16-12-2007, longos e árduos anos passaram em que todos nós levámos espancamentos regulares e minuciosos, tanto físicos (linha de Sintra, yo) como psicológicos. Mas todos nós encontrámos refúgio, uma fuga à azáfama semanal, um pequeno mundinho em que por menos de uma hora, eramos mais felizes.
Hoje deito-me com um peso na consciência.
Diz que o Diz que é uma espécie de magazine vai acabar! Sim, é verdade!
Existem 3 pessoas no mundo:
Os que não gostam do gato fedorento, e desde já sinto pena de vocês.
Os anormais que têm um orgasmo por cada sketch que os 4 palhaços urbanos fazem.
O resto, que acha piada a 20% dos clips, os realmente bons, e todos os domingos rezam para que o vento esteja de feição para o fedor do felino.
Hoje todos eles sofrerão um grande abalo. O mundo não permanecerá o mesmo!
Ora vejamos, o 2º grupo entrará em sindrome de abstinência. No sofrimento virar-se-ão para as repetições, até que a 'dose' já não chegue, altura em que ~30% da população deste país recorrerá ao suicidio para apaziguar uma dor que não se cura com ben-u-ron (lol).
O 3º grupo terá um grande problema. Não há nada para fazer entre as 21.30 e as 22.30. Tendo a consciência de que não existem outros programas viáveis que tapem o vazio emocional que é ter que viver sem o DQEUEDM, 40% da população vai inadvertidamente procurar diversão na actividade social. Mas é domingo! Está toda a gente a descansar para ir trabalhar no dia seguinte! E quem é que vai ter que levar os cãezinhos à rua? Os 30% que não gostam do gato fedorento!
O 1º grupo, à beira da loucura por não descansar o suficiente e estar constantemente a ouvir as histórias de como o Miguel Góis tinha tanta piada ou sobre o humor visual do R. Araujo, terá de recorrer à violência para silenciar a outra facção......e o seu erro primordial será o facto de não terem calado todos ao mesmo tempo.
Os sobreviventes unir-se-ão e, na perpétua busca por vingança, toda a população portuguesa será dizimada em poucos anos. Sobrarão 4, os valorosos, os...palhaços que começaram isto tudo.
Resumindo, os 4 do Gato Fedorento serão os responsáveis pela maior guerra civil portuguesa e terão que acasalar entre si (provavelmente com o Tiago Dores que é o mais afeminado de todos) para gerar portugueses 'puro sangue'. Até lá teremos que fazer o curso sem eles, o que será manifestamente mais difícil, pelo menos para mim.
segunda-feira, dezembro 17, 2007
domingo, dezembro 09, 2007
Hey look!
quinta-feira, novembro 15, 2007
The earthling point of view
O tema de hoje é inspirado na 9ª temporada da série StarGate SG1. E para rapidamente satisfazer a curiosidade de uns e segurar a grande massa de gente que está prestes a carregar no botãozinho da cruz ali ao canto, não vou falar da série mas sim de religião!
Porquê falar de religião? Afinal de contas o eixo do mundo já deixou de ser o Vaticano desde que saiu a primeira (ouvi dizer que já há uma segunda) sex tape da Paris Hilton! O ritual de ir à missa todos os domingos já só é praticado pelos nossos avós, ladrões saídos de filmes dos anos 80 e irmãos com sentimentos de inferioridade. Na minha opinião pessoal este é, no entanto, um tema bastante interessante pela sua grande controvérsia. Aqueles que já me ouviram falar sobre o tema não verão muito mais adiantado e aqueles que foram agraciados com o meu silêncio estão prestes a... deixar de o ser.
No nosso mundinho ocidental quando se trata de religião é mandatório passar pelo vaticano, comprar uns "boble-head" do Bento XVI, um terço para juntar à colecção e dizer umas quantas palavras com um fervor desmesurado. Até faz sentido já que a religião católica ocupa uma posição central e sem dúvida está na linha da frente na luta contra a extinção de métodos antiquados de controlo das massas.
