domingo, junho 08, 2008

A bola

Passei uns bons momentos a perguntar-me se escreveria este post, já que planeio para breve um novo projecto, um projecto mais amplo, mais dinâmico e sem dúvida melhor (por alguma razão vem substituir este). Mas devido aos consecutivos atrasos de que o 16B tem sido alvo, o Draft of a Life merece este “golpe de misericórdia”.


O que é a bola?

A bola é um objecto esférico, regularmente usado para transformar uma cambada de saloios na multidão mais orgulhosa do seu país, no espaço de uma semana após a última vitória ou até à próxima derrota, aquilo que vier primeiro.


Sim, vou falar do Portugal-Turquia.

Evidentemente que o jogo começou “nervoso” e acabou bem, a parada de comentadores que ocupou o tempo de antena de todos os canais fez questão de repetir isso várias vezes durante uma infindável emissão do “nós ganhamos o euro 2008”. Não estou aqui para dizer isto, até porque nunca joguei futebol a um nível profissional ou tentei ser comentador político e portanto ainda não me qualifico como comentador desportivo.

Estou aqui para falar da “mob” do marquês. E eu conheço bem as massas do marquês porque a TVI ocupou 30 minutos dos invulgares 45 do telejornal a mostrar essa gente tão requintada.

Nada grita nacionalismo como enfrascar-me, ver a bola com os amigos enquanto partilho os mais refinados aperitivos da cave de bens alimentares confiscados pela ASAE e, ao apito final que soa a primeira vitória, celebrar este povo magnânimo que é o povo português… ah… porque é que as guerras não se travam com uma bola de futebol, assim até a gente não se armava em preguiçosos. Dizem inclusivamente que Vasco da Gama só foi à Índia porque estava a treinar cantos com o Figo e chutou a bola com força demais e adivinhem onde foi parar?

Sim, Portugal foi criado em torno do futebol mas claro que no tempo do Viriato não se chamava assim. Este tinha um nome muito pomposo para tal distinto desporto. Infelizmente não teve tempo de transmiti-lo à sua prole já que lhe limparam o sebo antes do grande Portugal-Itália. Isto é tudo especulação, não existem provas históricas precisas que remontem a esta data. No entanto vários documentos submetidos a análise por imersão em cerveja, nomeadamente facturas da água e listas de compras, evidenciaram que D. Afonso Henriques decidiu largar as amarras dos Castelhanos porque defendia uma táctica mais dinâmica em que os jogadores podiam ter alguma liberdade de posição, tornando os seus movimentos menos previsíveis.
Com um passado tão ligado ao desporto rei, não admira que massas tugas chorem e vibrem como átomos com o rabo a arder quando o Pepe marca um custoso golo. É perfeitamente racional gastar o cheque do ordenado em cerveja no primeiro jogo porque assim não arriscamos ficar com aquele dinheiro todo por gastar se eventualmente perdermos mais à frente. Como aficionado da bola espero que tal não aconteça porque eu realmente gosto de ver um jogo bem jogado e

E eu sou português quando convém e quando não convém!

Sabem o que é isso? Ser um português na íntegra é ter orgulho no país que me criou, com todos os defeitos que possa ter a populaça medíocre que é como sal na nossa terra! É conhecer minimamente a nossa história, preocupar-me com o destino de Portugal, é gozar com o Sócrates não porque ele tem um nariz muito sensual mas porque ou faz asneira ou convence pelo menos 50% de Portugal por meios retóricos que é a única opção viável. É criticar os que são portugueses quando Portugal mete dois à Turquia e “Peninsulares” quando as coisas correm mal.

Notas finais, para os pára-quedistas que baterem com o rabiosque neste blog em vias de extinção e não possuam uma base histórica mínima: Não, Viriato não morreu porque ia jogar futebol contra Itália, D. Afonso Henriques não tinha uma querela com os Castelhanos devido a um futebol mais conservativo, também não sei qual é a cor das cuecas que o Eusébio usou no último jogo da carreira, só espero que ele as tenha lavado antes de voltar a usar senão a jóia da família já deve ter fermentado a vinagre.

O futebol é um dos vários desportos que se praticam em Portugal, é uma área como muitas outras em que portugueses se distinguem e isso deve trazer-nos alguma felicidade e não fazer de nós animais que falam por piropos e buzinadelas e só bebem água de cevada fermentada.

segunda-feira, abril 28, 2008

Culto do "pois"

Os 19 anos foram o meu desabrochar pessoal para a questão vida-morbilidade-morte. Pelo menos numa perspectiva do que me toca mais fundo e, desde a morte do meu avô, sinto mais a dor e mortes à minha volta.

Mas não vou incomodar aqueles que já partiram deste mundo. O que proponho aqui é uma pequena análise de todas as personagens da familiar peça do "não sei quem está muito mal".

Ao ser confrontado com a afirmação acima, até agora verifiquei que ninguém sabe verdadeiramente responder. Dizem "pois", tanto verbalmente como corporalmente, ou desbobinam os clichés todos que vão apanhando ao longo da vida como "estava na altura", "força", "X não quereria que estivesses triste". Não é que uma pessoa não sinta realmente o que está a dizer mas na qualidade de seres humanos não me parece que estejamos preparados para problemas que possam por em causa a nossa existência ou a de alguém que gostamos.

Portanto estamos de certo modo destinados a proferir clichés. Isso faz de nós más pessoas? Não creio, simplesmente não temos outra escolha. Temos apenas que fazer as palavras valerem de algo!


Presumo que todos os leitores tenham ido a um velório ou funeral em determinada altura da vossa vida. E provavelmente repetiram as palavras que já ouviram cem vezes. Àqueles que as proferiram apenas para "não parecer mal", por favor retirem-se deste blog para a vossa egocêntrica existência. Os outros quiseram consolar alguém e fizeram-no da única maneira que sabiam. É este o aspecto importante, a acção. De todas as pessoas que vão a um funeral gastar saliva com familiares, um punhado realmente faz algo pelos que estão mal depois da cerimónia. De repente a família de um morto fica bem?


Yeah, right!


O poder da palavra hoje em dia é sobrevalorizado. Isto porque as pessoas esqueceram-se de que se a palavra é uma espada, continua a precisar de um braço a abaná-la de um lado para o outro! A espada só por si não serve de nada, apenas para enfeitar.

Concluindo agora este deprimente, contudo necessário artigo, da próxima vez que vos puserem uma bomba nas mãos, não pensem "o que posso dizer" mas sim "o que posso fazer". As acções pesam muito mais que as palavras e quando sabemos o que fazer é mais fácil saber o que dizer. E até pode sair um cliché da vossa boca, não são as palavras que disseram que o vosso amigo vai lembrar, vai ser aquele dia em que o foram visitar para tentar animá-lo e fazer regressar ao mundo dos vivos. E se levarem uma sopinha, tanto melhor.

PS: este artigo não é um manual de sobrevivência para velórios. É sim uma sugestão para lidar com todo o tipo de bombas com uma das minhas atitudes mais publicitadas: não digam, façam!

sábado, abril 19, 2008

Quando o momento é solene...



Felizmente o nosso primeiro ministro (que de momento está tão mediático como o homem que inventou as coberturas para o fogão) consegue estar sempre à altura da situação! Pelo menos não disse:

Xé, mesmo tótil!
Bacano sósse!
Hiper mega ri-fixe!
Estou com incontinência!

