quinta-feira, dezembro 16, 2010

Burning scalp

 

Hey look, another molotov!

But it’s not a surprise anymore

Is it?

Because these streets don’t go quiet,

even the walls plot a new riot;

just you wait, smell and see,

tires, cars, dumpsters burning, sweet and heavenly.

 

The higher ups fight each other;

how funny they no longer need to take cover;

the opposition lies still and bland

(they’re used to these reckless moments),

they’ll be there taking over in the end.

 

If you could watch it from the sky

you’d see this little country fry

and soak in it’s own smoke,

roasted on foundations we broke

 

I hear it’s a journey to paradise

but they’re doubting if those aren’t lies

So steer us to a fortunate place

praying for less than disgrace…

 

…or…

 

…maybe it’s just all going to be ok,

though I’m looking from the other side of the bridge

and the view from here I must say

makes me want to go on a binge.

segunda-feira, dezembro 13, 2010

Sobre pastas de modelagem

IMG_2225

 

Yum, hoje fui à cantina velha “comer”, algo que nunca deveria ser mencionado sem aspas. Deram-nos *cof* strogonoff, a comida impossível de sair mal (excepto quando se come no orange com quantidades épicas de cerveja, em que sai eventualmente uma hora depois num canto qualquer do bairro alto) mas o que me impressionou foi o espécime que figura na fotografia.

Em primeiro lugar, onde é que as cantinas mundo fora arranjam aquelas tijelas? É um modelo exclusivo da Cimpor para clientes regulares? E o conteúdo? É verdade que a fórmula secreta da sopa de cantina nunca foi descoberta, todos os estudiosos deparam-se com uma parede depois de revelarem os dois ingredientes base: betão armado e água do mar.

Seria no entanto indigno trazer a sopa do SAS à conversa sem referir as suas inúmeras utilidades além da construção civil e provocar rolhões intestinais.

1) Rondo: Para quem não sabe, rondo é uma mistura que se faz com dois materiais: resina e Bondo, uma espécie de cola espessa para tapar buracos nos carros. Ao fim de um longo tempo de secagem torna-se um plástico bastante rijo e assim muitos geeks nos EUA fabricam as suas armaduras de Master Chief e Darth Vader. Mas é complicadíssimo encontrar Bondo em Portugal. Pergunto-me se a sopa castanha funcionará adequadamente como substituto?

2) Decoração do território costeiro: Visto que já nem as algas sobrevivem a poluição da costa (que varia da fralda usada ao pacotinho de leite, preservativo e saco de colostomia, poluição do berço ao caixão) podemos usar a sopa verde (aquela que não sendo se parece com caldo verde) para simular flora marítima e assim atrair turistas!

3) Terapia oncológica: desde usos no embolismo das artérias que nutrem o tumor até aplicação direta, a sopa amarela mostra grande potencial na luta contra o cancro.

4) Tempero: No dia em que acabar o sal fino cá em casa dou um salto à cantina! E a gradação de cor indica a hiperosmolaridade!

sábado, dezembro 11, 2010

P&B = RGB

 

IMG_2070-2

Ultimamente tenho andado de volta da minha máquina fotográfica. Relativamente modesta, é uma point-and-shoot do ramo mais avançado, como quem diz que tem um range de opções da gama das SLR apesar do hardware ficar bastante aquém. Digamos que se aprendem umas coisas. Apesar disso foi uma má compra.

Uma tendência que reparei, ou antes venho a reparar, é que existe uma grande confusão entre fotografia a preto e branco e fotografia decente. E entre fotografia pura e fotografia decente. Partilharei as minhas noções da matéria:

  • Se o gajo está a P&B não é automaticamente artístico. O 50cent continuaria a parecer xungoso e um caixote do lixo, salvo enquadramento decente, continua a ser o recipiente dos desperdícios da vida diária;
  • A fotografia a cores não está apenas reservada às “migax”, qualquer mânfio entende que a cor tem mais informação que a escala de cinzas. Vão ao cinema comprovar, o Michael Bay sabe, o Spielberg aprendeu depois da lista de Schindler (que se bem me lembro era sobre a grelha de manutenção e suporte técnico de um elevador na baixa de Lisboa), até o M. Night Shama…Shima…Shami…whatever sabe;
  • O objectivo da fotografia tem duas vertentes: a transmissão da informação, do “feeling” do fotógrafo ao tirar o still do momento e a prostituição, ou seja o apelo aos sentidos for the sake of it. E aqui se pode distinguir a fotografia do purista da fotografia do perfeccionista. Conheço algumas pessoas que toleram o photoshop como dar à luz pelo ânus e não entendo isso. Não sou sócio do clube náutico nem jogo golfe e ténis ao fim de semana.Tenho uma máquina que no japão não me comprava um saco de pão de forma e por cima disso não estou treinado na fotografia como um ministro a lamber pelagem glútea. Quero que as minhas fotografias tenham bom aspecto pelo menos, se isso implica brincar um pouco com a escala de níveis e contraste no computador, so be it. Não me considero um fotografo de segunda, apenas um fotografo iniciante. Mas os puristas pensam que se não usarem um Mac e fizerem post-processing vão parar ao inferno. News-flash: no céu só vão fotografar nuvens e elas são iguais em cima e em baixo! E talvez com um pouco de brincadeira no computador se perceba que o histograma é para preencher decentemente, de preferência enquanto no cenário.
  • Qualquer point-and-shoot produz uma melhor foto nas mãos de um talento que uma Howitzer da óptica nas mãos de um nabo. Mas pior estou eu sem o talento ou a máquina.

