quinta-feira, dezembro 16, 2010

Burning scalp

 

Hey look, another molotov!

But it’s not a surprise anymore

Is it?

Because these streets don’t go quiet,

even the walls plot a new riot;

just you wait, smell and see,

tires, cars, dumpsters burning, sweet and heavenly.

 

The higher ups fight each other;

how funny they no longer need to take cover;

the opposition lies still and bland

(they’re used to these reckless moments),

they’ll be there taking over in the end.

 

If you could watch it from the sky

you’d see this little country fry

and soak in it’s own smoke,

roasted on foundations we broke

 

I hear it’s a journey to paradise

but they’re doubting if those aren’t lies

So steer us to a fortunate place

praying for less than disgrace…

 

…or…

 

…maybe it’s just all going to be ok,

though I’m looking from the other side of the bridge

and the view from here I must say

makes me want to go on a binge.

segunda-feira, dezembro 13, 2010

Sobre pastas de modelagem

IMG_2225

 

Yum, hoje fui à cantina velha “comer”, algo que nunca deveria ser mencionado sem aspas. Deram-nos *cof* strogonoff, a comida impossível de sair mal (excepto quando se come no orange com quantidades épicas de cerveja, em que sai eventualmente uma hora depois num canto qualquer do bairro alto) mas o que me impressionou foi o espécime que figura na fotografia.

Em primeiro lugar, onde é que as cantinas mundo fora arranjam aquelas tijelas? É um modelo exclusivo da Cimpor para clientes regulares? E o conteúdo? É verdade que a fórmula secreta da sopa de cantina nunca foi descoberta, todos os estudiosos deparam-se com uma parede depois de revelarem os dois ingredientes base: betão armado e água do mar.

Seria no entanto indigno trazer a sopa do SAS à conversa sem referir as suas inúmeras utilidades além da construção civil e provocar rolhões intestinais.

1) Rondo: Para quem não sabe, rondo é uma mistura que se faz com dois materiais: resina e Bondo, uma espécie de cola espessa para tapar buracos nos carros. Ao fim de um longo tempo de secagem torna-se um plástico bastante rijo e assim muitos geeks nos EUA fabricam as suas armaduras de Master Chief e Darth Vader. Mas é complicadíssimo encontrar Bondo em Portugal. Pergunto-me se a sopa castanha funcionará adequadamente como substituto?

2) Decoração do território costeiro: Visto que já nem as algas sobrevivem a poluição da costa (que varia da fralda usada ao pacotinho de leite, preservativo e saco de colostomia, poluição do berço ao caixão) podemos usar a sopa verde (aquela que não sendo se parece com caldo verde) para simular flora marítima e assim atrair turistas!

3) Terapia oncológica: desde usos no embolismo das artérias que nutrem o tumor até aplicação direta, a sopa amarela mostra grande potencial na luta contra o cancro.

4) Tempero: No dia em que acabar o sal fino cá em casa dou um salto à cantina! E a gradação de cor indica a hiperosmolaridade!

sábado, dezembro 11, 2010

P&B = RGB

 

IMG_2070-2

Ultimamente tenho andado de volta da minha máquina fotográfica. Relativamente modesta, é uma point-and-shoot do ramo mais avançado, como quem diz que tem um range de opções da gama das SLR apesar do hardware ficar bastante aquém. Digamos que se aprendem umas coisas. Apesar disso foi uma má compra.

Uma tendência que reparei, ou antes venho a reparar, é que existe uma grande confusão entre fotografia a preto e branco e fotografia decente. E entre fotografia pura e fotografia decente. Partilharei as minhas noções da matéria:

  • Se o gajo está a P&B não é automaticamente artístico. O 50cent continuaria a parecer xungoso e um caixote do lixo, salvo enquadramento decente, continua a ser o recipiente dos desperdícios da vida diária;
  • A fotografia a cores não está apenas reservada às “migax”, qualquer mânfio entende que a cor tem mais informação que a escala de cinzas. Vão ao cinema comprovar, o Michael Bay sabe, o Spielberg aprendeu depois da lista de Schindler (que se bem me lembro era sobre a grelha de manutenção e suporte técnico de um elevador na baixa de Lisboa), até o M. Night Shama…Shima…Shami…whatever sabe;
  • O objectivo da fotografia tem duas vertentes: a transmissão da informação, do “feeling” do fotógrafo ao tirar o still do momento e a prostituição, ou seja o apelo aos sentidos for the sake of it. E aqui se pode distinguir a fotografia do purista da fotografia do perfeccionista. Conheço algumas pessoas que toleram o photoshop como dar à luz pelo ânus e não entendo isso. Não sou sócio do clube náutico nem jogo golfe e ténis ao fim de semana.Tenho uma máquina que no japão não me comprava um saco de pão de forma e por cima disso não estou treinado na fotografia como um ministro a lamber pelagem glútea. Quero que as minhas fotografias tenham bom aspecto pelo menos, se isso implica brincar um pouco com a escala de níveis e contraste no computador, so be it. Não me considero um fotografo de segunda, apenas um fotografo iniciante. Mas os puristas pensam que se não usarem um Mac e fizerem post-processing vão parar ao inferno. News-flash: no céu só vão fotografar nuvens e elas são iguais em cima e em baixo! E talvez com um pouco de brincadeira no computador se perceba que o histograma é para preencher decentemente, de preferência enquanto no cenário.
  • Qualquer point-and-shoot produz uma melhor foto nas mãos de um talento que uma Howitzer da óptica nas mãos de um nabo. Mas pior estou eu sem o talento ou a máquina.