Apesar de que se tivesse dito a última, teria muito mais facilidade (e consciência mais leve) em aplicar a cara do honorável Primeiro Ministro José Sócrates (que no meu ponto de vista até nem é o pior PM que já tivemos) na velhinha do anúncio do Lindor.

Vamos ter esperança para o próximo tratado, as fraldas não fogem!


PS: Dou uma prenda especial ao indivíduo que conseguir adivinhar a quem pertence o corpo em que foi aplicada a majestosa face do nosso engenheiro favorito! Uma dica: não é o Francisco Louçã nem o Boss AC DC.

segunda-feira, abril 14, 2008

Triumph


Lembram-se do filme “Mente brilhante”? Podem começar a rodar o próximo, eu cedo os meus direitos por pouco!

Descobri o “ângulo” que a Triumph está a usar para aumentar exponencialmente as suas vendas de lingerie!

O plano é simples: plantar cartazes de mulheres seminuas por toda Lisboa. As mulheres vêem a lingerie, apreciam e compram. Já conhecemos esse lado. Mas os homens! Os homens meus filhos! Os homens vêem as mulheres seminuas e passam o seu horário de serviço a pensar e a remoer sobre os “bocados tapados e destapados” (visto que todos sabemos que o trabalho dos portugueses é um mito). Quando picam o ponto exactamente à hora de saída (ser explorado não é connosco!) sentem remorso por terem perdido tanto tempo não a pensar na mulher mas na menina que usava um pouco de azul-bebé e muito cor-de-pele natural. Assim, num último gesto de redenção, compram a dita lingerie para oferecer à esposa.
Ela ganha um terço de fato novo, ele ganha paz de espírito, a triumph ganha o salário do pacóvio. E todos estão felizes!

Comboio vs. Automóvel

No decurso de uma conversa com a mãe da minha namorada, foi-me questionado porque não me desloco para a faculdade de Ramirez (e para os que desconhecem, refiro-me ao meu fantástico carro) em vez apanhar dois comboios e um metro.

A resposta parece-me óbvia: eu sou masoquista.

Continuando o hábito de ruminar acerca das minhas acções, discursos e discussões, respondo um pouco mais detalhadamente porque prefiro andar de comboio (e comboio e metro).

1. Os gastos em gasolina submeteriam o meu orçamento a grandes dificuldades, por outras palavras não poderia comprar de 15 em 15 dias algo que me parece muito giro\engraçado\interessante do momento em que lhe ponho olhos até 15 minutos depois de o comprar.

2. O ambiente. Não reciclo porque não quero pagar os putos irritantes da televisão a guincharem para reciclar, não planto árvores porque não tenho intenções de encobrir esqueletos de fetos mal mastigados (perguntem ao rafa), todo o santo dia desperdiço litros de água para remover as amarguras do dia anterior, aquecida a 40º para cima de modo a que solubilize toda a gordura que fez o seu trajecto da fábrica de bolos demasiado luzidios até cada milímetro de pele que recobre as minhas fantásticas entranhas. Não vou derreter petróleo e transformá-lo em diluente de calotes.

3. Comodidade. Não me acostumo à ideia de que tenho que passar 30 a 60 minutos sentado a virar um leme quando posso passar 30 a 45 minutos sentado ou em pé a ler, escrever e sentir medo pela minha vida.

4. Não aprecio o isolamento completo que se sente quando se está sozinho num carro. Prefiro o silêncio desconfortável que se sente no comboio.

5. Talvez a mais importante: se não viajasse de comboio não teria tantas histórias para contar! Ainda hoje estava confortavelmente sentado no meu assento desconfortável e verde quando se acercam dois cavalheiros britânicos disfarçados de “rastamen” e um deles habilmente e sem sentido de politicamente correcto inicia o processo de produzir um charro. Podia estar encarcerado no meu Ramirez a sofrer a tortura da música em condições e ar condicionado mas nãaaaaao! Estava a presentear o orgasmo do rastaman – a expectativa de que será este o charro que o fará sentir “aquela pancada” original, a primeira que lhe tirou a virgindade, no tempo em que ele tinha risco ao lado e experimentou uma “passa” por pressão do grupo. Ou a história do jovem que dizia que os heterossexuais eram naturalmente mais deprimidos (eu achei-o realmente deprimente) ou o homem que cheira a vinho às 7 da manhã.

E a oportunidade de ver o mundo através de uma amostra maior? Perguntem-se, com todas as idas e vindas de carro, têm realmente tempo para se debruçarem sobre a maravilha que é a fluidez dos seres humanos? Nunca ninguém ensinou regras de conduta do comboio, no entanto todos (quase, vamos excluir a escória da sociedade) agem similarmente, como o código do urinol (um urinol de intervalo) e outras regras implícitas! Como estamos todos inevitavelmente presos a uma rotina diária, nem que essa inclua inventar algo de novo para fazer. A paz de espírito de estar tão acompanhado mas tão reservado dentro de nós mesmos. A quebra inevitável do nosso espaço pessoal na hora de ponta, difícil no início mas habitual após uns dias. Admito que viajar de comboio de manhã para as aulas, apesar da horrível raiva que me dá ter que preparar uma hora para viagens, traz-me paz, um sentimento de que tudo está como deve estar no mundo, bem ou mal mas obedecendo ao relógio e à rotina. Durante a tarde e principalmente à noite pondero a hipótese de me roubarem a carteira e os rins, daí que seja apologista do automóvel em situações mais perigosas do que o habitual, mas fora isso não daria os meus mamarrachos verdes por nada neste mundo… excepto tudo além dos primeiros.

6. Já repararam quão difícil é arranjar lugar para estacionar em Lisboa? E tentar fazê-lo sem pagar a máfia da EMEL ou os técnicos de parqueamento público, mais conhecidos como “destrosse” ou “arrumadores de carros” como o Bill Gates gosta de lhes chamar quando vem a Portugal. E pelo menos sem perder o dinheiro do almoço? Pois é…

Após a exposição destes sucintos pontos, concluímos duas verdades:

1. Provei que sou masoquista
2. Não vou deixar de andar de transportes públicos até resolver o problema mencionado acima.


Estas foram as conversas com um polvo chamado José. Boa noite e até para a semana.

domingo, abril 13, 2008

Neobux, o novo PTC (Paid to click)

Durante incontáveis horas a fio o Homem mirou a televisão e murmurou entre dentes "nunca mais acabam os anúncios". Atentou no seu blog favorito e gritou a sua alma para que as quantidades bíblicas de publicidade se afastassem e o deixassem ler em paz. Incontáveis vezes dissemos "não me pagam para isto".

E depois surgiu o sistema PTC, onde a gente passou a ser paga pelos anúncios que via. Entre poucos destacaram-se os que não eram scams e há um tempo atrás um português perguntou-se "o que falta nos sistemas PTC?"

Foi então que nasceu o Neobux, fundado por um português (segundo as minhas fontes) para ocupar aquele espaço que faltava, o da inovação!

Mas abordando factos concretos, como funciona o Neobux e os sistemas PTC?

Em primeiro lugar, nos PTC a gente é paga por ver publicidade que os anunciantes pagam ao dono do sistema para mostrar, ou seja, recebemos uma parte da receita. Claro que é uma pequena parte mas podemos aumentá-la consideravelmente se convencermos outros a juntarem-se ao site! Nesse caso a outra pessoa ganha dinheiro através do sistema mas a gente também ganha entre 50% a 100% do que ela ganhou!

