quinta-feira, julho 10, 2008

Pantagruel psicológico

Acabei de endireitar uma caneta paralelamente à mesa onde está. E pronto, esta é toda a ordem da minha vida. Não me atrevo a dizer que tenho uma má vida, muito pelo contrário, anos de espancamento deram-me uma bela carapaça para suportar tudo com um sorriso na cara... mas dá para ter um bocadinho de descanso? Vá lá, só uma semana em que não tenha que

-ter problemas financeiros para resolver
-socorrer família
-ter problemas amorosos metaforicamente nucleares
-insultar a torto e a direito os técnicos de informática de outrém
-salvar o mundo

Eu juro, se o cabelo não me sai da frente dos olhos faço pente 0! Isto é demais! E o melhor é mesmo ficar a pensar o que podia ter feito melhor...
Sim! Podia ter feito melhor! Mas não fiz, fiz o que podia! E peço gentilmente que não me crucifiquem quando me esqueço de uma agulha depois de limpar o palheiro.

É mesmo esse o ponto de interesse. O "ponto de partida". Porque o ser humano é a maior besta à face da terra, não se contenta com um chocolate, quer logo a caixa. Eu sei porque sou guloso. E eu, juntamente com mais não sei quantos bons samaritanos habituamos mal as pessoas. Estou sempre lá para toda a gente. Depois um dia não estou e sou a pior monstruosidade a desgastar terreno. É profundamente irritante. Especialmente quando a experiência me ensinou que os cabrões são sempre recompensados. Maquiavel já o disse, Darwin disse-o à sua maneira e ainda assim andam aí idiotas como eu.

Agora vou passar a ser cabrão! Se calhar tenho mais sucesso e não tenho a minha tia a dizer-me para ir a Lisboa fazer companhia à minha avó no hospital porque ela tem "coisas para fazer", código para ver a telenovela. Se calhar assim tenho meio mundo a lamber-me o rabo.

Francamente, nunca pensaram nisso?

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