domingo, dezembro 05, 2010

O tipo de pessoa que somos

 

Saying

 

      Não valeria a pena pensar muito mais no assunto, a imagem sobra para um post decente. Mas quando a criei tinha mais em mente do que passar as próximas duas horas a tentar atingir a mosca que me invadiu a propriedade com a minha glande.

     A razão da frase prende-se com os mecanismos que tornam os homens nos homens e (já agora, porque não?) que os levam a cometer erros quase padronizados.

    Mas agora não posso discutir isso em pormenor, esta mosca está a meter-me nervos e preciso das duas mãos para abrir o cinto.

sábado, dezembro 04, 2010

Já que estávamos a falar de liberdade

 

liberdade-de-imprensaSabem quando vos vem aquele saborzinho a arroz de 2 meses à boca? É assim que me sinto agora. Porquê? Por causa do amor. Não, estou a gozar, é mesmo mais um atentado à liberdade humana.

Ora estava eu feliz da vida a ruminar pelo facebook (já que a promessa de estudar trata de transformar o meu quarto numa prisão domiciliária mais bonita e sem uma sanita) quando encontro uma citação engraçada: parece que se gasta 5X mais dinheiro em medicamentos para a virilidade masculina e silicone para as mulheres do que se gasta no Alzheimer. Até aí tudo bem, dá para rir um bocado, não?

…não…

E não dá porque o que vem a seguir é alarmante. Pelos vistos o “mundo [está] ao contrário]. Hmmm, não diria isso. O mundo está (na generalidade) como a humanidade quer que esteja, dentro das suas possibilidades. E criar estas estatísticas muito apelativas é como perguntar a uma entidade representativa da população “o que preferem, sexo ou memória?” e obter a resposta. Parece é que há umas quantas pessoas que não gostaram.

Continuando, dizem que “ficar de braços cruzados e confiar na maioria nem sempre dá bons resultados”. Quando dizem isto podemos interpretar como algo de bom ou mau:

  • Por um lado é a renúncia à democracia, é uma pessoa a dizer que a maioria nem sempre está correta. Mas se isso é verdade então temos um grave problema porque o nosso país assenta nessa base – Delegamos o poder individual a uma comissão representativa da maioria e deixamos que essa governe as nossas vidas. Não caindo nos excessos do anarco-capitalismo (pelo qual admito que nutro algum carinho), o que se pode deduzir da frase base é que a maioria não pode ter poder semi-divino para decidir o destino de cada um. E neste caso eu diria “muito bem!”
  • Por outro lado ficar de braços cruzados ignorando a vontade da maioria é o mecanismo “democrático” mais comum. Aqueles em posição de poder representativo têm o mau hábito de ignorar a vontade dos apoiantes e fazer outras coisas, coisas que são “melhores”. Demonstra-se que as massas devem ser dirigidas pelos génios como ovelhas. As massas querem sexo em vez de memória? E depois?

Já agora deixem-me expor a minha teoria muito simples. Se a maioria tem os meios, façam o que lhes der na bolha. Eu gostava de ser duro como uma viga aos 75 anos mas também de saber ainda como se fazem bebés. E a população com Alzheimer não está propriamente a diminuir. Aos indignados com esta situação, não se preocupem, o melhor é não fazer nada. Quando as grandes massas se enxergarem que não podem ter sexo se já não conseguem desapertar as calças então os recursos da humanidade serão desviados para essa bonita área que é a neurociência!

 

…a sério… não façam nada… já temos demasiadas politiquices.