Continuando a ser um mínimo se a gente tiver um referido, quantos mais tivermos, mais notáveis serão os ganhos! E o dono do sistema PTC agradece porque continua a meter mais ao bolso, a lucrar com os nossos lucros!


Agora as vantagens do sistema NeoBux:

Existem inúmeras vantagens para os anunciantes, que no caso de estarem interessados podem consultar no site. Para nós (os visualizadores) temos anúncios que rendem mais ao clicar, regalias especiais pela inscrição em Abril, um site mais "fluido" que qualquer outro PTC e... fazemos dinheiro! É o sistema mais rápido que conheço, fazendo pagamentos em menos de 48 horas e efectuando os pedidos em menos de 15 minutos!

Para aqueles que já estão convencidos, cliquem no banner abaixo e comecem já a fazer a vossa lista de referidos! Toda a gente é referido de alguém (mesmo sem saber) portanto aproveitem e tornem-se meus referidos (bastando seguir o meu banner em baixo) e usufruam de assistência técnica pessoal e talvez até uns concursos que poderei vir a organizar!



Terão que criar também uma conta "Alertpay", um serviço semelhante ao paypal que permite transferir o dinheiro que ganharem para a vossa conta bancária, se ainda não a têm. Podem (devem) utilizar o link abaixo:


http://www.alertpay.com/?7ufMuYKP0q4aaBpi2JFaEw%3d%3d

A conta Alertpay é um requisito para a maioria dos PTC, a não ser que não seja suposto serem pagos... e não é esse o objectivo?

Infelizmente ainda não vos posso indicar histórias de sucesso do Neobux, visto que ainda não foi inaugurado a 100%. Existem porém várias histórias de outros sistemas PTC de fulanos (palavra mágica, não?) que fizeram grandes lucros no negócio! E no caso de o Neobux ser um esquema:

Não perderam dinheiro no processo;
Podemos juntar-nos todos e espancar o tuga que criou esta maravilha!

Agora para os que decidiram empenharem-se no sistema, podem aproveitar a oferta de pré-inscrição e comprar um pacote Golden (referido usualmente por premium) que oferece grandes vantagens:

Pagam mais pelos clicks nos anúncios teus e dos teus referrers;
Pagam-te 10% pelas compras dos teus referrers.

Normalmente os pacotes premium dos sistemas PTC custam 54$ para cima. Na oferta especial, está a 30$, tudo incluído! De momento, aproveitando o dólar estar nas ruas da amargura, ronda os 18€! Pessoalmente acredito que seja um valor muito bom a aconselho, na minha experiência, a aproveitar.

Por falar em aproveitar, aproveitarei o DoaL para ir descrevendo a minha viagem pelos sistemas paid to click, um mundo mágico em que tudo parece ser demasiado bom.

terça-feira, abril 08, 2008

José Mourinho é o treinador mais bem pago do mundo


José Mourinho é o treinador mais bem pago do mundo, segundo a revista "France Football". E não é o melhor português de sempre!

Mas porque é que esta notícia me chamou a atenção?


Frequentemente nós (os portugueses) tendemos a dizer mal do nosso país e de nós mesmos. Está inclusivamente publicado no livro X que a produtividade de um trabalhador português é dolorosamente inferior à de países com nome sonante que não fazem parte da OPEP.

Não desesperes!

Na realidade Portugal não está semeado com grandes personalidades porque muitas delas, em busca de condições de trabalho adequadas à sua magnânima capacidade, deixam o nosso país. O Mourinho é uma grande personalidade porque o football está a florescer mundialmente a partir dos locais onde já se havia estabelecido quase como religião. Aparece na capa de jogos, leiloa casacos por cheques chorudos e sim, nós olhamos para ele, também com um pouco de inveja mas sobretudo com esperança. A esperança de que sejamos todos tão reconhecidos e valorosos quanto ele.

Portugueses, façam-se ouvir! Mas não pela vossa voz, pelas vossas acções! Vamos dar no duro, vencer a escala da produtividade e transformar este pequeno país que um dia se libertou das amarras castelhanas para forjar um novo destino!

Claro que nem o Mourinho nasceu a saber planear o cruzamento ou táctica perfeita nem o Egas Moniz descreveu o sifão carotídeo à nascença. Baseado nos valorosos percursos destes dois icones mundiais, decidi escrever um pequeno auxílio ao renascer português. Não se vão embora, só tem dois pontinhos!

1. Pensar em perspectiva;
2. Trabalhar o melhor possível;

Onde é que já leram isto? Sim, em todo o lado. São características das pessoas que têm sucesso na vida: abertura do pensamento, objectivos bem traçados e auto-motivação para os atingir! Eu sei que o Sr. Albano se traçar o objectivo de comprar um BMW até consegue gerir bem o seu ordenado para juntar o dinheiro. Não é este o tipo de objectivo, daí o pensar em perspectiva. Quero que pensem no "sonho" (a casa, o carro, etc) e depois adicionem a ambição (reconhecimento e vontade de crescer e deixar uma verdadeira marca no mundo, mesmo depois de partir). Este sonho implica trabalho até morrer (em diferentes graus, graças a Deus) mas é esta a mente intrépida de todas as pessoas cujo nome conhecemos, menos a Paris Hilton. Essa é só menina do papá.

Agora que já leste isto, não tens trabalho para fazer? Não estás fora da hora de almoço ou com o livro de Química aberto ao teu lado? Vá, só um esforço para o Quinto Império que Fernando Pessoa nos ensinou a acreditar.

PS: ponto 3, NÃO ROUBAR!

segunda-feira, abril 07, 2008

Porque é que não comento?

É a pergunta que todos deviamos fazer. Pois eu faço agora! Porque é que os visitantes do meu blog não comentam?



Façam lá força com os vossos indicadores e respondam na votação.



Mas sim, é um mal comum o de não comentarmos. Já fui várias vezes bombardeado com a célebre frase "se não percebes, não comentes". Mas quem é que percebe integralmente acerca de algo? E onde se define a linha entre entender e não entender certo tópico? Sim, só devemos comentar baseados na nossa experiência e conhecimento, dentro disso penso que devemos sempre dar a nossa opinião, nem que seja para nos corrigirem e ensinarem algo que ainda não sabemos. Até porque dentro de nós estamos sempre a comentar. Se não exteriorizamos o nosso ponto de vista, continuaremos:



a. Errados (por falta de informação ou outra causa)

b. A conter ressentimento

c. em risco de não estar a corrigir alguém cujo ponto de vista está errado.



Quando me dizem que estou errado e me demonstram um ponto de vista coerente até sou aberto a opiniões alheias,



mas



certos comentários do tipo "abre os olhos" não me caem muito bem no estômago. Claro que não apago comentário algum mas o autor poderá vir a receber comentários de volta...longos e mais chatos.


Existe um número razoavelmente grande de pessoas que vêm ter comigo e dizem "ah e tal e o post tão giro e quês" (dramatização) e eu agradeço. Agradecia também que se gostam, deixem um comentário. Não tem que ser grande, apenas perceptivel! Afinal de contas, todos nós gostamos de ser apreciados, eu não escrevo tanto lixo por isso, escreveria na mesma se não tivesse leitores, mas saber que há alguém por aí que gosta de ler isto faz-me sentir bem comigo mesmo... "não sou o único idiota no mundo".

quarta-feira, abril 02, 2008

Meias?