domingo, dezembro 05, 2010

O tipo de pessoa que somos

 

Saying

 

      Não valeria a pena pensar muito mais no assunto, a imagem sobra para um post decente. Mas quando a criei tinha mais em mente do que passar as próximas duas horas a tentar atingir a mosca que me invadiu a propriedade com a minha glande.

     A razão da frase prende-se com os mecanismos que tornam os homens nos homens e (já agora, porque não?) que os levam a cometer erros quase padronizados.

    Mas agora não posso discutir isso em pormenor, esta mosca está a meter-me nervos e preciso das duas mãos para abrir o cinto.

sábado, dezembro 04, 2010

Já que estávamos a falar de liberdade

 

liberdade-de-imprensaSabem quando vos vem aquele saborzinho a arroz de 2 meses à boca? É assim que me sinto agora. Porquê? Por causa do amor. Não, estou a gozar, é mesmo mais um atentado à liberdade humana.

Ora estava eu feliz da vida a ruminar pelo facebook (já que a promessa de estudar trata de transformar o meu quarto numa prisão domiciliária mais bonita e sem uma sanita) quando encontro uma citação engraçada: parece que se gasta 5X mais dinheiro em medicamentos para a virilidade masculina e silicone para as mulheres do que se gasta no Alzheimer. Até aí tudo bem, dá para rir um bocado, não?

…não…

E não dá porque o que vem a seguir é alarmante. Pelos vistos o “mundo [está] ao contrário]. Hmmm, não diria isso. O mundo está (na generalidade) como a humanidade quer que esteja, dentro das suas possibilidades. E criar estas estatísticas muito apelativas é como perguntar a uma entidade representativa da população “o que preferem, sexo ou memória?” e obter a resposta. Parece é que há umas quantas pessoas que não gostaram.

Continuando, dizem que “ficar de braços cruzados e confiar na maioria nem sempre dá bons resultados”. Quando dizem isto podemos interpretar como algo de bom ou mau:

  • Por um lado é a renúncia à democracia, é uma pessoa a dizer que a maioria nem sempre está correta. Mas se isso é verdade então temos um grave problema porque o nosso país assenta nessa base – Delegamos o poder individual a uma comissão representativa da maioria e deixamos que essa governe as nossas vidas. Não caindo nos excessos do anarco-capitalismo (pelo qual admito que nutro algum carinho), o que se pode deduzir da frase base é que a maioria não pode ter poder semi-divino para decidir o destino de cada um. E neste caso eu diria “muito bem!”
  • Por outro lado ficar de braços cruzados ignorando a vontade da maioria é o mecanismo “democrático” mais comum. Aqueles em posição de poder representativo têm o mau hábito de ignorar a vontade dos apoiantes e fazer outras coisas, coisas que são “melhores”. Demonstra-se que as massas devem ser dirigidas pelos génios como ovelhas. As massas querem sexo em vez de memória? E depois?

Já agora deixem-me expor a minha teoria muito simples. Se a maioria tem os meios, façam o que lhes der na bolha. Eu gostava de ser duro como uma viga aos 75 anos mas também de saber ainda como se fazem bebés. E a população com Alzheimer não está propriamente a diminuir. Aos indignados com esta situação, não se preocupem, o melhor é não fazer nada. Quando as grandes massas se enxergarem que não podem ter sexo se já não conseguem desapertar as calças então os recursos da humanidade serão desviados para essa bonita área que é a neurociência!

 

…a sério… não façam nada… já temos demasiadas politiquices.

 

Uma notinha final (como o senhor que depois de perder o jogo no programa da Fátima Lopes ainda quer mandar beijinhos discriminadamente para um distrito inteiro), não tendo escrito este texto para ofender ninguém, especialmente os autores das citações, ou falar por trás evitando uma terrível discussão pelas internetes, isto é uma salvaguarda importante: cuidado como falam! São muito frequentes estes casos de ditos que parecem ingénuos mas escondem a vontade de controlar e de exercer pequenas ditaduras. Salazar também pensava que as pessoas estavam melhores sem liberdade de expressão ou comunicação com o exterior.

Mas ao menos resolveu o défice.