 

Uma notinha final (como o senhor que depois de perder o jogo no programa da Fátima Lopes ainda quer mandar beijinhos discriminadamente para um distrito inteiro), não tendo escrito este texto para ofender ninguém, especialmente os autores das citações, ou falar por trás evitando uma terrível discussão pelas internetes, isto é uma salvaguarda importante: cuidado como falam! São muito frequentes estes casos de ditos que parecem ingénuos mas escondem a vontade de controlar e de exercer pequenas ditaduras. Salazar também pensava que as pessoas estavam melhores sem liberdade de expressão ou comunicação com o exterior.

Mas ao menos resolveu o défice.

Depois da Tempestade

Mas a tempestade não passa, é um mito. O barco guina como uma bailarina toxicodependente, não antes mas neste momento. Perpetuamente. A paz não está no olhar para o céu prevendo mais chuva. A paz está no mar.

Nas ondas martelando incessantemente na nossa base, cuspindo sal para a nossa cara e dando pequenas dentadas nos pés. E aí sorrimos porque tudo está bem. Tudo está como deveria ser. Right where it belongs.

Estou a olhar para o mar, vejo-me disforme como um ser em permanente luta com os elementos. Mas é um fenómeno de óptica, nada mais. Estou normal, estou bem, o mar não trinca, adiciona pequenos pedaços. A minha pele não está seca do sal mas couraçada, pronta para o que o céu me atirar. O meu barco não vira, desliza gentilmente na tempestade. Mas é mesmo uma tempestade? E se nunca existe a calma, ficamos em terra para sempre? Não, não existe trovoada nem tsunamis, existe a naturalidade da viagem.

Tenta tombar-me porque nunca conseguirás. Onde a minha tripulação foi engolida eu persistirei, consistente, completo, sorrindo quando me gritas e bates. Vem, pede ao céu mais monções.

 

Mas o céu cansou-se de tentar e trará bonança.

Fighting a giant

Geme… precisa de óleo. Está a girar sequer? Não sei, parece encravado, faz um barulho ensurdecedor. Inquieto, penso em roer as unhas. Quais unhas, mais cedo trincava um dedo! E ele olha para mim, juro que não sou eu que me viro, sinto-o fitando-me, esboçando um sorriso repleto de sarcasmo. “Se pudesse já não estavas inteiro”, pois, se pudesse respirar na lua talvez também não vivesse em Portugal. Se pudesse mas não posso. Lutar com ele é bater numa nuvem, não vai parar a chuva; inútil.

Portanto relaxo. Sento-me se não estou já sentado, fecho os olhos e ignoro-o, cruzo as pernas e sorrio. Imagino um horizonte cheio de nada, como as visões dos psicólogos baratos. O conteúdo não interessa aqui, sacudo as ideias, concentro-me na respiração. Para dentro, para fora, dentro, fora…que insinuações são estas? Calma… esta cabeça está conspurcada e acelerada, quer absorver tudo e quer tudo mas por pouco tudo perde. “Talvez, talvez”, espreito pelo canto.

Mas ainda me fita e eu atento de volta o permanentemente imóvel relógio que me diz “só passou um segundo”.

sexta-feira, dezembro 03, 2010

Felácio à liberdade de expressão

 

O nascimento da Web 2.0 (termo que designa a internet como um espaço extremamente interativo em que o utilizador comum pode alterar o seu conteúdo em tempo real) produziu maravilhas inimagináveis. Youtube, facebook, messenger, entre outros, fazem parte do vocabulário da maioria das pessoas. Tudo se passou num espaço de tempo tão curto que alguém que se interesse em olhar para a cronologia tem que passar a língua por água depois de a levantar do chão.

E todo este desenvolvimento rondou uma noção muito simples: as pessoas querem conviver, sentir-se conectadas com outras pessoas. Ultrapassando a barreira unidirecional da televisão, a internet juntou culturas. Mas há uma discreta diferença entre comentar um quadro num museu e uma foto no facebook ou um vídeo no youtube ou um blog: habitualmente não somos gravados durante as nossas verborreias… já nas internetes… aquilo fica lá para os outros!

O que me leva ao ponto que queria fazer. Não existe ser mais capaz de produzir lixo que o utilizador da internet. Vejam só, eu estou a fazê-lo neste momento! Mas há lixo e lixo. O meu habitualmente não presta, muitas vezes limito-me a escrever o que ninguém quer ler, pensando no que ninguém quer pensar. Agora querem gemas e diamantes? As palavras de ordem são “Scroll down”!

O verdadeiro escritor, aquele que lembramos para a posteridade com carinho, não é o que tem a fotografia na página e que escreve com palavras caras! Honremos os “comentadores”!