O Zé Diogo Quintela introduziu (provavelmente) as meias no mundo ciber-informativo. A verdade é que esta peça tão menosprezada é tão importante quanto a nossa liberdade! Ok, se calhar exagerei um pouco...ou não.

A meia; calor, higiene, conforto. Sedução? Não, pelo menos não com a típica meia de algodão. Sim, a meia de algodão é a peça de roupa menos sensual que se pode vestir. Na cama é como um preservativo para os pés e, a não ser que tenham fetiches mesmo MESMO muito estranhos, ninguém quer ver preservativos nos pés!

Agora, dentro do grupo de meias não sensuais temos ainda o "corolário" das meias pirosas. Aqueles que não estão muito no ramo da meiologia questionar-se-ão "o que são meias pirosas", pois eu respondo: meia pirosa é uma meia identificável por certos aspectos chave que aponta determinantemente o adjectivo piroso ao indivíduo que a ostenta.

Os aspectos chave:
-Meia branca
-Meia com raquetes cruzadas (Será que foi um pirata de wimbledon que teve esta ideia brilhante?)
-Meia que apresenta o texto "Sport", preferencialmente em itálico
-Meia que não faz par com a meia irmã (haha meia irmã, mas não é meia irm...esqueçam, falta de sono)
-Meia envolta numa sandália (o dono da meia provavelmente se referirá à última como "sendália")
-Meia envolvendo o topo da calça (de fibra sintética)

Através da identificação dos 3 primeiros aspectos chave na meia de uma pessoa podemos concluír sem margem para dúvida que o proprietário do adereço pedioso é obeso, apresenta um figado com o triplo do tamanho normal e aos fins de semana veste um fato de treino lilás e vai às compras durante a tarde para passar a noite sentado na poltrona a beber "mines" e comer "minuis".
Através da identificação do 4º aspecto chave concluímos que pertence esta meia à Sara aquando o 11º ano. Muito boa pessoa, meia indubitavelmente pirosa. Sem ofensa.
No caso de ser identificável o 5º aspecto chave, temos nas nossas mãos um indivíduo que é ou comunista, o do curso de artes ou do partido dos verdes.
Aquando a identificação do 6º aspecto chave, corre que muito provavelmente vais ser agredido e assaltado!


Concluíndo, o estudo das meias pirosas permite muitas vezes caracterizar o portador destas e está já currentemente a ser utilizado na investigação forense para identificar criminosos, labregos e a Sara.

Aproveito para anunciar que o Nero vai dar um concerto no Pavilhão Atlântico na próxima semana com os músicos dos Tokyo Hotel. Sim, o meu cão canta; sim, o meu cão vai descer baixo para cantar músicas emo; sim, o meu cão é mais homem que o vocalista dos Tokyo Bordel.

Beijinhos ao Dr. Phil

Comunicado do Gato Fedorento

Tudo está bem no mundo não está?

Olá, sou eu, o gajo que esteve enterrado durante uns meses a pensar na vida (depois do meu avô, paz à sua alma, ter morrido portanto). E hoje vim falar do acontecimento mais publicitado do ano!


Presumo que todos foram inundados pelos anúncios, cartazes e sms. Todos nós queriamos uma boa gargalhada desses galhofeiros que já nos proporcionaram tantas.


E tivemos? Não sei francamente, eu não tive mas isso pode ter sido devido a factores externos.

Mas tive um aperto no meu ânus, característico do sofrimento por simpatia deste grupo que pelos vistos inevitavelmente deu o rabo à publicidade.


Publicidade é o tema. Isto foi publicidade ao Meo ou à nova série do Gatinho? Também não sei mas inclino-me para a primeira. Depois do sapo, em que fizeram um belissimo trabalho em gastar a imagem alimentando um animal verde que tem a imagem mais gasta que o carro da minha tia (por sinal também verde) de 22 anos, vem o Meo, do grupo PT (portanto continuamos a comer sapo mas ele está backstage).


Eu não tolero isto! Ou até tolero porque sou uma pessoa de bem e que tem esperança! Tenho a esperança que eles vão voltar a ter piada, a fazer sketches em que me rio até malhar na carpete e meterem uma rolha ao reino de sodomia do grupo PT neles. Que posso eu fazer? Só vejo o bem nas pessoas!

Agora vou tentar ir mais ao pormenor, dividir os aspectos do anúncio ao Meo...perdão, gato fedorento.

Primeira aparência, Star Trek, bom humor gráfico. Entretanto começam a falar...extremamente forçado na minha opinião, infelizmente. E depois o discurso do Meo e aí eu senti-me feliz em não ter andado a correr para ver o comunicado.


Incarnando no Dr Marcelo, não daria mais que um 10 a esta pequena peça, anexando uma grande reprimenda em que os poria a par do decréscimo de nível humorístico desde o "Ah e tal" até ao "Psst, cala-te". Mas eu não tenho aquela forma fofinha de falar portanto não causo tanto impacto.

Quanto ao Meo, vou ser honesto, parece um produto no mínimo inovador. Claro que o comando à distância também o foi (no tempo em que as pessoas eram maioritariamente magras) e espero, do fundo do meu coração, que o recente grupo ZON faça uma jogada idêntica rapidamente. Isto porque caso contrário toda aquela gente que tem televisões grandes com full HD e já ouviu falar do semi-deus TiVo vai debandar, deixando a outrora TVCabo ligeiramente muito nua. É muito improvável que a ZON fique a olhar de braços cruzados, digo eu de novo a acreditar no bem inerente a todas as pessoas, não tenho cura mesmo.


Finalmente, lanço como tópico principal para os comentários a seguinte pergunta:
"Incarnar" ou "Encarnar"?

Muitos cumprimentos aos devotos leitores do blog que me têm pressionado tanto para voltar a vomitar textos compridos e enfadonhos que todos adoram. Obrigado Nero.

quinta-feira, janeiro 17, 2008

Uma observação muito pequena

O Simba, o rei leão, manda-chuva da savana, etc e tal já foi desenhado de todos os ângulos possíveis e imaginários.


Fica a pergunta:


Onde está o pénis?



No seguimento desta mesma pergunta -- retórica pois toda a gente pode constatar que o Simba não tem pénis (não dêem a desculpa do pêlo que o gatinho anda sempre muito tosquiado para um pedaço de metabolismo que vive na selva) -- fica outra questão a que não se pode fugir:


Se o Simba não tem pénis, como é que tem uma filha?


Tendo em conta que também não lhe vimos os testículos, se não for uma menina então estão internos e nesse caso os espermatozóides seriam inviáveis. Mas, supondo que os bichinhos do amor do Simba são revestidos a alumínio e o que mais usam para fazer os termos da comida, onde é que um felino (acertei?) tem acesso a fertilização in vitro?


A única explicação plausível é que ele tenha adoptado! As revistas dos podres da savana vão adorar saber isto! Além de que a ilegitimidade da filha pede a conclusão de que ela não é herdeira ao reinado da selva!


