Parabéns à Vanessa pelo noivado!
Aproveito já agora para debitar alguns "remarks", deixar o blog no deserto é triste.
Ao longo da semana encontrei-me com "certas e determinadas" (uma expressão muito na moda, primeiro vem a xuxa, depois os bordões e no fim voltamos às fraldas antes de morrer) incoerências. Algumas são vivas e outras esporadicamente vomitadas de pessoas que eu até pensava serem normais.
Podemos por exemplo ir buscar o choque de uma pessoa face à verdade "Salazar não era fascista". Tal expressão consegue tornar qualquer dócil individuo numa máquina de esfolamento pública! E efectivamente na teoria Salazar não era fascista, era um ditador autocrático (nome pomposo para um ditador que nem sequer se dá ao trabalho de controlar todos os sectores da sociedade). Obviamente que utilizar a palavra Salazar seguida de uma conotação negativa ou a intenção de rapar a massa do bolo que ficou na taça significa que eu próprio sou fascista... e assim passei a ser o satânico fascista da faculdade (satânico porque por acaso sou literado nessa religião, significando também que adoro o diabo por via de um culto que expressamente não adora o diabo). Se alguém se lembrar de mais algum adjectivo que me ficasse bem que o deixe nos comentários e eu arranjarei maneira de mo aplicarem...isto se a multidão de linchamento, munida das suas forquilhas, foices e martelos (e porque não catanas também, já que a bandeira comunista de Angola se vê mais por aí que a nossa), não decidir que eu ando a corromper crianças e atraír mau agoiro. Livra!
Existiram outros momentos que realmente lançaram a minha esperança na humanidade pela sarjeta abaixo por momentos. Esta foi uma semana de desmentidos oportunos: a opinião é igual à vertente momentânea que mais favorece o orador. Poderia citar nomes mas de momento tenho demasiados problemas para ter que lidar com gente a barafustar porque tal e tal ou tal e kês. O facto de essas incoerências terem vindo inclusivamente de amigos que eu levo em elevada consideração pelas capacidades cognitivas levou-me a questionar o nosso próprio intelecto. Será que somos tão inteligentes como parecemos? Ou tão acima de uma pita ou um xunga? Somos sem dúvida seres superiores já que temos a capacidade de utilizar o abecedário para formar palavras e frases ou ler até. Mas volta e meia cada pessoa dá um tropeção que até dá pena. E a importância prática disto não é perdermos tempo em introspectivas inúteis. É apenas no desenvolvimento da tolerância à primeira impressão. O "não julgues o livro pela capa". Um dia seremos nós a cometer o erro das nossas vidas e eu não vou querer que me olhem por esse erro para sempre.
Já se faz um pouco tarde e as letras já não estão distintas. Boa noite fieis seguidores do meu fórum (eu e a Interpol) e amanhã com um pouco de sorte acordo com "genica" (palavra mítica) para escrever sobre as tensões geradas diariamente no grupo "anti-basofe", uma batalha épica, o nascimento de um líder e uma guerra perpétua (por mais que tente nunca xegarei aos pés de Leonidas no filme 300, fica isso também para a próxima).
Peço também que quem for bondoso o suficiente para deixar um comentário, assinem de qualquer maneira, nome, um "alias", iniciais, qualquer coisa. Dar-me-ia maior alento saber que não é só a Interpol e as ex-namoradas (temerosas que eu ponha fotos indecentes delas aqui) que leem as minhas preciosidades literárias, mais bem pontuadas que um livro de Saramago...uau, no 2º ano já pontuam melhor que ele...
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