Se perguntarem a um padre se Deus é sensato, claro que ele dirá que sim. Inconvenientemente isto leva à outra pergunta, então se ele é sensato porque é que as suas posições são tão insensatas? Ou serão mesmo as posições dele? Por exemplo, Deus é omnipresente e omnipotente (a discussão destes dois temas terá que ser posta de lado que eu gostava de acabar de escrever neste século), logo se queremos falar com ele, confessar-lhe o que for, basta-nos abrir a boca e, sem surpresas, falar! Então porque nos temos que confessar ao padre? E porque temos que rezar "orações"? Deus é suficientemente inteligente para perceber português corrente e até crioulo (o que dá sempre jeito devido à grande religiosidade que apresenta a xungaria, denotado tal facto pelo sempre presente crucifixo pendendo no seu pescoço), tal como todos os santos! E porque é mandatório frequentar a missa todos os domingos? Deus disse "amai uns aos outros" mas proíbe as relações sexuais sem o intuito de procriar? Pelo menos na bíblia, o tão aclamado livro d'Ele, o diz. E não é só o prazer carnal que é proibído. Todo o prazer está totalmente para lá da cerca, temos que ser bem miseráveis aqui se queremos o nosso quinhão por cima das nuvens!
A outra hipotese é a de Deus não ser a figura retratada na bíblia, o que me parece mais razoável. Não vão procurar no Corão que também duvido que lá esteja, fosse esse o caso então também não estariam a acompanhá-lo justificações para a realização de atentados e cruzadas.
Hoje em dia somos diariamente ameaçados por gente manipuladora que quer algo de nós, muitas vezes organizações. Companhias de seguros, a TVI, as igrejas, o Francisco Louçã e a Lili Caneças todos têm algo que os une: se não tiverem patinhos que lhes dêem importância, deixam de existir (e digo isto tão literalmente quanto possível). Então todos se valem das armas que têm à disposição, gráficos que demonstram a probabilidade de uma crise vulcânica na nossa sala de estar, o Big Brother, salvação ou danação eterna, um país que mais parece o mundo encantado dos brinquedos do continente ou a promessa de uma pele mais firme sem pregas soltas na próxima edição da Flash, para nos caçar e manter. E assim o leitor se pergunta "então deviam libertar as restrições que defendem como o uso do preservativo para ganhar adeptos, não?" Não, são essas restrições que alimentam a fé cristã! Quando o seguidor faz o bem bom com a menina de 18 aninhos com borrachinha vai logo à igreja confessar-se e aproveita para aliviar os bolsos do dinheiro que é tão pesado! E vale a pena pertencer a um grupo cujos membros não são minimamente filtrados? Se não fosse difícil ser 100% católico nem valia a pena ser-se um! Até podiam ganhar um dinheirão a fazer autocolantes para colar no carro com percentagens de catolicidade, podiam banhar outra cadeira a ouro com os lucros. E que seguidor fervoroso e (sobretudo) casto quer ser posto no mesmo saco que o vizinho loiro que recebe uma moça diferente todas as semanas no conforto da sua cama?
Claro que abandonar todas as religiões deixaria um vazio no campo da adoração Divina, campo esse que poderia ser abordado pelas companhias de seguro, realizando apólices de protecção divina e reservando lugares no céu em caso de morte e cobertura juridica em impasses com o inferno. Eu tenho uma ideia melhor. E a minha ideia é a seguinte, tendo em conta que só funciona com indivíduos monoteístas:
- Deus é omnipresente pelo menos. Podemos falar com ele quando quisermos ou precisarmos e confesso que é um bom ouvinte. Não é necessário nenhum outro interveniente na comunicação.
- A única vontade de Deus é que sejamos bons. E ser boa pessoa não é algo que necessite de muita explicação. Apenas temos que fazer pelos outros o que gostavamos que fizessem por nós, desde que não sejamos masoquistas em que é inverso o caso.
- A outra vontade de Deus é que sejamos bons conosco próprios, algo que a maioria das pessoas tende a esquecer-se. Não é a vontade de Deus que o idiota mal educado nos passe à frente na fila dos frangos! Até porque não estamos só a ser maus para nós proprios, estamos a negar ao (inserir palavra insultuosa referente ao gajo de bigode e bochechas vermelhinhas) o direito que ele tem à crítica construtiva e consequentemente a impedi-lo de ter acesso à ferramenta indispensável do auto-melhoramento: a necessidade de conhecer os nossos erros.