Depois da Tempestade

Mas a tempestade não passa, é um mito. O barco guina como uma bailarina toxicodependente, não antes mas neste momento. Perpetuamente. A paz não está no olhar para o céu prevendo mais chuva. A paz está no mar.

Nas ondas martelando incessantemente na nossa base, cuspindo sal para a nossa cara e dando pequenas dentadas nos pés. E aí sorrimos porque tudo está bem. Tudo está como deveria ser. Right where it belongs.

Estou a olhar para o mar, vejo-me disforme como um ser em permanente luta com os elementos. Mas é um fenómeno de óptica, nada mais. Estou normal, estou bem, o mar não trinca, adiciona pequenos pedaços. A minha pele não está seca do sal mas couraçada, pronta para o que o céu me atirar. O meu barco não vira, desliza gentilmente na tempestade. Mas é mesmo uma tempestade? E se nunca existe a calma, ficamos em terra para sempre? Não, não existe trovoada nem tsunamis, existe a naturalidade da viagem.

Tenta tombar-me porque nunca conseguirás. Onde a minha tripulação foi engolida eu persistirei, consistente, completo, sorrindo quando me gritas e bates. Vem, pede ao céu mais monções.

 

Mas o céu cansou-se de tentar e trará bonança.

Fighting a giant

Geme… precisa de óleo. Está a girar sequer? Não sei, parece encravado, faz um barulho ensurdecedor. Inquieto, penso em roer as unhas. Quais unhas, mais cedo trincava um dedo! E ele olha para mim, juro que não sou eu que me viro, sinto-o fitando-me, esboçando um sorriso repleto de sarcasmo. “Se pudesse já não estavas inteiro”, pois, se pudesse respirar na lua talvez também não vivesse em Portugal. Se pudesse mas não posso. Lutar com ele é bater numa nuvem, não vai parar a chuva; inútil.

Portanto relaxo. Sento-me se não estou já sentado, fecho os olhos e ignoro-o, cruzo as pernas e sorrio. Imagino um horizonte cheio de nada, como as visões dos psicólogos baratos. O conteúdo não interessa aqui, sacudo as ideias, concentro-me na respiração. Para dentro, para fora, dentro, fora…que insinuações são estas? Calma… esta cabeça está conspurcada e acelerada, quer absorver tudo e quer tudo mas por pouco tudo perde. “Talvez, talvez”, espreito pelo canto.

Mas ainda me fita e eu atento de volta o permanentemente imóvel relógio que me diz “só passou um segundo”.

sexta-feira, dezembro 03, 2010

Felácio à liberdade de expressão

 

O nascimento da Web 2.0 (termo que designa a internet como um espaço extremamente interativo em que o utilizador comum pode alterar o seu conteúdo em tempo real) produziu maravilhas inimagináveis. Youtube, facebook, messenger, entre outros, fazem parte do vocabulário da maioria das pessoas. Tudo se passou num espaço de tempo tão curto que alguém que se interesse em olhar para a cronologia tem que passar a língua por água depois de a levantar do chão.

E todo este desenvolvimento rondou uma noção muito simples: as pessoas querem conviver, sentir-se conectadas com outras pessoas. Ultrapassando a barreira unidirecional da televisão, a internet juntou culturas. Mas há uma discreta diferença entre comentar um quadro num museu e uma foto no facebook ou um vídeo no youtube ou um blog: habitualmente não somos gravados durante as nossas verborreias… já nas internetes… aquilo fica lá para os outros!

O que me leva ao ponto que queria fazer. Não existe ser mais capaz de produzir lixo que o utilizador da internet. Vejam só, eu estou a fazê-lo neste momento! Mas há lixo e lixo. O meu habitualmente não presta, muitas vezes limito-me a escrever o que ninguém quer ler, pensando no que ninguém quer pensar. Agora querem gemas e diamantes? As palavras de ordem são “Scroll down”!

O verdadeiro escritor, aquele que lembramos para a posteridade com carinho, não é o que tem a fotografia na página e que escreve com palavras caras! Honremos os “comentadores”!

Este ser único e bastante prático abstém-se de se informar. Francamente abstém-se frequentemente sequer de ler ou entender o que está a comentar! Mas tem coragem para o fazer! Porquê? Porque a sua pilosidade púbica é densa como o chumbo e escura como uma noite de inverno sem lua! Porque ostenta um bigode farto independentemente do género sexual! Porque reconhece que não tem necessidade de se esconder em argumentos como os fraquinhos dos críticos construtivos e pode simplesmente tomar de assalto com o que leu no panfleto que lhe deram na porta da cantina, frase que ouviu na televisão ou leu de relance noutro texto que comentou ou linha de um filme do Nicholas Sparks.

“Diz-me com quem andas e eu digo-te quem és”. O tipo que disse isto era francamente estúpido. Vá, a culpa não é dele, ele disse isto antes do tempo da wikipedia. Hoje nós que somos mais evoluídos podemos dizer muito mais acertadamente “diz-me com quantos comentários acéfalos comes quando escreves algo e eu digo-te quem és”... e quanto tempo tens de vida.

