terça-feira, janeiro 02, 2007

Ano Novo...vida continua

Podia estar aqui a reescrever o mesmo post sobre o significado que as pessoas dão aos dias mas a repetição é um dos defeitos que felizmente tento evitar.

Por acaso este post é dedicado apenas à aventura que tive no ano novo em si e não uma filosofia muito bem cuidada que obviamente não estou apto para fazer às 2 e meia da manha.


Assim esta é a história de mais uma das conceituadas festas da garagem do Cabral: só gajos. Ora todos os gajos que conheço torcem o nariz ao ouvir essa expressão e adicionam quase sempre a designação "festa da mangueira". Continuo sem perceber o mal de um encontro com os velhos amigos. Sem dúvida alguma que o sexo feminino contribui largamente para a disposição da malta, não me excluo de maneira alguma, mas trazer raparigas para, por exemplo, uma noite de póker é no minimo considerado um ultraje, como se fosse comer carne de porco para uma sinagoga. Esta foi a pequena introdução à ideia da festa na garagem do Cabral, o encontro de confraternização.

Levei a minha mesa de mistura, phones, combinado com o computador de um, colunas, software de outro e música e alguém com muita vontade de misturá-la (felizmente não me calhou o fardo). Jogámos ping-pong, comemos tudo o que tivesse sal a mais e finalmente veio a parte das bebidas. Nunca podem faltar bebidas no ano novo. O Rafa encarregou-se da cachaça, o Cabral da Tequila e todos os 7 de as beber. Por ordem de gostos disporia as bebidas que consumi naquela bendita noite: caipirinha, tequila, champagne, tequila com cola ou mexico libre. Sim, a única bebida que fica mal com coca-cola é tequila!
Tal festa não ficaria completa sem a subida "ao monte", sendo "o monte" um cume do mesmo de onde se vê o Tejo de um lado e Sintra do outro, uma vista inigualável. Caso insólito, o senhor Bordalo embebedou-se com cachaça, juntamente com o Rafa e o Cabral, apesar do primeiro estar pouco habituado ao alcool, facto que fez com que este o atacasse sem compaixão!

A terminar, uns Nespressos, o café mais sensual do mundo como poria o Barroso.



Agora, tentando ao máximo não adormecer na tecla de espaço, tentarei apreender os aspectos mais interessantes disto tudo!

1. Não trato nenhum dos meus amigos mais chegados pelo 1º nome. Apesar da incrivel falta de sentido disto, faz-me sentir uma certa cumplicidade. E foi sem dúvida um momento nostálgico reunir a malta de novo. Há amigos que nunca se perdem, nem no tempo, nem no espaço.

2. Consegui apagar totalmente o nome de duas personagens da festa no meu post: o Henrique e o Machado. O primeiro apareceu pela primeira vez neste tipo de festa, não tem o seu papel tão definido como os outros, logo não consegui introduzi-lo no texto da mesma maneira tão "deja vu". O segundo foi omitido por propósitos subliminares muito mais interessantes. O Machado desde que entrou para a universidade tornou-se num "universitário" padrão. Como eu sempre fui muito amigo de padrões foi muito dificil dar-me com ele... não suporto gente que eleva a bebida ao expoente máximo da humanidade! A universidade é optima mas não há nada como ser nós próprios e não "mais um" (como eu em "mais um" blog!).

3. Não mencionei o facto da minha namorada ter mandado uma sms que me deixou muitissimo triste. Não mencionei ter ligado à minha "amiga" por excelência. Não mencionei a enésima discussão com a minha ex-namorada.
-A minha namorada quer um "espacinho para nós". Infelizmente nesta relação eu não consigo arranjar um espacinho para mim, o leitor tire as conclusões do que vai acontecer a seguir. Se calhar não estou pronto para uma relação. Se calhar a culpa é dos dois mas sem dúvida que não fomos feito um para o outro. E de certeza que cometi o maior erro da minha vida e peço perdão pelo que farei brevemente. E é por isso que fiquei triste.
-A minha "amiga" por excelência... conheço-a há pouco mais de um mês e cada vez que falamos parece que me entende melhor. Já para não falar que me entende melhor que eu (o que não é dificil, eu só faço por entender as outras pessoas e negligencio a mim próprio). Omiti-a porque ela não faz parte da festa por razões óbvias. E apesar disso sinto que aquele telefonema fez a diferença.
-Longe de estar a lavar pratos em praça pública, eu e a minha ex-namorada temos os nossos atritos. Queremos ser amigos, pessoalmente acho-a interessantíssima, apesar dela ter acabado comigo (culpa minha por ser um idiota e perceber demasiado tarde). É pena a quantidade de pessoas que nos falam sobre isto não ser "normal". Normal é uma estimativa da moda, ser "normal" não é bom nem é mau, desde que seja por escolha própria. Eu tenho cabecinha, sou maior e vacinado! Pronto, tivemos mais uma discussão. Acordámos ser a última nos próximos tempos sob pena de não nos voltarmos a falar... não perca nos próximos episódios...

Balanço positivo, não fomos ameaçados de pancada desta vez por pessoal com canos e tacos de golfe! Aprendi a fazer caipirinha e trouxe óptimas lembranças e fotografias.

Também trouxe comigo uma enorme introspecção sobre o modelo da minha próxima namorada para desta vez não errar na escolha. Há sempre uma margem de erro, é preciso arriscar mas não quero partir mais corações nem sair com o meu partido sem boa razão. Ainda dizem Ano novo, vida nova! Os problemas são os mesmos, as resoluções fazem-se em qualquer altura. Nada muda por um ano passar, muda porque alguém quer que mude e faz algo por isso. Com isto na cabeça a minha resolução foi a habitual, não digo mais, quem me conhece que pergunte.



Às 3 e meia me despeço dos meus fervorosos 2 ou 3 leitores. Se o mundo me puder ouvir digo: façam deste ano a cura para todos os males do país e do mundo. Pronto, se podia agora já viraram todos as costas! Ninguém quer ouvir sobre ser melhor e trabalhar mais!

Peço desculpa pela enorme sabonetada textual, costumo ser mais curto e conciso nos meus textos.


PS: Salvem os cães de loiça!

2 comentários:

Anónimo disse...

Obrigada por te lembras de mim, acredita que também fizeste a diferença na minha muito menos interessante noite de ano novo.

João Rodrigo disse...

=)