Se calhar era melhor começarem uma república, isto de monarquias já teve o seu tempo...

terça-feira, janeiro 15, 2008

Colecção “profissões valorosas que honram o nosso país” (da Agostini)

Uma mão firme, certeza capaz de mover multidões, anos de experiência, a expectativa em volta, uma tensão quase insuportável. Naquele momento só existem 3 porções inteligíveis do universo: o paciente de um lado, o objecto afiado, pronto a penetrar com precisão no alvo, estabelecendo união com aquela pessoa essencial, ferramenta nas mãos de Deus, o juiz da balança e os pratos em simultâneo, a quem deve a vida e a morte – aquela pessoa que pica as facturas e senhas da cantina.

Se todos os elementos do staff do refeitório da UL são essenciais, a senhora de óculos que arquiva as senhas naquele filho de picador de gelo e pisa-papéis é indispensável e insubstituível. Imaginem um mundo onde a mesma senhora que punha as escassas saladas que são pedidas também tivesse que picar a senha! Ou pior, na ausência de picador, depositá-la numa caixa, deixando-a intacta, virgem. Este é um mundo governado pelo caos, sem ordem na cantina, onde cada senha se vale por si numa selva (pouco) nutritiva que não foi talhada para ela.

Obrigado senhora que pica as senhas e facturas e que à vezes também dá a coca-cola quando eu peço uma.

domingo, janeiro 13, 2008

365+ round up

Após um extenso período de férias (metáfora para lacuna do tempo sem aulas mas acrescido com responsabilidades como levar o avô ao restaurante, frequentar centros comerciais numa infindável busca de um produto que ninguém sabe o que é e visualização de filmes do século passado que nem quando saíram foram considerados bons – sim, isso é uma responsabilidade) voltei para arrasar! E, para aqueles que ainda não notaram, o título refere o aniversário do meu blog! Sendo que as duas palavras seguintes referem que este texto será uma introspecção acerca desse mesmo período. Perdoem qualquer erro ortográfico mas dói-me o polegar direito.

Como já devo ter referido muitas vezes, este DoaL nasceu como a Fénix, das cinzas do que a minha vida se tornara na altura. Agora deixando as metáforas à moda de escritor demasiado inseguro com a sua sexualidade, o ano 2007 começou realmente mal. Utilizando agora uma metáfora mais máscula, senti na minha pele o embater de vários camiões de lições de vida (camiões porque não há nada mais de homem que um carro enorme sem visibilidade nenhuma). As várias histórias que me fizeram crescer, e principalmente rever-me, estão aqui semeadas e reproduzir qualquer uma de um modo resumido retiraria toda a piada e sentido da própria (termos meigos para dizer “leiam o blog se quiserem saber mais").

Claro que no seio de tal revolução interior teriam que haver consequências exteriores. Acabei por cultivar (um jardim de flores?) um grupo muito restrito (de gnomos?) de amigos, todos dignos de (um par de estalos?) pertencerem à linha da frente na luta contra (a SIDA?) a de-evolução que se faz sentir em Portugal e todos os países outrora desenvolvidos e em desenvolvimento (simultaneamente, não 2 grupos em separado). Encontrei uma namorada espectacular em todos os sentidos e tornei-me numa pessoa melhor em certos aspectos (mais no desenvolvimento deste testamento).

O blog experimentou um crescimento de leitores durante algum tempo, sendo essa expansão a causa primordial à regressão seguinte. E agora a frase que tenho estado à espera de dizer:

Eu sou uma prostituta.

Apelo a todos os homens de bigode farfalhudo e camisola de alças de rede branca para manterem as calças para cima; não, eu não sou esse tipo de prostituta e com tanta pornografia na Internet não percebo o que fazem a ler o meu blog. Eu sou uma prostituta como as editoras discográficas de grande escala. O crescimento do número de leitores deixou-me de certo modo contente e acabei por me desviar do objectivo principal do blog, originalmente guardar as minhas crónicas e dar-me um projecto ao qual eu me podia dedicar e que fosse o mais fielmente um espelho da minha personalidade. Comecei a pensar em produzir mais textos e captar mais gente. Cedo demais estava a publicar peças que não correspondiam a toda a qualidade que garantiu que os fãs de morangos com açúcar não vinham a este site, que não eram excelentes mas apenas boas ou muito boas. E, como o diz que é uma espécie de magazine, muitas pessoas continuaram a vir na esperança de uma boa crónica ao passo que outras abandonaram a lista de frequência regular.
Esta queda na qualidade foi tão evidente que eu próprio me desinteressei de escrever aqui e parti na busca de outros interesses. Ainda tentei por momentos obter um novo contributo para a qualidade do DoaL (como os sitcoms habituais que introduzem uma nova personagem quando já não têm mais ideias para me fazer rir) mas, como já devem ter reparado, a frequência de produção textual do Diogo Santos é igual ao copo de iogurte (não procurem sentido aqui, eu queria dizer que ele nunca escreve e ocorreu-me o pequeno almoço desta manhã). Felizmente no tempo em que estive ausente surgiu uma ideia, plágio de tanta gente, para produzir conteúdo de qualidade além das habituais crónicas. Como dizem que uma imagem vale mais que mil palavras, este será um local onde também vou publicar algumas das fotografias que tirar com a minha nova câmara, uma Canon SX-100 (não é uma EOS400 como queria mas no ramo das point-and-shoot é muito boa e tem várias opções das reflex que a tornam extremamente versátil, ainda que compacta… qb). Também é importante este novo tipo de publicação já que é muitas vezes impossível descrever certos momentos enquanto o grafismo consegue transmitir melhor todo o conceito que eu assimilei de determinada situação.
Concluindo, dou a minha palavra que tentarei prosseguir o projecto do Draft of a Life com devido empenho, qualidade assegurada e devida variedade, já que do mesmo modo a vida não é feita somente de introspecção, não comprometendo esta de modo algum a anterior.

Este ano obrigou-me a experimentar muitas situações que nunca esperava ter-me envolvido. E tanta “marretada” podia ter surtido melhor efeito durante as férias de natal mas… não. O tempo livre que tive para mim foi desperdiçado mas felizmente passou na televisão o melhor antídoto para a preguiça: o namorado da minha ex apareceu na sic como o melhor aluno de não sei onde que ganhou uma bolsa de não sei o quê. E de repente eu percebi que, não sendo para mim passar a vida debruçado sobre os livros, também não fui criado para subaproveitar o meu potencial, a minha criatividade e know how generalista! Ramo da medicina de lado, as probabilidades de ser conhecido pela minha facilidade em determinada área são escassas, consequência da minha perpétua vontade de perceber tudo e conhecer tudo. Assim, resta-me aproveitar o conhecimento que assimilo e capacidade de raciocínio para me salientar… se quiser. O que até calha bem sabendo que eu defendo o equilíbrio.

Convém fazer um pequeno aparte, não nutrindo qualquer sentimento pela minha ex, continuo e continuarei a sentir uma grande (enorme) necessidade de ser sempre melhor que o namorado dela, nem que seja para provar que sou o melhor partido. Não estou a fazer mal a ninguém, pode não ser bonita esta faceta de mim mas a vontade de ultrapassar certas pessoas foi em 90% da minha vida a motivação que me ajudou a atingir os meus objectivos. Sim, eu não olho muito a meios para atingir um fim.