Mas nada disto acontece neste blog. O spongebob veio do céu e iluminou os comentadores do DoaL para se absterem de me dar corda.

 

Dai graças ao comentador pois da sua citação sem corpo renascerá a receita publicitária do adwords.

 

(este texto foi escrito segundo o acordo ortográfico vigente no dicionário do Live Writer. E eu não tenho paciência para o corrigir para o português que a minha mãe me ensinou)

Script de automatização do novo mundo

 

Private Sub Sakujo_sort(byref targets as species.humancollection)

     For each Target as species.human in targets

          Select case Target.socialtype

               Case Socialtypes.Criminal

                    Me.mind.shortstorage = Target.picture

                    Deathnote.text.append Target.Name & “ jumps into the coldest lake nearby and drowns”

                    Me.mind.shortstorage = Nothing

               Case Socialtypes.Mitra

                    Me.mind.shortstorage = Target.picture

                    Deathnote.text.append Target.Name & “ dies of a heart attack after shooting his\her own genitalia with a shotgun”

                    Me.mind.shortstorage = Nothing

               Case Socialtypes.Pseudorebel

                    Me.mind.shortstorage = target.picture

                    Deathnote.text.append Target.Name & “ dies of a heart attack after cleaning most of the walls ” & Target.Name & “ has soiled with “”Statements”””

                    Me.mind.shortstorage = Nothing

               Case else

                    Newworldcollection.residents.add Target

          End select

     End For

End Sub

quinta-feira, dezembro 02, 2010

A coerência

…é tão sobrevalorizada. Por exemplo, o que me impede de começar agora a falar sobre um cavalo?

 

Um cavalo é um animal que primariamente serve 3 fins: fazer as criancinhas gritar, metabolizar feno em quantidades pouco atractivas e qualquer coisa com uma senhora que tem gostos questionáveis.

 

Estão a ver? É tão fácil! E mais que fácil, é surpreendente e mantém uma conversa agradável… isto claro quando não estamos a discutir algo sério. Por exemplo o José Sócrates concorda comigo mas fá-lo durante o debate quinzenal e depois queixa-se que não tem amigos (ou que não segura o cocó, como dizem os senhores na tasca, mas isso é outra história).

 

Mais ainda, a falta de coerência é profissão para muitos (portanto cria emprego e serviços absolutamente indispensáveis) como por exemplo

 

Já agora, sabiam que foi lançado um disco rígido Solid State com taxas de transferência superiores aos 100 megabytes por segundo tanto de escrita como de leitura e tempos de acesso insignificantes?

 

A Maya! A Maya consegue prever o futuro nas cartas mas como taurologa que é (e além de perceber muito de touros também é cartomante) sabe que privar os seus pagantes da riqueza que é a experiência de vida seria um maior crime que andar a burlar o pessoal. Portanto junta meia dúzia de frases feitas que normalmente até nem batem umas com as outras e dá à senhora do call center.

 

O homem do talho! Como é que o homem do talho é incoerente? Então, quando eu peço um bife da espessura do meu dedo não me refiro claro a quando eu cuspia boiões de papa de pêra pela parede (e já nessa altura cortava as coisas melhor a denotar pela incrível variedade morfológica de cicatrizes corpo fora) mas à minha idade actual.

 

O professor de oftalmologia! Bem, esse não é incoerente, é um senhor que equilibra o formalismo e a relação com os estudantes tão harmoniosamente que um dia lhe dou uma pancada amigável nas costas e o convido para uma imperial e uns tremoços (elemento nutritivo que usou para descrever a cirurgia à catarata).

 

Professor, eu deixava que me fizesse um filho… se eu tendesse para a liga do Diogo Infante – Mais uma vez ditos daquele Lounge com mesas de snooker e matrecos.

sábado, setembro 25, 2010

Awaken

Onde vai Maio? De lá sobram os mosquitos claro, constantemente pousados nos locais inacessíveis, música da tanga e...eu. Mais uma vez deixo de escrever aqui por um sentimento de inutilidade. Na minha cabeça este sitio balança entre um diário e um canal de prostituição, por vezes deixo cá o que preciso de não ter dentro, por vezes vomito duas dúzias de frases aparentemente desconexas e chamo-lhe uma obra de arte. Há claro uma diferença fundamental entre as duas facetas do DoaL e a realidade: Não se guardam segredos onde toda a gente os pode ver do mesmo modo que não se faz prostituição num beco por onde nunca passa ninguém! É um meio termo muito irritante, entre ponderar quem vem cá e se vem cá alguém.

