bem, vou ter que ver se ainda se arranjam vassouras na Menina Antónia (papelaria da FML para quem não conhece) que é complicado meter os phones quando vêm ter connosco sem tópico de conversa aceitável. O meu medo é o de acordar um dia como mais um cromo que se afoga em livros, não tem ideias próprias, engraxa os profs e depois ainda fuma uma ganza nas olimpíadas para mostrar que é o maior. Especialmente porque isto na terra onde vivo chama-se de imbecilidade (para usar termos não insultuosos.

Vocês já tiveram ou têm colegas cromos graxistas que querem limar até à morte com as costas de uma colher de sopa? Então deixem o vosso comentário que eu estou quase morto de vou para a caminha!

Xau xau!

quinta-feira, maio 24, 2007

Busy bees

O meu cão já se deve estar a perguntar porque é que eu nunca voltei a pôr cá os pés.

Então eu explico-te Nero. Tenho estado altamente ocupado. Tal facto deve-se à produção do diário de medicina preventiva, uma iniciativa muito engraçada que me tem dado uma dor de cabeça aguda... daquelas que a Sra. Alzira tem quando vai à praça às quartas feiras e não há laranjas a preços que "merecem a pena"... Amanhã já vou entregar o diário, faltam-me quatro aulas e estou com um feeling positivo... excepto talvez pelo problema com anatomia, na pessoa do "Couto", denominado como o segundo pior examinador oral...

A minha vida é uma data de reticências...


Neste intervalinho que faço na faculdade desejo também alertar para o crime que se está a cometer no estabelecimento panificador denominado por panicoelho: não há bolachas de manteiga!!!!

QUEM É QUE SE DÁ COMO CULPADO???

Talvez eu, o maior consumidor na área de Rio de Mouro, limpei duas lojas em uma semana. Mas um home tem que s'alimentari!!!


Entretanto convém também realçar, não se preocupem que é o último aparte antes da conclusão, que sobrevivi ao seminário de partilha de experiências de introdução à medicina. Três horas a penar e só há um trabalho que me cativa a vista. E nem é o meu! Francamente apesar de sentir uma profunda necessidade de o fazer, no âmbito da boa nota na medicina humanizada, a realidade é que o que foi apresentado não é humanização, é lamechice. É uma tentativa de mexer com os sentimentos alheios na promoção de ideais, tal como os cartazes políticos. Enfim, vivemos num mundo em que está mais que provado que vale tudo para vender uma ideia e ganhar uns tostões, ou neste caso ter uma boa nota. E espero não ser apanhado por nenhum dos meus colegas tão "humanos"... ainda me chamam fascista ou pior, desumano.


Enfim...



Concluíndo, realço que brevemente acorrerei ao socorro do blog, Nero podes estar descansado! Não me esqueci deste meu roseiral, apenas tenho estado a penar todas as noites em volta do diário, posters, estudos vários, etc.

Nonetheless, I shall deliver!!


Cumprimentos a todos os que têm apoiado esta iniciativa, deixem o vosso comentário que é sempre bem vindo!!

sexta-feira, maio 11, 2007

Superficial, profundo, whatevs

Optei hoje por um título sucinto, é mesmo do que vou falar. Superficial, profundo como maneiras de estar; o que são? Será que é preferível ser superficial com algumas pessoas, revelando a nossa profundidade a quem sabe lidar com ela?

Em primeiro lugar, definir os termos:

Superficial - ...pouco profundo; pouco fundamentado; sem descer a minúcias; leviano; aparente.
Profundo - com intuito de simplificar tomem como profundo o antónimo de superficial.

Agora, quanto ao meu ponto de vista, podemos dividir as pessoas em vários tipos de profundidade: "aquelas que não passam dali", vulgo FT, aqueles que são mais ou menos profundos, aqueles que fingem que são profundos e aqueles que fingem que são superficiais. A maioria das pessoas profundas conseguem dar-se com gente superficial, tendo um mínimo de humildade e paciência para aguentar as conversas sobre a superpop, morangada e street racings. Já as pessoas superficiais não se conseguem envolver numa conversa profunda, visto que não passam dali. Não estou a dizer nada de mais, é o habitual. Também os superficiais que têm a mania de ser um poço de cultura acabam por esbarrar na parede da sua ignorância e irracionalidade e ser motivo de chacota para todos, genial mesmo essa gente!

No entanto aqueles que apelam mais ao meu interesse são os que descem ao nível da superficialidade quando afinal são gente que pode algo mais que isso. E este curioso grupo de gente foi-me apresentado por uma senhora, que por acaso também lê este blog (como toda a elite cultural devia fazer...isto é só gente 5 estrelas), quando me levava para casa do meu rico paizinho. A superficialidade traz alguma felicidade na vida (felicidade que só a percepção da realidade estraga completamente), o fingimento desta traz outras coisas, nomeadamente alguma discrição, já que somos mais uma pessoa superficial a que ninguém vai ligar, permitindo-nos uma paz relativamente alta; e aceder a certas pessoas com quem seria praticamente impossível a comunicação sem recorrer a temas insípidos. Ora vejamos, recordo com nostalgia o tempo em que baixei o grau da minha conversa aos níveis da...ralé do 11º... só para ouvir o...adivinhem... FT ressoar no pátio as seguintes linhas que ainda hoje inspiram os maiores pensadores da humanidade:

"política? eu quero é gajas!"
"Pois, eu não gosto de me sujar muito, depois de bater uma tenho o lencinho sempre à mão."