Este ser único e bastante prático abstém-se de se informar. Francamente abstém-se frequentemente sequer de ler ou entender o que está a comentar! Mas tem coragem para o fazer! Porquê? Porque a sua pilosidade púbica é densa como o chumbo e escura como uma noite de inverno sem lua! Porque ostenta um bigode farto independentemente do género sexual! Porque reconhece que não tem necessidade de se esconder em argumentos como os fraquinhos dos críticos construtivos e pode simplesmente tomar de assalto com o que leu no panfleto que lhe deram na porta da cantina, frase que ouviu na televisão ou leu de relance noutro texto que comentou ou linha de um filme do Nicholas Sparks.

“Diz-me com quem andas e eu digo-te quem és”. O tipo que disse isto era francamente estúpido. Vá, a culpa não é dele, ele disse isto antes do tempo da wikipedia. Hoje nós que somos mais evoluídos podemos dizer muito mais acertadamente “diz-me com quantos comentários acéfalos comes quando escreves algo e eu digo-te quem és”... e quanto tempo tens de vida.

Mas nada disto acontece neste blog. O spongebob veio do céu e iluminou os comentadores do DoaL para se absterem de me dar corda.

 

Dai graças ao comentador pois da sua citação sem corpo renascerá a receita publicitária do adwords.

 

(este texto foi escrito segundo o acordo ortográfico vigente no dicionário do Live Writer. E eu não tenho paciência para o corrigir para o português que a minha mãe me ensinou)

Script de automatização do novo mundo

 

Private Sub Sakujo_sort(byref targets as species.humancollection)

     For each Target as species.human in targets

          Select case Target.socialtype

               Case Socialtypes.Criminal

                    Me.mind.shortstorage = Target.picture

                    Deathnote.text.append Target.Name & “ jumps into the coldest lake nearby and drowns”

                    Me.mind.shortstorage = Nothing

               Case Socialtypes.Mitra

                    Me.mind.shortstorage = Target.picture

                    Deathnote.text.append Target.Name & “ dies of a heart attack after shooting his\her own genitalia with a shotgun”

                    Me.mind.shortstorage = Nothing

               Case Socialtypes.Pseudorebel

                    Me.mind.shortstorage = target.picture

                    Deathnote.text.append Target.Name & “ dies of a heart attack after cleaning most of the walls ” & Target.Name & “ has soiled with “”Statements”””

                    Me.mind.shortstorage = Nothing

               Case else

                    Newworldcollection.residents.add Target

          End select

     End For

End Sub

quinta-feira, dezembro 02, 2010

A coerência

…é tão sobrevalorizada. Por exemplo, o que me impede de começar agora a falar sobre um cavalo?

 

Um cavalo é um animal que primariamente serve 3 fins: fazer as criancinhas gritar, metabolizar feno em quantidades pouco atractivas e qualquer coisa com uma senhora que tem gostos questionáveis.

 

Estão a ver? É tão fácil! E mais que fácil, é surpreendente e mantém uma conversa agradável… isto claro quando não estamos a discutir algo sério. Por exemplo o José Sócrates concorda comigo mas fá-lo durante o debate quinzenal e depois queixa-se que não tem amigos (ou que não segura o cocó, como dizem os senhores na tasca, mas isso é outra história).

 

Mais ainda, a falta de coerência é profissão para muitos (portanto cria emprego e serviços absolutamente indispensáveis) como por exemplo

 

Já agora, sabiam que foi lançado um disco rígido Solid State com taxas de transferência superiores aos 100 megabytes por segundo tanto de escrita como de leitura e tempos de acesso insignificantes?

 

A Maya! A Maya consegue prever o futuro nas cartas mas como taurologa que é (e além de perceber muito de touros também é cartomante) sabe que privar os seus pagantes da riqueza que é a experiência de vida seria um maior crime que andar a burlar o pessoal. Portanto junta meia dúzia de frases feitas que normalmente até nem batem umas com as outras e dá à senhora do call center.

 

O homem do talho! Como é que o homem do talho é incoerente? Então, quando eu peço um bife da espessura do meu dedo não me refiro claro a quando eu cuspia boiões de papa de pêra pela parede (e já nessa altura cortava as coisas melhor a denotar pela incrível variedade morfológica de cicatrizes corpo fora) mas à minha idade actual.

 

O professor de oftalmologia! Bem, esse não é incoerente, é um senhor que equilibra o formalismo e a relação com os estudantes tão harmoniosamente que um dia lhe dou uma pancada amigável nas costas e o convido para uma imperial e uns tremoços (elemento nutritivo que usou para descrever a cirurgia à catarata).

 

Professor, eu deixava que me fizesse um filho… se eu tendesse para a liga do Diogo Infante – Mais uma vez ditos daquele Lounge com mesas de snooker e matrecos.