Estou à procura de um manual de instruções pormenorizado. Não me chega dizer que o cotovelo está entre o braço e o antebraço, preciso de perceber como funciono, o que gosto (impressionante passar 21 anos com alguém e não saber o que faz trabalhar essa pessoa), se estou sequer nos carris ou vou parar à margem-sul (ou mesmo ao Tejo mas com a qualidade da água tenho mais medo de partir o pescoço no embate do que me afogar).
Claro que a vida de todos entra em momentos em que parece que não há nada lá fora para nós, compreendo, o que aflige os infelizes nesta situação não é o presente (talvez um bocadinho mesmo assim) mas o futuro, a incapacidade de prever quando vai acabar esta "rotina". E a rotina nem é uma rotina em si, apenas uma sucessão de aparentes tentativas catastróficas.

A chave da felicidade não é apesar de tudo tão intangível quanto deus ou a justiça portuguesa, existem algumas regras que, não prometendo o cálice da vida, afastam a sensação de tragédia iminente: Agarrem-se aos planos que fizerem se não houver uma forte razão para os cancelar; não pensem sobre a vida, vivam-na (o chavão mais velho do mundo e assim continuará enquanto não entrar!); por fim algo que aprendi no How I met your mother - sim, eu vejo - "nothing good ever happens after 2a.m.." Não, nada de bom acontece a partir das 2 da manhã, se estão sozinhos por amor de sócrates vão dormir (imaginem-me a dizer isto em caps-lock, só não o escrevo para não parecer mal), as horas após as 2 só servem para continuar algo em processo, não é de todo conveniente demonstrar a lucidez que advém da falta de descanso e pô-la em prática de uma forma que involva outra forma de vida!
Tornou-se óbvio que este texto é já por si absurdo e uma criança indesejada. Mas como não há mais nada e me posso desculpar na minha lucidez que mesmo ao acordar é duvidosa, deixo-o olhar o mundo.

Se alguém um dia ler isto, gostava de actualizar a minha comida favorita para parentérica do santa maria. Nunca experimentei mas diz quem já comeu (embora o verbo seja usado de forma flexível) que é uma maravilha. Isso e gostava que dissessem à Noémi que ela afinal não era assim tão má quanto eu a pintei nos últimos anos, só mesmo fucked up in the head, e adivinhem, eu também e todos os mamíferos que conheço.

sábado, maio 01, 2010

Aquele som

A música tem o dom de nos transportar para... bem, depende. A maioria do que oiço leva-me a um sítio eufórico onde não existe nada mais senão a adrenalina. Todos os meios para a atingir são válidos, como um drogado à procura do seu "fix". Outras carregam-me para um café junto à praia onde sinto o sabor das ondas na minha bebida e a paz chega até ao horizonte. Mas uma pequena parte leva-me a recantos da memória. Recantos que por vezes não quero visitar.

Um grande álbum dos Infected Mushroom lembra-me do estágio que fiz no Amadora-Sintra, nomeadamente um frenesim de ter tudo feito a horas, de longas noites a trabalhar e intermináveis esperas no trânsito em que o meu único amigo era o redbull que alternava na mão com o volante e as mudanças. Se algum dia voltar a lutar com alguém quero que seja ao sabor de infected mushroom.

E depois o mais clássico dos exemplos da açorda que é a memória são as baladas e balada-like. Qualquer homem que teve uma história de amor (qualquer que seja a concepção de amor dele) tem uma música para a lembrar. E 3 a 4 minutos de melodia fazem reviver o bom e o mau.

Uma vida não pode ter mais que um final feliz. Todos os outros pequenos finais não o são, podem é ser necessários. E que os melhores remédios contra a melancolia são: música trance, Top Gear, Unreal Tournament, jogos de corridas, exercício físico, espancar paredes.

...E, claro, o pequeno thrill de esmurrar um mosquito e calmamente esfregar o nosso sangue roubado do estuque... se calhar preciso de um especialista...

quarta-feira, abril 28, 2010

Isto é o que acontece quando se descobre o caminho ao pé coxinho para a India


O maior dilema da vida de qualquer pessoa ocorre numa noite de calor primaveril. Ondas de mosquitos, suficientes para abater toda a frota aérea de combate do Uganda (composta por dois balões circenses de hidrogénio e um avião de papel feito por um traficante de coelhos da páscoa) irrompem pelo quarto adentro usando os seus poderes de bater com os chavelhos no vidro até encontrar a fresta, procedendo à mesma técnica com a persiana. E quando no habitáculo do pobre e incauto matarro rapidamente procedem a devorar as entranhas do coitado. É aqui que a sua vida se vê pelo que realmente foi. Um quarteto de violinos no fundo com uma música triste e fotografias dos seus momentos mais felizes. O que fazer? Pôr a cabeça de fora exige nervos de aço para resistir aos voos baixos destes emissários do diabo. Mantê-la debaixo dos cobertores provoca uma transpiração descontrolada, o homem arrepende-se de ainda não ter mudado para roupa de verão. Decidir fazê-lo agora também não parece uma boa opção já que isso implicará ser picado pelo menos uma vez, com todas as ramificações previstas por um encontro com a criatura mais feroz do mundo animal, nomeadamente uma baba (nome que não percebo porque as minhas nunca babaram).