- Quanto a temas controversos como por exemplo o aborto, é difícil de conhecer a posição d'Ele sobre o assunto. Cabe à nossa sensatez a procura pela resposta e a acção conforme. Porque assim se não agirmos da forma correcta tal se deveu apenas à nossa falta de iluminação. Não devemos confiar na opinião dos que afirmam estar mais perto de Deus ou ter maior autoridade para falar no nome dele. Somente pelo facto de estarmos todos tão perto de Deus quanto os outros. Apenas não ouve quem não quer e podem ouvir de diferentes formas pessoas distintas. Chama-se-lhe consciência.
Se Deus é tão justo quanto dizem, e eu acredito que sim, estas quatro directrizes seriam a voz d'Ele e não um livro que fala na Sua criação em sete dias, nas atrocidades que o colocam entre o regime nazi e o comunista e nas suas regras que não fazem algum sentido.
Quero aproveitar para mandar beijinhos à minha mãe já que ela anda muito triste porque nunca foi mencionada no meu blog. Pronto, já está.
E finalmente termino com a frase da semana, da minha autoria:
"o cocó dos brasileiros cheira tão mal quanto o nosso (logo posso usar o vocabulário que quiser)"
Até amanhã e não digam frases idiotas no fim do telejornal como faz o José Rodrigues dos Santos no Jornal da Noite da RTP.
domingo, novembro 11, 2007
So he gazed out the mask
Draft of a life é um blog sobre a vida. Não a vida mundana, superficial, o "camisola vermelha ou verde" diário mas uma procura mais profunda do sentido das coisas, um ponto de interrogação no fim dos dogmas ditados por um bloco de betão a que chamamos sociedade. Seja esta jornada pela complexidade do mundo escrita sobre a forma de uma crítica sádica, uma crónica pesada ou mesmo uma ou duas linhas que nem parecem ter contexto mas no final são mais coerentes que o Paulo Bento, desde que feita de uma forma cuidada, merece sempre destaque neste blog.
Hoje apresento um texto de Diogo Santos, um dos meus melhores amigos. "Um eco perdido" ultrapassa, com a sua modesta página, 99% das escrituras nas prateleiras do top da Fnac (1% é o texto que diz "Top" em cima dos livros, tem um tipo de letra extremamente apelativo e sensual). A meu entender é um pouco pesado mas qual de nós não olhou em volta um dia para se deparar com um cenário cinzento que afinal era a cinza da nossa existência pousando no mundo como a fuligem do apocalipse?
Por favor deixem os vossos comentários, o Diogo poderá muito bem publicar o próximo texto neste blog já sem o meu prefácio e assinatura no fundo!
Um Eco Perdido…
Levantei os olhos cansados, muito pesar me fazia a existência. A solidão cortante trespassava-me como se de vidro se tratasse. Olhei o tecto angustiado, mais um dia, mais um doloroso dia de existência. É difícil pensar na vida com optimismo quando o sofrimento já nada surpreende. As cores do Outono para mim são cinzentas, quão cinzentas como os tristes espectros que ao meu lado se sentam no comboio. Dedicados serventes caminhando para o seu propósito, frios, insubstanciais e por isso, na sua inumana servidão, me arrastam ainda mais para os meandros da minha já crescente apatia. Os sons já nada de natural têm, são simplesmente abjectos pré-fabricados para que o tempo não paralise, um símbolo de que a prisão continuará.
Lentamente abro a mala, tenho algo que preciso de ler, ou que julgo que preciso de ler. O mecanismo da tomada de decisão já estranho me parece, a sua falta de automatismo é incómoda, mesmo assim, os meus olhos frágeis pousam sobre linha após linha, sorvendo-as com pouca naturalidade. A voz repetitiva anunciando estações intermináveis faz com que cada segundo pareça alongar-se, a perspectiva monótona de uma rotina inquebrável recai sobre mim. Há instantes em que as lágrimas parece que afluirão à minha cara, como se a prisão existencial finalmente me fizesse soçobrar. É no entanto tudo demasiado mecânico e sem vida para abarcar o sentimento humano ou a sua expressão, isso seria sair da formatura, quebrar uma corrente de certa forma. Não, só choro sozinho, ligando os meus refúgios às minhas vivências, em momentos nos quais existo verdadeiramente.