É desconfortável fazer um apanhado de um ano porque este não é simultâneo em relação ao ano lectivo, que na sociedade actual é o verdadeiro relógio biológico. Parece que de alguma maneira se fala do período que começa depois das férias grandes como um segmento em separado e como não estou para contrariar este impulso assim farei. O 2º ano está a ser muito engraçado mas algo de estranho se passa. Estou a referir-me ao facto de “a irmandade” estar muito dissolvida. E quando falo na dissolução da irmandade refiro-me à ausência de um senhor Mário que aparenta estar a estudar a todas as horas do dia, non-stop, abstendo-se de frequentar os habituais jantares no toscana, já para não falar da noite de póquer. Adicionando ao facto de um senhor Diogo estar viciado na cultura japonesa de tal modo que a esperança de ouvir qualquer outro tópico da boca dele se ter desvanecido completamente, quem sofre é o restaurante que não nos vê sequer quinzenalmente. E eu que deixei de ter “a irmandade” para discutir assuntos sérios e digerir muitas ideias demasiado cruas para serem integradas na minha psique. É pena e espero que isto mude. A formação de um grupo como o nosso é um processo extremamente complicado, sensível e apenas possível em situações muito específicas. Atrevo-me até a dizer que este grupo é insubstituível (mentindo obviamente porque tudo é passível de ser substituído de algum modo, nem que seja por droga).

Pronto, eu digo a verdade, apetece-me dar-lhes um par de estalos para ver se acordam para a vida!

Em contrapartida fui fagocitado (não acredito que usei esta palavra) para o grupo de amigos da minha namorada, um grupo muito descontraído a que me sinto muito feliz por pertencer. Sim, as minhas histórias terão novos protagonistas, muitas aventuras em locais variados sem um cão de nome Faial ou duas gémeas extremamente irritantes (nós sabemos qual é o único proveito que se pode tirar de gémeas, no próximo texto conto-vos quanto é que a minha namorada me bateu por ter dito isto).

Agora vamos ver se o próximo texto é menos Nicholas Sparks e mais Samuel L. Jackson (no filme Pulp Fiction).


Beijinhos e abraços, um bom ano com muito Draft of a Life e poucos bebés acidentais.
Viva os cães de loiça!

segunda-feira, dezembro 17, 2007

16-12-2007, longos e árduos anos passaram em que todos nós levámos espancamentos regulares e minuciosos, tanto físicos (linha de Sintra, yo) como psicológicos. Mas todos nós encontrámos refúgio, uma fuga à azáfama semanal, um pequeno mundinho em que por menos de uma hora, eramos mais felizes.


Hoje deito-me com um peso na consciência.


Diz que o Diz que é uma espécie de magazine vai acabar! Sim, é verdade!


Existem 3 pessoas no mundo:

Os que não gostam do gato fedorento, e desde já sinto pena de vocês.

Os anormais que têm um orgasmo por cada sketch que os 4 palhaços urbanos fazem.

O resto, que acha piada a 20% dos clips, os realmente bons, e todos os domingos rezam para que o vento esteja de feição para o fedor do felino.


Hoje todos eles sofrerão um grande abalo. O mundo não permanecerá o mesmo!

Ora vejamos, o 2º grupo entrará em sindrome de abstinência. No sofrimento virar-se-ão para as repetições, até que a 'dose' já não chegue, altura em que ~30% da população deste país recorrerá ao suicidio para apaziguar uma dor que não se cura com ben-u-ron (lol).

O 3º grupo terá um grande problema. Não há nada para fazer entre as 21.30 e as 22.30. Tendo a consciência de que não existem outros programas viáveis que tapem o vazio emocional que é ter que viver sem o DQEUEDM, 40% da população vai inadvertidamente procurar diversão na actividade social. Mas é domingo! Está toda a gente a descansar para ir trabalhar no dia seguinte! E quem é que vai ter que levar os cãezinhos à rua? Os 30% que não gostam do gato fedorento!

O 1º grupo, à beira da loucura por não descansar o suficiente e estar constantemente a ouvir as histórias de como o Miguel Góis tinha tanta piada ou sobre o humor visual do R. Araujo, terá de recorrer à violência para silenciar a outra facção......e o seu erro primordial será o facto de não terem calado todos ao mesmo tempo.

Os sobreviventes unir-se-ão e, na perpétua busca por vingança, toda a população portuguesa será dizimada em poucos anos. Sobrarão 4, os valorosos, os...palhaços que começaram isto tudo.


Resumindo, os 4 do Gato Fedorento serão os responsáveis pela maior guerra civil portuguesa e terão que acasalar entre si (provavelmente com o Tiago Dores que é o mais afeminado de todos) para gerar portugueses 'puro sangue'. Até lá teremos que fazer o curso sem eles, o que será manifestamente mais difícil, pelo menos para mim.

domingo, dezembro 09, 2007

Hey look!

Encontrei um cêntimo americano! The so called nickle...
PS: sim, fui eu que fiz a montagem...
PPS: não, eu não tenho tempo a mais, se tivesse tinha ficado melhor

quinta-feira, novembro 15, 2007

The earthling point of view


O tema de hoje é inspirado na 9ª temporada da série StarGate SG1. E para rapidamente satisfazer a curiosidade de uns e segurar a grande massa de gente que está prestes a carregar no botãozinho da cruz ali ao canto, não vou falar da série mas sim de religião!


Porquê falar de religião? Afinal de contas o eixo do mundo já deixou de ser o Vaticano desde que saiu a primeira (ouvi dizer que já há uma segunda) sex tape da Paris Hilton! O ritual de ir à missa todos os domingos já só é praticado pelos nossos avós, ladrões saídos de filmes dos anos 80 e irmãos com sentimentos de inferioridade. Na minha opinião pessoal este é, no entanto, um tema bastante interessante pela sua grande controvérsia. Aqueles que já me ouviram falar sobre o tema não verão muito mais adiantado e aqueles que foram agraciados com o meu silêncio estão prestes a... deixar de o ser.



No nosso mundinho ocidental quando se trata de religião é mandatório passar pelo vaticano, comprar uns "boble-head" do Bento XVI, um terço para juntar à colecção e dizer umas quantas palavras com um fervor desmesurado. Até faz sentido já que a religião católica ocupa uma posição central e sem dúvida está na linha da frente na luta contra a extinção de métodos antiquados de controlo das massas.


Se perguntarem a um padre se Deus é sensato, claro que ele dirá que sim. Inconvenientemente isto leva à outra pergunta, então se ele é sensato porque é que as suas posições são tão insensatas? Ou serão mesmo as posições dele? Por exemplo, Deus é omnipresente e omnipotente (a discussão destes dois temas terá que ser posta de lado que eu gostava de acabar de escrever neste século), logo se queremos falar com ele, confessar-lhe o que for, basta-nos abrir a boca e, sem surpresas, falar! Então porque nos temos que confessar ao padre? E porque temos que rezar "orações"? Deus é suficientemente inteligente para perceber português corrente e até crioulo (o que dá sempre jeito devido à grande religiosidade que apresenta a xungaria, denotado tal facto pelo sempre presente crucifixo pendendo no seu pescoço), tal como todos os santos! E porque é mandatório frequentar a missa todos os domingos? Deus disse "amai uns aos outros" mas proíbe as relações sexuais sem o intuito de procriar? Pelo menos na bíblia, o tão aclamado livro d'Ele, o diz. E não é só o prazer carnal que é proibído. Todo o prazer está totalmente para lá da cerca, temos que ser bem miseráveis aqui se queremos o nosso quinhão por cima das nuvens!