A resposta ao problema é bastante óbvia: não é praticável contratar o Sr. Miyagi para os apanhar a todos com pausinhos chineses, não pelo seu custo à hora mas porque depois obriga-nos a encerar-lhe o carro, pintar a vedação e ainda lutar com um panasca qualquer com conflitos parentais. Do mesmo modo fechar a janela está fora de questão, primeiro porque já é tarde demais, segundo porque se não fosse este texto era inútil e tal não pode acontecer! A única solução plausível e inteiramente razoável é a construção de um sistema de ventilação intra-lençóis embutido no prédio e colocação de uma rede de mosquitos gigante em volta do mesmo. Também será boa ideia colocar posters dos tokyo hotel em volta dos recintos, confundindo os mosquitos e fazendo-os crer que já passaram por lá abutres que desfiguraram as criaturas.
Segundo o instituto de estatística do Botswana, empresa pai do Alisuper, 9 em cada 10 mortes em Portugal são atribuíveis a mosquitos (segundo a teoria do efeito borboleta, considerando os mosquitos mutantes japoneses). Não se podem permitir mais mortes injustificadas quando a tecnologia existe para salvar milhões de vidas.

Colabore. Compre um lápis de carvão aos escuteiros por 25€ e os brincos de prata da sua avó.

Apocalipse mental

Há quanto tempo… desta não prometo nova assiduidade, só vim escrever umas linhas porque é tarde e apetece-me. Não me interessa sequer se o meu cão não está a ler, ele tem mais com que se preocupar, agora que lhe removeram cirurgicamente os testículos, podiam ao menos ter posto umas bolinhas protésicas para ele não andar ali com um saco vazio feito pedinte em terra de pobre. Seguindo esta linha de pensamento também não vim escrever um texto engraçado, mesmo que a ínfima massa de “seguidores” deste esquecido espaço apenas esteja interessada nisso. Hoje o meu diário é público.

Lembram-se daquela música dos REM, “losing my religion”? Ao menos o título toda a gente sabe, mais duas ou três linhas, na verdade todos gostam de REM e ninguém gosta ao mesmo tempo e isso entende-se por alguma banalidade do género e letras que não são nem empolgantes nem aborrecidas. Bom, eu perdi a minha religião. Eu esqueci que deus existia (como denoto ao já não usar maiúscula no seu chamamento) e privatizei a igreja e todas as colectas de um produto inútil e inacabável. Se querem fazer dinheiro comigo, vendam-me pirilampos mágicos ou jornais da escola, em última instância lápis de carvão que apesar do constante acumular se compram mais e a preços surpreendentemente altos.

E sabem que mais? Sinto-me bem! É libertador meter-me na cama e saber que estou inteiramente entregue a mim próprio, sem forças externas a governar o meu caminho ou possibilidades de apelos para que alguma entidade caracteristicamente personificada com uma barba de pai natal (primeira pista de que não existe mesmo). O que posso fazer do mundo é inteiramente minha responsabilidade e o que não posso não o é e como tal também não deve ser minha preocupação. Nem sempre funciona tão linearmente, a mente é um esgoto muito sujo com pensamentos distorcidos e cabelo.

Gostaria de explicar o que me fez abrir os olhos mas a realidade é que foi um processo de progressivas desilusões que me atiraram para o penúltimo patamar da pirâmide de Maslow. E quando voltei a ter tempo para considerar a transcendência entendi que não precisava dela, mais ainda, era-me prejudicial. E agora posso fazer piadas de mau gosto, mandar piropos absurdos, abster-me de praticar boas acções e poluir o planeta sem pensar se vou ou não parar ao céu. Entretanto na minha meia-idade já haverão low-costs para a órbita, isso nem se põe em causa, certo? E continuo a não fazer qualquer das anteriores abusivamente porque é a minha forma de ser. E a nobreza das boas acções está em praticá-las não por medo mas por sentido de justiça e moral. Mas essa também está nas ruas da amargura.

A moral é um peso excessivo. É o parafuso apertado demais na cabeça de alguns que permite aos outros tomarem partido destes. É um empecilho e eu infelizmente não me livro dela tão depressa. Já se vai virando o olhar para o outro lado mas nada de “grave”.

O Homem é um animal como os outros. Pomos outros mamíferos de fato a organizar a nossa vida, ajudamos desconhecidos porque sim e agregamos os impulsos em bolhas de silêncio mas isso é apenas negar a nossa natureza. Somos capazes de pensar na nossa condição e o que fazemos? “Esqueçam isso, vamos ser miseráveis para os outros não estarem sozinhos!” Não se ouve isto tão frequentemente mas muitos trabalham para apoiar esta frase que deixa qualquer um sem palavras.

