Como fazer uma introdução?
"Olá, sou o João e sou assim e assado".
Parece muito seco, muito de caras, pouco empático.
Porém, um discurso inteiro, a contar os sonhos, as esperanças, os traumas e infância e a data da última consulta do dentista parece areia a mais para uma primeira conversa...
"Olá. Chamo-me João. Não, não sou o outro João, sou este João. "
... Muito confuso.
Posso fazer como os meus professores me ensinaram:
"J.M., sexo masculino, 20 anos, residente e natural de Lisboa, causasóide, com antecedentes pessoais e familiares..."
Deslavado, muito "linguagem de médico". E, como um exemplar destes um dia me disse, "os homens desta profissão não costumam ser bons maridos" - a falar assim de certeza que nenhuma mulher nos quer aturar!
"Ora muitos bons dias, caras senhoras e caríssimos senhores, tenho no bilhete de identidade a designação de João Miguel, também estou na faculdade, e o (grande, enorme, gigante! qual ídolo, qual herói, qual deus!!) fundador deste blog convidou-me a fazer parte do seu grupo de escrita.
...
Apenas uma verdadeira dúvida me surgiu na cabeça.
Ora se eu me chamo João, e se o fundador do blog também de chama João, e considerando que frequentamos a mesma faculdade, parece que somos a mesma pessoa. A partir do mesmo nome surgem duas figuras que, embora pareçam partilhar projectos de vida em tudo semelhantes, têm um background ligeiramente diferentes. Aliás, encontram-se em pontos de vida quase antagónicos (ok, também não tanto...). Ao contrário de F. Pessoa, que criou personagens imaginárias com tal detalhe que parecem ter vida própria, aqui uma palavra (o nome, que em último caso não é real, físico) carrega dois vectores distintos, esses completamente reais, visíveis, errantes. E tentei procurar na net uma palavra que conseguisse exprimir esta teoria.
Por enquanto parece que ninguém a inventou.
Conclusão, vou tentar mostrar uma perspectiva diferente de como pode decorrer uma vida, outros erros que se tomam, outras experiências que surgem, podendo talvez criar um paralelismo entre ambas. Agora que sou parte do grupo, deixo de certa forma de ter uma perspectiva crítica e credível para poder fazer esse trabalho, e é essa análise que espero que o leitor queira fazer.
Afinal de contas, também não é necessário muita cerimónia.
Olá.
Chamo-me João Miguel.
Espero não ser secante.
"Olá, sou o João e sou assim e assado".
Parece muito seco, muito de caras, pouco empático.
Porém, um discurso inteiro, a contar os sonhos, as esperanças, os traumas e infância e a data da última consulta do dentista parece areia a mais para uma primeira conversa...
"Olá. Chamo-me João. Não, não sou o outro João, sou este João. "
... Muito confuso.
Posso fazer como os meus professores me ensinaram:
"J.M., sexo masculino, 20 anos, residente e natural de Lisboa, causasóide, com antecedentes pessoais e familiares..."
Deslavado, muito "linguagem de médico". E, como um exemplar destes um dia me disse, "os homens desta profissão não costumam ser bons maridos" - a falar assim de certeza que nenhuma mulher nos quer aturar!
"Ora muitos bons dias, caras senhoras e caríssimos senhores, tenho no bilhete de identidade a designação de João Miguel, também estou na faculdade, e o (grande, enorme, gigante! qual ídolo, qual herói, qual deus!!) fundador deste blog convidou-me a fazer parte do seu grupo de escrita.
...
Apenas uma verdadeira dúvida me surgiu na cabeça.
Ora se eu me chamo João, e se o fundador do blog também de chama João, e considerando que frequentamos a mesma faculdade, parece que somos a mesma pessoa. A partir do mesmo nome surgem duas figuras que, embora pareçam partilhar projectos de vida em tudo semelhantes, têm um background ligeiramente diferentes. Aliás, encontram-se em pontos de vida quase antagónicos (ok, também não tanto...). Ao contrário de F. Pessoa, que criou personagens imaginárias com tal detalhe que parecem ter vida própria, aqui uma palavra (o nome, que em último caso não é real, físico) carrega dois vectores distintos, esses completamente reais, visíveis, errantes. E tentei procurar na net uma palavra que conseguisse exprimir esta teoria.
Por enquanto parece que ninguém a inventou.
Conclusão, vou tentar mostrar uma perspectiva diferente de como pode decorrer uma vida, outros erros que se tomam, outras experiências que surgem, podendo talvez criar um paralelismo entre ambas. Agora que sou parte do grupo, deixo de certa forma de ter uma perspectiva crítica e credível para poder fazer esse trabalho, e é essa análise que espero que o leitor queira fazer.
Afinal de contas, também não é necessário muita cerimónia.
Olá.
Chamo-me João Miguel.
Espero não ser secante.
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