Caminhando no chão frio e escuro dirigindo-me ao que é suposto, ao que sempre foi suposto, penso o quão fora de mim próprio me sinto. O meu corpo vazio arrasta-se rua após rua, animado por nada mais que uma presunção existencial. Os sorrisos que me recebem pouco ou nada me dizem, tento chegar às suas intenções ocultas; enterradas numa máscara regular, o quão regular possível. As linhas faciais chegam ao ponto de se confundirem na sua pérfida desumanidade. Quando dou por mim já o meu invólucro toma a sua face suposta, age da forma suposta, por muita que a minha alma grite. O imenso silêncio percorre-me num implorar surdo sem destino. … “Dare ga… Dare ga Tasukete…”.O vazio continua a afluir a mim, negligenciando qualquer saída, qualquer subtileza da unicidade pessoal, torrentes cruéis oprimem e dilaceram sem piedade. O que de mim floresce, desta terra desolada e sem vida parece por si só uma beleza corrupta à espera do seu quinhão de desespero. É assim que a minha torturada existência te vê, é assim que os meus olhos tristes te acarinham. Será que aqueles tímidos sussurros que ainda me lembram quem sou te acordaram em mim?
Diogo Santos, 11 de Novembro de 2007
All rights reserved
Hoje apresento um texto de Diogo Santos, um dos meus melhores amigos. "Um eco perdido" ultrapassa, com a sua modesta página, 99% das escrituras nas prateleiras do top da Fnac (1% é o texto que diz "Top" em cima dos livros, tem um tipo de letra extremamente apelativo e sensual). A meu entender é um pouco pesado mas qual de nós não olhou em volta um dia para se deparar com um cenário cinzento que afinal era a cinza da nossa existência pousando no mundo como a fuligem do apocalipse?
Por favor deixem os vossos comentários, o Diogo poderá muito bem publicar o próximo texto neste blog já sem o meu prefácio e assinatura no fundo!
Um Eco Perdido…
Levantei os olhos cansados, muito pesar me fazia a existência. A solidão cortante trespassava-me como se de vidro se tratasse. Olhei o tecto angustiado, mais um dia, mais um doloroso dia de existência. É difícil pensar na vida com optimismo quando o sofrimento já nada surpreende. As cores do Outono para mim são cinzentas, quão cinzentas como os tristes espectros que ao meu lado se sentam no comboio. Dedicados serventes caminhando para o seu propósito, frios, insubstanciais e por isso, na sua inumana servidão, me arrastam ainda mais para os meandros da minha já crescente apatia. Os sons já nada de natural têm, são simplesmente abjectos pré-fabricados para que o tempo não paralise, um símbolo de que a prisão continuará.
Lentamente abro a mala, tenho algo que preciso de ler, ou que julgo que preciso de ler. O mecanismo da tomada de decisão já estranho me parece, a sua falta de automatismo é incómoda, mesmo assim, os meus olhos frágeis pousam sobre linha após linha, sorvendo-as com pouca naturalidade. A voz repetitiva anunciando estações intermináveis faz com que cada segundo pareça alongar-se, a perspectiva monótona de uma rotina inquebrável recai sobre mim. Há instantes em que as lágrimas parece que afluirão à minha cara, como se a prisão existencial finalmente me fizesse soçobrar. É no entanto tudo demasiado mecânico e sem vida para abarcar o sentimento humano ou a sua expressão, isso seria sair da formatura, quebrar uma corrente de certa forma. Não, só choro sozinho, ligando os meus refúgios às minhas vivências, em momentos nos quais existo verdadeiramente.
Caminhando no chão frio e escuro dirigindo-me ao que é suposto, ao que sempre foi suposto, penso o quão fora de mim próprio me sinto. O meu corpo vazio arrasta-se rua após rua, animado por nada mais que uma presunção existencial. Os sorrisos que me recebem pouco ou nada me dizem, tento chegar às suas intenções ocultas; enterradas numa máscara regular, o quão regular possível. As linhas faciais chegam ao ponto de se confundirem na sua pérfida desumanidade. Quando dou por mim já o meu invólucro toma a sua face suposta, age da forma suposta, por muita que a minha alma grite. O imenso silêncio percorre-me num implorar surdo sem destino. … “Dare ga… Dare ga Tasukete…”.O vazio continua a afluir a mim, negligenciando qualquer saída, qualquer subtileza da unicidade pessoal, torrentes cruéis oprimem e dilaceram sem piedade. O que de mim floresce, desta terra desolada e sem vida parece por si só uma beleza corrupta à espera do seu quinhão de desespero. É assim que a minha torturada existência te vê, é assim que os meus olhos tristes te acarinham. Será que aqueles tímidos sussurros que ainda me lembram quem sou te acordaram em mim?