Não vou dizer mais. Quero que sejam todos muito altruístas. Tiram-me preocupações da sacola. Eu vou viver um pouco mais para o meu umbigo. Comer bem, estudar, ajudar-me. Não me ajudo o suficiente. E isso tem que mudar.


Hoje é o dia.

domingo, fevereiro 28, 2010

O peso da (mediocr)idade


Meus contemporâneos, já repararam que estamos a ficar velhos? Há 2 dias um amigo meu disse-me que ia deixar de comer piza para manter a linha. Um pouco antes estava a referir a nostalgia de algo, os “bons velhos tempos”. O tempo passa a todos e a primeira reacção é “nós não estamos a envelhecer, é o mundo que está a ficar pior”. Notem no entanto, qual é o extracto populacional que usa mais essa expressão? Exacto, os velhinhos de boina. Aqueles que acordam de boina, sonham com ter relações de boina, espetam o carro nas paredes de boina e jogam ao mata com os velhos amigos de boina enquanto falam sobre como tudo está a ir para o inferno e eles foram a última geração que não era atrasada mental.
Eu já encomendei a minha boina axadrezada por e-mail, e vocês? Ninguém aqui está a ficar mais novo! Esqueçam a discoteca, beber o vosso peso em etanol, mudar o mundo, esqueçam adormecer às 7 da manhã, comecem a acordar às 6!

E ainda após esta pouco estruturada exposição, acredito que devido à teimosia de velho não acreditem em mim. Então verifiquem esta lista de pontos, se confirmarem mais que um então comecem já a procurar calças de flanela!

- Não sei como um equipamento de electrónica funciona (as mulheres podem saltar este ponto porque na generalidade não sabem);
- Não vou sair à noite porque está frio\a chover;
- Recordo com nostalgia algo que costumava fazer e pergunto-me se ainda tenho fôlego para o retomar;
- “Já não se faz música como antigamente”;
- “Os filmes do meu tempo é que valem a pena”;
- “Os adolescentes de hoje não sabem nada da vida”;
- “Lembram-se daquele carro? Isso é que era! Muito mais bonito e provavelmente punha os novos a comer fumo!”;
- “E se eu não fizesse o bigode? Se calhar até não ficava mal…”;
- Visto qualquer coisa porque provavelmente não me vou cruzar com ninguém importante hoje” (os sebentos por defeito podem saltar este ponto já que a camisola do Che é imperativa de qualquer modo);
- “Se sair mais cedo provavelmente não apanho trânsito\fila\gente”;
-Só vim ver este post após ter todas as minhas obrigações concluídas. É um sinal de maturidade, ou seja de velhice.

Ouvi dizer que há uma promoção de old spice e perfume de lavanda no Leclerco (na qualidade de velho nunca conseguirão dizer este nome em condições), corram já, é o que está na moda! E bolachas sem açúcar ou sal… e palmiers para diabéticos… e no lidl está um medidor da glicémia, mas acostumem-se a dizer “açúcar no sangue”.

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Uma aula de jardinagem (farmacognósia) na unversidade de Lisboa

(Todo este texto é fictício… ou é? Não sei, nunca tive jardinagem)

9:02 – Cheguei! O professor está com ar de carrancudo… se eu vivesse no ossário do teatro anatómico também não chegava atrasado…

9:15 – Acabou o puxão de orelhas por não virmos às teóricas. Da próxima não venho só para não o ouvir. Os colegas das cadeiras da frente tomaram um banho de gafanhotos. Infelizmente, com a abundância de saliva que vai pelo chão já não se nota se estão ainda a lamber as botas.

9:17 – Oh não, ele tem um Mac!

9:25 – Não, nós não sabemos ligar Macs ao projector, se pagou tanto por um computador branco com uma maçã podia certificar-se que servia ao menos para trabalho…

9:42 – Chegou o técnico de informática da faculdade. Tem ar de quem está a lidar com crianças. O doutor tem 92 anos e um Mac, dê um desconto!

9:45 – O técnico foi chamar o porteiro, ele é capaz de saber como se liga o Mac ao projector.

9:45:33 – Um colega não aguentou e cometeu sepuku.

9:47 – Uns senhores de fato levaram o morto e o director disse-nos que não vimos nada. Parece que erasmus é uma profissão de risco.

9:50 – Chegou o porteiro e a menina da limpeza. Os tacos absorveram o sangue, vai ser complicado de disfarçar aquilo.

9:53 – Parece que o velho já está a falar dos usos medicinais da bolota há meia hora… Blá blá blá whiskas saquetas…

9:55 – “Olá, então, e que tal um sofá? Ou então uma estante em pinho e mel bem bonita”, não vou à moviflor desde mil nove e troca o passo!

10:00 – O MAC ESTÁ LIGADO AO PROJECTOR! SENHOR PORTEIRO, ABENÇOADO SEJA!

10:01 – …mas ele está a usar o powerpoint… podia ter metido a pen no computador da sala. Reforma-te!