A outra hipotese é a de Deus não ser a figura retratada na bíblia, o que me parece mais razoável. Não vão procurar no Corão que também duvido que lá esteja, fosse esse o caso então também não estariam a acompanhá-lo justificações para a realização de atentados e cruzadas.


Hoje em dia somos diariamente ameaçados por gente manipuladora que quer algo de nós, muitas vezes organizações. Companhias de seguros, a TVI, as igrejas, o Francisco Louçã e a Lili Caneças todos têm algo que os une: se não tiverem patinhos que lhes dêem importância, deixam de existir (e digo isto tão literalmente quanto possível). Então todos se valem das armas que têm à disposição, gráficos que demonstram a probabilidade de uma crise vulcânica na nossa sala de estar, o Big Brother, salvação ou danação eterna, um país que mais parece o mundo encantado dos brinquedos do continente ou a promessa de uma pele mais firme sem pregas soltas na próxima edição da Flash, para nos caçar e manter. E assim o leitor se pergunta "então deviam libertar as restrições que defendem como o uso do preservativo para ganhar adeptos, não?" Não, são essas restrições que alimentam a fé cristã! Quando o seguidor faz o bem bom com a menina de 18 aninhos com borrachinha vai logo à igreja confessar-se e aproveita para aliviar os bolsos do dinheiro que é tão pesado! E vale a pena pertencer a um grupo cujos membros não são minimamente filtrados? Se não fosse difícil ser 100% católico nem valia a pena ser-se um! Até podiam ganhar um dinheirão a fazer autocolantes para colar no carro com percentagens de catolicidade, podiam banhar outra cadeira a ouro com os lucros. E que seguidor fervoroso e (sobretudo) casto quer ser posto no mesmo saco que o vizinho loiro que recebe uma moça diferente todas as semanas no conforto da sua cama?


Claro que abandonar todas as religiões deixaria um vazio no campo da adoração Divina, campo esse que poderia ser abordado pelas companhias de seguro, realizando apólices de protecção divina e reservando lugares no céu em caso de morte e cobertura juridica em impasses com o inferno. Eu tenho uma ideia melhor. E a minha ideia é a seguinte, tendo em conta que só funciona com indivíduos monoteístas:


  • Deus é omnipresente pelo menos. Podemos falar com ele quando quisermos ou precisarmos e confesso que é um bom ouvinte. Não é necessário nenhum outro interveniente na comunicação.

  • A única vontade de Deus é que sejamos bons. E ser boa pessoa não é algo que necessite de muita explicação. Apenas temos que fazer pelos outros o que gostavamos que fizessem por nós, desde que não sejamos masoquistas em que é inverso o caso.

  • A outra vontade de Deus é que sejamos bons conosco próprios, algo que a maioria das pessoas tende a esquecer-se. Não é a vontade de Deus que o idiota mal educado nos passe à frente na fila dos frangos! Até porque não estamos só a ser maus para nós proprios, estamos a negar ao (inserir palavra insultuosa referente ao gajo de bigode e bochechas vermelhinhas) o direito que ele tem à crítica construtiva e consequentemente a impedi-lo de ter acesso à ferramenta indispensável do auto-melhoramento: a necessidade de conhecer os nossos erros.

  • Quanto a temas controversos como por exemplo o aborto, é difícil de conhecer a posição d'Ele sobre o assunto. Cabe à nossa sensatez a procura pela resposta e a acção conforme. Porque assim se não agirmos da forma correcta tal se deveu apenas à nossa falta de iluminação. Não devemos confiar na opinião dos que afirmam estar mais perto de Deus ou ter maior autoridade para falar no nome dele. Somente pelo facto de estarmos todos tão perto de Deus quanto os outros. Apenas não ouve quem não quer e podem ouvir de diferentes formas pessoas distintas. Chama-se-lhe consciência.


Se Deus é tão justo quanto dizem, e eu acredito que sim, estas quatro directrizes seriam a voz d'Ele e não um livro que fala na Sua criação em sete dias, nas atrocidades que o colocam entre o regime nazi e o comunista e nas suas regras que não fazem algum sentido.



Quero aproveitar para mandar beijinhos à minha mãe já que ela anda muito triste porque nunca foi mencionada no meu blog. Pronto, já está.


E finalmente termino com a frase da semana, da minha autoria:


"o cocó dos brasileiros cheira tão mal quanto o nosso (logo posso usar o vocabulário que quiser)"



Até amanhã e não digam frases idiotas no fim do telejornal como faz o José Rodrigues dos Santos no Jornal da Noite da RTP.

domingo, novembro 11, 2007

So he gazed out the mask

Draft of a life é um blog sobre a vida. Não a vida mundana, superficial, o "camisola vermelha ou verde" diário mas uma procura mais profunda do sentido das coisas, um ponto de interrogação no fim dos dogmas ditados por um bloco de betão a que chamamos sociedade. Seja esta jornada pela complexidade do mundo escrita sobre a forma de uma crítica sádica, uma crónica pesada ou mesmo uma ou duas linhas que nem parecem ter contexto mas no final são mais coerentes que o Paulo Bento, desde que feita de uma forma cuidada, merece sempre destaque neste blog.

Hoje apresento um texto de Diogo Santos, um dos meus melhores amigos. "Um eco perdido" ultrapassa, com a sua modesta página, 99% das escrituras nas prateleiras do top da Fnac (1% é o texto que diz "Top" em cima dos livros, tem um tipo de letra extremamente apelativo e sensual). A meu entender é um pouco pesado mas qual de nós não olhou em volta um dia para se deparar com um cenário cinzento que afinal era a cinza da nossa existência pousando no mundo como a fuligem do apocalipse?


Por favor deixem os vossos comentários, o Diogo poderá muito bem publicar o próximo texto neste blog já sem o meu prefácio e assinatura no fundo!



