Hoje venho falar acerca de um tópico muito pertinente: a depilação. Juntem-se homens, oiçam os meus pareceres, contos de coragem, bravura e folículos rebeldes debelados por tiras de cera quente!
A verdade é que nenhum homem heterossexual depila qualquer parte do corpo. Deixando essa afirmação de parte, grande parte dos homens heterossexuais é obrigado a remover uns quantos pêlos do corpo em certa altura. E isto tem uma razão de ser. Os pêlos crescem, as mulheres já há uns anitos que não gostam de homens das cavernas e os homens continuam a gostar de mulheres. Faz algum sentido, não?
Quanto à escolha do método, tendências variam. Uns preferem passar alguns penosos minutos diante de um espelho com uma pinça, cuidadosamente desbastando áreas que foram inapropriadamente tomadas por esta sombra negra. É vantajoso no caso de áreas pequenas e no facto de ser uma tarefa realizável a solo. Já que a maioria das pessoas torce o nariz quando um homem faz um tratamento estético, torna-se imperioso para alguns, obviamente, evitar a partilha dos seus hábitos de exaltação da beleza externa. Outros entretanto preferem a depilação a laser. É realmente uma técnica muito interessante pela perpetuidade dos efeitos e ausência de dor.
Eu penso que a depilação a cera é realmente, sem sombra de dúvida, a depilação feita para o homem! Porquê? Pelo grosseirismo da técnica, pela excruciante dor envolvida no processo e pela inevitável necessidade da infeliz tarefa ser repetida em intervalos de tempo relativamente curtos.
Analisando bem a situação, a depilação a cera é certamente, nas palavras do Sô Arnaldo que está de momento numa simbiose com o seu LCD novo, enquanto rumina tremoços banhados em cevada fermentada, “coisa d’Ómem”. Porque homem a sério faz sempre competições com os seus similares em género com o intuito de verificar limiares à dor, enaltecendo o macho alfa. Porque homem que é homem luta por mostrar qual tem mais bravura ao aventurar-se em campos que não foram desenhados para ele! Porque macho latino mostra sempre aos compatriotas testosterónicos que tem maior iniciativa, coragem e menos noção das consequências ao fazer algo que não lhe compete!
Portanto não faz todo o sentido que quando um Ómem (com muitos acentos no “o”) quer aprumar a sua estética, com o intuito de promover simulacros de procriação com o sexo feminino, claro está, o faça com o máximo de dor possível? Com o mínimo de tecnologia possível? É mais que absoluta a validade destes argumentos! Não faço ideia sequer porque não foram incluídos na bíblia!
Agora, desenvolvendo com um pouco mais de cuidado, o paradoxo homem-estética, de uma forma tendencialmente curta:
Dentro do género, um homem quer-se cavernoso, tropeçando frequentemente nos pêlos que conserva desde tenra idade e guardando o farnel na barba para ir comendo enquanto trabalha no campo. Por outro lado um homem também se quer com um reportório de conquistas que faça inveja à lista telefónica de São Paulo. Tomando como premissa que a maioria das mulheres (ou mesmo 100% das mulheres que não têm aspecto de homem) não sonham com um parceiro saído dos gorilas da bruma, nasce o paradoxo da estética masculina. Este não deve ter cuidados estéticos mas precisa de ter cuidados estéticos! Se se apruma é gaja, se não o faz (e consequentemente não promove o desenvolvimento da industria do látex, ou poliuretano para os alérgicos) também é gaja!
Existe assim uma fulcral necessidade de encontrar um meio termo, em que é aceitável cuidar da aparência, sendo de todo condenável viver para esta ou demorar mais de 2 minutos a escolher a roupa – em casa, obviamente, já que estando um homem fora da sua zona de conforto quando se desloca a uma loja de roupa, inevitavelmente se perde e demora muito tempo, não por possuir um leque vasto de interesses pelos adereços mas porque não goza de um “know how” suficiente para acertar combinações ou decidir se leva a 15ª camisola preta igual porque é realmente mais fácil de escolher – e por outro lado é do mesmo modo de vital importância gerar uma mudança de atitudes perante a depilação, já que a maioria dos homens padecem de exagerada pilosidade (o que de facto é d’Ómem) e se sentem reprimidos por resolvê-la na sua reculsão, levando a cabo operações que não entendem como no âmbito do sexo masculino, quando a mesma depilação, não sendo um tópico a ser discutido publicamente como as mulheres o fazem, é tão natural como a gravidade.