10:05 – Sim, já percebi que a casca da batata era usada para tratar a calvice na Suazilândia antes de descobrirem as maravilhas do extracto de bílis de elefante. Prefiro um champô fortificante se não se importa.

10:05:03 – Champô, champô, champô, champô, champô, champô, champô…

10:24 – …champô, champô, champô, champô, champô, champô. Olha, a menina da limpeza não está de sutiã! Por isso é que está tudo tão caladinho!

10:52 – Onde é que eu ia?

10:55 – Ah, ele vai mostrar um vídeo da preparação do aerossol da papoila. Bacano! Ah, espera, o vídeo não arranca.

10:58 – O prof reparou no decote da menina da limpeza que ainda esfrega exaustivamente o sangue do nosso compatriota.

11:27 – Chegaram os paramédicos.

11:36 – A menina desiste de esfregar o soalho e vai-se embora. Os paramédicos começam a tentar reanimar o velho. Bah, ela já se foi e aula acabou faz 10 minutos. Vou jogar pacman nas arcadas!

The world in a grain of sand

Gostava de acordar amanhã e ouvir uma boa notícia. Gostava de sair à rua e ver um sorriso. Mas amanhã provavelmente vou ler o jornal e ficar a pensar “e se”, vou deambular por pessoas tão vivas quanto as suas sombras. O mundo está derrotado. E se isto fosse o high school musical começava agora a cantar e de repente estava tudo bem. Cresçam.

O mundo não é intrinsecamente bom. Nunca foi assim. A humanidade lutou muito para chegar a um ponto em que se pondera se a vida deveria ser tão árdua sem pensar se não somos nós que estamos mais moles.

Amanhã não vai estar calor. Vou sair e ver hordas de xungas a cruzar o meu caminho. Vou ter que lutar com sistemas burocráticos, chegar à razão com burros incultos e teimosos e no fim do dia, como prova de todo o meu esforço, paciência e bondade, vou ficar desapontado com uma mulher. Vou beber uma cerveja com os meus selectos amigos, vou sorrir e recomeçar no dia seguinte.

A vida é difícil para a maioria. E a maioria dessa maioria perde a vida a lamentar-se da sua sina. Cheirem uma flor, olhem para um céu cinzento, parem por um segundo para lembrar uma aventura.

E lembrem-se: ao menos já não precisam de esperar nas finanças para entregar o IRS.

domingo, janeiro 31, 2010

It's wierd that...

São as 24 horas mais estranhas da tua vida - ontem não julgavas que pudesse acontecer, mas de repente estás num nível completamente diferente do teu jogo, e ainda nem percebeste o que aconteceu... ou se calhar porque só dormiste 1,5 horas e tudo ainda te parece, não onírico, mas de certo ponto impossível.

São pessoas que, de certa forma, te importam, mudam a tua vida. Ou pelo menos por aí começa. São a base do que sabes, do que conheces, do que entendes como Vida, e são a bússola que te faz distinguir o normal do "tipo... acorda para a vida e segue em frente".
Podem, apesar de o considerar, não te conhecer quase de todo - e isso praticamente não te interessa, visto de um ponto de vista muito pessoal - mas eles dizem-te algo, às vezes um par de frases à hora de almoço, que te faz seguir em frente (e perguntas-te como é que isto não aconteceu antes... como, de repente, estás já a dar o salto).

Mas continua, neste novo êxtase redescoberto, o Mundo com a sua volta - afinal o dia dura 24 horas. E enquanto continuas maravilhado com o que acontecera, pequenas coisinhas vão surgindo, que sem te aperceberes, preparam o palco para o novo acto que aí vem.

Acto II (noutro sítio qualquer, as mesmas personagens, mais uma ou outra - para não ser secante e manter o interesse pela peça em questão): começa à volta de uma mesa, aparentemente igual a todas as outras de todos os bons cafés portugueses, e acaba algures num quarto estranho com quatro estranhos a falar, submersos entre si, de um tema que estranhamente te faz sentido (apesar das pessoas que te acompanham perceberem tudo de uma forma completamente diferente...). Estás bem, sentes-te bem, divertiste-te e a vida faz um pouco mais de sentido. Decides então continuar com a noite. Segues no teu carro em direcção ao local onde te estão a dirigir. E este pequeno intervalo apenas tem como objectivo a consolidação do que aconteceu, respirar fundo. Afinal, sem o saberes, ainda vem aí o clímax da peça.

Vais então finalmente para o último cenário, o local estranho com uma data de pessoas estranhas, e outras que, no fundo, te estranham. Não estás confortável, afinal é suposto venceres a adversidade no final do jogo. E aí percebes o que muda na tua vida, como tudo o que aconteceu naquele dia foi necessário para chegares a este ponto. E então acontece, assim.
Sabes que poderias "go wild" e fazer tudo conforme o teu id diz para fazeres, mas por alguma razão tens um passado - é nisso que a tua história se baseia. O que fazes?

Começou agora o novo nível, joga-o.