Um Eco Perdido…


Levantei os olhos cansados, muito pesar me fazia a existência. A solidão cortante trespassava-me como se de vidro se tratasse. Olhei o tecto angustiado, mais um dia, mais um doloroso dia de existência. É difícil pensar na vida com optimismo quando o sofrimento já nada surpreende. As cores do Outono para mim são cinzentas, quão cinzentas como os tristes espectros que ao meu lado se sentam no comboio. Dedicados serventes caminhando para o seu propósito, frios, insubstanciais e por isso, na sua inumana servidão, me arrastam ainda mais para os meandros da minha já crescente apatia. Os sons já nada de natural têm, são simplesmente abjectos pré-fabricados para que o tempo não paralise, um símbolo de que a prisão continuará.
Lentamente abro a mala, tenho algo que preciso de ler, ou que julgo que preciso de ler. O mecanismo da tomada de decisão já estranho me parece, a sua falta de automatismo é incómoda, mesmo assim, os meus olhos frágeis pousam sobre linha após linha, sorvendo-as com pouca naturalidade. A voz repetitiva anunciando estações intermináveis faz com que cada segundo pareça alongar-se, a perspectiva monótona de uma rotina inquebrável recai sobre mim. Há instantes em que as lágrimas parece que afluirão à minha cara, como se a prisão existencial finalmente me fizesse soçobrar. É no entanto tudo demasiado mecânico e sem vida para abarcar o sentimento humano ou a sua expressão, isso seria sair da formatura, quebrar uma corrente de certa forma. Não, só choro sozinho, ligando os meus refúgios às minhas vivências, em momentos nos quais existo verdadeiramente.
Caminhando no chão frio e escuro dirigindo-me ao que é suposto, ao que sempre foi suposto, penso o quão fora de mim próprio me sinto. O meu corpo vazio arrasta-se rua após rua, animado por nada mais que uma presunção existencial. Os sorrisos que me recebem pouco ou nada me dizem, tento chegar às suas intenções ocultas; enterradas numa máscara regular, o quão regular possível. As linhas faciais chegam ao ponto de se confundirem na sua pérfida desumanidade. Quando dou por mim já o meu invólucro toma a sua face suposta, age da forma suposta, por muita que a minha alma grite. O imenso silêncio percorre-me num implorar surdo sem destino. … “Dare ga… Dare ga Tasukete…”.O vazio continua a afluir a mim, negligenciando qualquer saída, qualquer subtileza da unicidade pessoal, torrentes cruéis oprimem e dilaceram sem piedade. O que de mim floresce, desta terra desolada e sem vida parece por si só uma beleza corrupta à espera do seu quinhão de desespero. É assim que a minha torturada existência te vê, é assim que os meus olhos tristes te acarinham. Será que aqueles tímidos sussurros que ainda me lembram quem sou te acordaram em mim?


Diogo Santos, 11 de Novembro de 2007

All rights reserved

sábado, novembro 10, 2007

Verbal puke

Ele varre todo o conteúdo do copo com o seu olhar, pesquisando pelo menor sinal invulgar.
Ele agita suavemente o liquido aveludado, submergindo o seu nariz numa nuvem quente e adocicada. Com o maior cuidado degusta um pouco deste manjar, absorvendo o último pormenor e, finalmente terminando o suspense, engole e acena.

Prontamente o garçon enche modestamente o copo, ocultando um ligeiro sorriso. "Aquele gajo não percebe a diferença entre vinho e óleo para motor".

É verdade, comum a todos os homens é o ritual da prova do vinho. Contudo eu já tenho 19 anos e além do dia da Defesa Nacional, ainda não recebi o aviso de recruta para o curso do vinho e da vinha!

Porquê tanta fita? O meu pénis não cresce mais por fazer uma figura triste em frente ao empregado de mesa! Permanecerá este tema como mais uma questão insolucionável como as idas em grupo à casa de banho das mulheres? Ou mesmo o código de honra da casa de banho dos homens!?

Está embutido no nosso sistema a vontade de parecer adequado a todas as tarefas, temos simplesmente que ser os maiores! E se ainda conseguir fugir aos impostos enquanto me esfrego a outra pessoa para não pagar o metro, comento as qualidades dos motorizados alemães versus os franceses e como a namorada do meu melhor amigo sem ele saber, então melhor! Sou inteligente, conhecedor e esperto!

Não...

sou iludido, idiota e um cabrão que está prestes a perder o melhor amigo... mas hey, o primeiro ministro é larilas portanto um ou dois defeitos não têm problema!
Não será tempo de as pessoas se enxergarem?


Já eu, a melhor pessoa do mundo obviamente, tento averiguar as melhores opções baseando-me em factos: o vinho sabe bem ou não? O teatro todo evitava-se se o Sr. Alfredo tivesse logo botado o quentinho à boca para provar! Até porque não vai andar a beber o vinho nem pelo nariz, nem com os olhos durante o resto do bacalhau à brás feito dos restos da carne de porco à alentejana da semana passada...



Pronto, já tirei a história do vinho da consciência, posso dormir descansado assim que contar a ocorrência mais empolgante desta última semana: o raid dos "picas" estagiários!


Não, essa fica para amanhã, tenho muito sono.


Nero, Puki, portem-se bem, não sujem a carpete.

terça-feira, novembro 06, 2007

The cat finaly stunk

Parabéns ao "Diz que é uma espécie de magazine" pelo primeiro episódio da 2ª série com mais de 30% de piada. Só é mesmo pena ser o quinto.

Bem, mais vale tarde que nunca, a maioria dos programas da televisão portuguesa nunca chegam a ter piada...



Beijinhos ao Paulo Bento, o homem mais sensual do mundo!


PS: é preciso estar muito seguro da masculinidade para mandar beijinhos a um homem!

terça-feira, outubro 30, 2007

Makes your head explode into candy



Quero desde já apresentar o mais recente leitor do meu blog. De nome Pooky, é de longe a personalidade mais marcante da actualidade do Draft of a Life.

Tem três meses e:

já faz melhores reformas curriculares que a M. educação
já se porta melhor que o Alberto João Jardim
já percebe mais acerca da intrincada relação entre política e realidade que o Francisco Louçã
já inspira mais confiança de que não vai mijar o sofá que o Mário Soares (esta é fácil)
já está mais dentro da RJIES que a média de alunos da Universidade de Lisboa
já tem mais credibilidade política que qualquer líder partidário actual
já é mais homem que a maioria dos homens que aparecem na TV
já tem mais presença política que o Sr. Presidente da República (sem ofensa mas onde anda o senhor? Está à procura da Maddie?)
já é melhor apaziguador de facções opostas que o papa Bento XVI
já contribuiu mais para a paz mundial que o George Bush
já domina melhor a matemática que o António Guterres (na medida em que está calado quando não sabe)
já é mais inteligente que eu (está todos os dias com a minha namorada, tem uma família a trabalhar para ele e passa o resto do tempo em casa a dormir, eu não arranjaria forma de conseguir isso tudo!)


Este nobre leitor juntar-se-á ao Nero e assim já tenho duas almas de olhos postos no blog e no mundo. Porque é no mundo que o meu blog tem os olhos! Neste mundo em constante revolução, em que num piscar de olhos uma drogaria é um Starbucks e uma mercearia outra loja chinesa!


Este espaço é sério, no dia em que deixar de ver incorrecções no mundo, no dia em que escrever um texto acerca de quão bem está o mundo, será o dia em que fecho o rascunho de uma vida.

"Sorte a minha que esse dia nunca chegará", sussurra levemente o autor, curvado na sua cadeira, os tendões de suas mãos gemendo em sincronia com as teclas, com o peso do seu ego aproximando-o da secretária e o peso das pálpebras gritando pela escuridão do seu quarto.

Até amanhã pessoal, estou mesmo a morrer de sono, uma vez mais, Pooky, sê bem vindo!



PS: tenho vindo a recolher testemunhos de alguma confusão acerca da inclusão sistemática do meu cão Nero nos textos do DoaL (os nomes em siglas parecem tão mais importantes). O facto é que a "gracinha" começou quando eu abri este espaço e não havia vivalma que o viesse ler, como tal tinha que pedir ao meu fiel amigo quadrúpede que o fizesse. Além do mais contínuo convencido que uma mediocridade idealística-ortográfica tamanha não deveria ser documentada, quanto mais lida pela espécie homo-sapiens. Como hoje em dia já não conheço tão bem os leitores deste espaço tenho que fazer post-scriptums enormes a explicar estas pequenas graças privadas de cariz cómico extremamente infeliz. É também engraçado fazer PS quando poderia simplesmente ter deslocado o rato para cima e escrito isto onde quisesse. Mas dava muito trabalho, não é?