A verdade é que nenhum homem heterossexual depila qualquer parte do corpo. Deixando essa afirmação de parte, grande parte dos homens heterossexuais é obrigado a remover uns quantos pêlos do corpo em certa altura. E isto tem uma razão de ser. Os pêlos crescem, as mulheres já há uns anitos que não gostam de homens das cavernas e os homens continuam a gostar de mulheres. Faz algum sentido, não?
Quanto à escolha do método, tendências variam. Uns preferem passar alguns penosos minutos diante de um espelho com uma pinça, cuidadosamente desbastando áreas que foram inapropriadamente tomadas por esta sombra negra. É vantajoso no caso de áreas pequenas e no facto de ser uma tarefa realizável a solo. Já que a maioria das pessoas torce o nariz quando um homem faz um tratamento estético, torna-se imperioso para alguns, obviamente, evitar a partilha dos seus hábitos de exaltação da beleza externa. Outros entretanto preferem a depilação a laser. É realmente uma técnica muito interessante pela perpetuidade dos efeitos e ausência de dor.
Eu penso que a depilação a cera é realmente, sem sombra de dúvida, a depilação feita para o homem! Porquê? Pelo grosseirismo da técnica, pela excruciante dor envolvida no processo e pela inevitável necessidade da infeliz tarefa ser repetida em intervalos de tempo relativamente curtos.
Analisando bem a situação, a depilação a cera é certamente, nas palavras do Sô Arnaldo que está de momento numa simbiose com o seu LCD novo, enquanto rumina tremoços banhados em cevada fermentada, “coisa d’Ómem”. Porque homem a sério faz sempre competições com os seus similares em género com o intuito de verificar limiares à dor, enaltecendo o macho alfa. Porque homem que é homem luta por mostrar qual tem mais bravura ao aventurar-se em campos que não foram desenhados para ele! Porque macho latino mostra sempre aos compatriotas testosterónicos que tem maior iniciativa, coragem e menos noção das consequências ao fazer algo que não lhe compete!
Portanto não faz todo o sentido que quando um Ómem (com muitos acentos no “o”) quer aprumar a sua estética, com o intuito de promover simulacros de procriação com o sexo feminino, claro está, o faça com o máximo de dor possível? Com o mínimo de tecnologia possível? É mais que absoluta a validade destes argumentos! Não faço ideia sequer porque não foram incluídos na bíblia!
Agora, desenvolvendo com um pouco mais de cuidado, o paradoxo homem-estética, de uma forma tendencialmente curta:
Dentro do género, um homem quer-se cavernoso, tropeçando frequentemente nos pêlos que conserva desde tenra idade e guardando o farnel na barba para ir comendo enquanto trabalha no campo. Por outro lado um homem também se quer com um reportório de conquistas que faça inveja à lista telefónica de São Paulo. Tomando como premissa que a maioria das mulheres (ou mesmo 100% das mulheres que não têm aspecto de homem) não sonham com um parceiro saído dos gorilas da bruma, nasce o paradoxo da estética masculina. Este não deve ter cuidados estéticos mas precisa de ter cuidados estéticos! Se se apruma é gaja, se não o faz (e consequentemente não promove o desenvolvimento da industria do látex, ou poliuretano para os alérgicos) também é gaja!
Existe assim uma fulcral necessidade de encontrar um meio termo, em que é aceitável cuidar da aparência, sendo de todo condenável viver para esta ou demorar mais de 2 minutos a escolher a roupa – em casa, obviamente, já que estando um homem fora da sua zona de conforto quando se desloca a uma loja de roupa, inevitavelmente se perde e demora muito tempo, não por possuir um leque vasto de interesses pelos adereços mas porque não goza de um “know how” suficiente para acertar combinações ou decidir se leva a 15ª camisola preta igual porque é realmente mais fácil de escolher – e por outro lado é do mesmo modo de vital importância gerar uma mudança de atitudes perante a depilação, já que a maioria dos homens padecem de exagerada pilosidade (o que de facto é d’Ómem) e se sentem reprimidos por resolvê-la na sua reculsão, levando a cabo operações que não entendem como no âmbito do sexo masculino, quando a mesma depilação, não sendo um tópico a ser discutido publicamente como as mulheres o fazem, é tão natural como a gravidade.
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