Digam lá se não é um prazer ouvir tais palavras! Ainda me vêm lágrimas aos olhos sempre que penso neste poço de... cheio de... fogo, é complicado elogiá-lo, o homem dispõe de tantas qualidades!

Claro que fingir traz certas desvantagens, o facto de babar na almofada à noite (podiamos chamar-lhe incontinência oral, sim, acho que é um bom nome!) e de ao fim de algum tempo começarem a crescer borbulhas no topo da cabeça e couves-flor no pénis. ----> diarreia mental ou seja.

Claramente uma das desvantagens é uma certa repulsão que algumas pessoas boas sentem por gente que lhes começa a parecer superficial. Enfim...


Eu apoio a vida vivida como Ulisses. Ulisses trabalhava nas obras como imigrante ilegal...pera, não é este Ulisses. Ulisses era um homem astucioso... acho. E todos devemos ser. Aquele que tem 2 dedos de testa percebe que não se pode revelar da mesma maneira a toda a gente. Criamos estratégias para definir as pessoas, parecemos agradar a todos porque há inimigos que não se quer, há uma estratégia a seguir na vida para chegar a tal objectivo. É um jogo de xadrez, escrevemos na agenda as jogadas simples e prevemos na cabeça respostas a jogadas complexas que executamos ou não segundo os ganhos. Só o sociopata enfrenta todas as batalhas... e o Donalde Trump... e o Bill Portas... e o Marques Mendes mas esse é baixinho e esquiva-se aos golpes altos...e um pouco ao atirar pó trissómico.

Em jeito de conclusão (como diria metade do campus de medicina em jeito de falta de léxico para substituir o bordão por palavras que não soem tanto como o Paulo Bento ou o Cristiano Ronaldo) convém assinalar a importância da superficialidade! E por mais estranho que isto possa parecer, é realmente importante a última! É esta que nos relaxa no fim de um dia stressante, é desta que nos rimos. Sem mediocridade não haveria humor e eu julgo partilhar com os leitores do blog (o meu cão Nero e o presidente da câmara de vinhais lá do meio, um pouco mais para baixo) uma estima pelo esforço herculiano do nosso treinador (sim, eu sou do sporting) quando tenta não repetir a última palavra ou arranjar um sinónimo para tranquilidade!



Para amenizar (espero estar a utilizar a palavra correctamente) o ambiente um pouco, citarei algumas orações brilhantes que ouvi nestes últimos dias:

"Sim mas no fundo todos queremos morrer" (tudo bem para um emo...não a prof. de BMC)
"Suicídio celular" (lembra-te macrófago, corta os pseudópodes na vertical!)
"Eu até vos percebo, eu estou muito com os meus jogadores da vossa idade, no hotel, nos balneários..." (nos quartos...ai o senhor selecionador de rugby! Sem faltar ao respeito, afinal de contas deu a melhor aula de introdução à medicina deste ano)


Com isto quero finalizar agradecendo a todos os que tornaram este post possível:

-Eu
-Nicola Cafés
-Kummando
-LW
-N.
-Aquela chata que está a ler este post que me deu a ideia(inserir aqui expressão revelando sarcasmo que deverá ser dita em tom de desdém)
-Staff integral da FML e HSM
-Cláudio Ramos, menina dos meus olhos
-Cadbury
-Vaselina Maria Inês
-FT
-Equipa portuguesa de ciclismo do ano de 1976 (leia-se mil nove e setenta e seis)
-Fermento royal
-Bolachas de manteiga da panicoelho


PS: a todos os que ainda tiverem paciência (e se chegaram aqui é por que têm) recomendo o blog de um amigo meu, dedicado aos entusiastas da fotografia - http://golpe-de-vista.blogspot.com/ - simples, actualizado diariamente, com a promessa de uma nova peça de arte em cada post, seja dele ou de outro autor. Vale a pena tirarem uns minutos para apreciarem certas peças!

quinta-feira, maio 03, 2007

Praise

Neste post faço homenagem aos grandes soldados urbanos (título escolhido a dedo para parecer o mais xunga possivel, apesar de não ser, denotando um alto teor de sarcasmo e assim preparando o leitor para a grandessíssima m***a que vem a seguir):

1. LW - Sim, só estás em primeiro lugar porque sem ti não tinha conhecido a N...

2. Sasha Brown - o homem das mil faces. O hippie, o vampiro, o cowboy, o maniaco devorador de brownies... Sasha, estás no coração de todos nós. Ah não, isso é a válvula mitral...

3. P. Serra - A guerra santa acabou há muitos anos...

4. Kummando - Não fizeste absolutamente nada nos últimos tempos mas pronto, praise away!

5. Rub-a-loo - Nunca vi ninguém a improvisar tão bem no bandolim!

6. Preservativos Zig-Zag - Será que esperam mesmo vender com um nome desses? É preciso coragem!

7. Pedro Alves - Straight Flush... não digo mais nada...

8. N. - Se aguentas um mês de mim estás pronta para o tarrafal!


Muitos de vós (todos provavelmente) não entendem as histórias por detrás das homenagens mas peço que acendam uma velhinha por estas almas (não, não há aqui nenhum erro gramatical).