Diogo Santos, 11 de Novembro de 2007
All rights reserved
sábado, novembro 10, 2007
Verbal puke
Ele varre todo o conteúdo do copo com o seu olhar, pesquisando pelo menor sinal invulgar.
Ele agita suavemente o liquido aveludado, submergindo o seu nariz numa nuvem quente e adocicada. Com o maior cuidado degusta um pouco deste manjar, absorvendo o último pormenor e, finalmente terminando o suspense, engole e acena.
Prontamente o garçon enche modestamente o copo, ocultando um ligeiro sorriso. "Aquele gajo não percebe a diferença entre vinho e óleo para motor".
É verdade, comum a todos os homens é o ritual da prova do vinho. Contudo eu já tenho 19 anos e além do dia da Defesa Nacional, ainda não recebi o aviso de recruta para o curso do vinho e da vinha!
Porquê tanta fita? O meu pénis não cresce mais por fazer uma figura triste em frente ao empregado de mesa! Permanecerá este tema como mais uma questão insolucionável como as idas em grupo à casa de banho das mulheres? Ou mesmo o código de honra da casa de banho dos homens!?
Está embutido no nosso sistema a vontade de parecer adequado a todas as tarefas, temos simplesmente que ser os maiores! E se ainda conseguir fugir aos impostos enquanto me esfrego a outra pessoa para não pagar o metro, comento as qualidades dos motorizados alemães versus os franceses e como a namorada do meu melhor amigo sem ele saber, então melhor! Sou inteligente, conhecedor e esperto!
Não...
sou iludido, idiota e um cabrão que está prestes a perder o melhor amigo... mas hey, o primeiro ministro é larilas portanto um ou dois defeitos não têm problema!
Não será tempo de as pessoas se enxergarem?
Já eu, a melhor pessoa do mundo obviamente, tento averiguar as melhores opções baseando-me em factos: o vinho sabe bem ou não? O teatro todo evitava-se se o Sr. Alfredo tivesse logo botado o quentinho à boca para provar! Até porque não vai andar a beber o vinho nem pelo nariz, nem com os olhos durante o resto do bacalhau à brás feito dos restos da carne de porco à alentejana da semana passada...
Pronto, já tirei a história do vinho da consciência, posso dormir descansado assim que contar a ocorrência mais empolgante desta última semana: o raid dos "picas" estagiários!
Não, essa fica para amanhã, tenho muito sono.
Nero, Puki, portem-se bem, não sujem a carpete.
Ele agita suavemente o liquido aveludado, submergindo o seu nariz numa nuvem quente e adocicada. Com o maior cuidado degusta um pouco deste manjar, absorvendo o último pormenor e, finalmente terminando o suspense, engole e acena.
Prontamente o garçon enche modestamente o copo, ocultando um ligeiro sorriso. "Aquele gajo não percebe a diferença entre vinho e óleo para motor".
É verdade, comum a todos os homens é o ritual da prova do vinho. Contudo eu já tenho 19 anos e além do dia da Defesa Nacional, ainda não recebi o aviso de recruta para o curso do vinho e da vinha!
Porquê tanta fita? O meu pénis não cresce mais por fazer uma figura triste em frente ao empregado de mesa! Permanecerá este tema como mais uma questão insolucionável como as idas em grupo à casa de banho das mulheres? Ou mesmo o código de honra da casa de banho dos homens!?
Está embutido no nosso sistema a vontade de parecer adequado a todas as tarefas, temos simplesmente que ser os maiores! E se ainda conseguir fugir aos impostos enquanto me esfrego a outra pessoa para não pagar o metro, comento as qualidades dos motorizados alemães versus os franceses e como a namorada do meu melhor amigo sem ele saber, então melhor! Sou inteligente, conhecedor e esperto!
Não...
sou iludido, idiota e um cabrão que está prestes a perder o melhor amigo... mas hey, o primeiro ministro é larilas portanto um ou dois defeitos não têm problema!
Não será tempo de as pessoas se enxergarem?
Já eu, a melhor pessoa do mundo obviamente, tento averiguar as melhores opções baseando-me em factos: o vinho sabe bem ou não? O teatro todo evitava-se se o Sr. Alfredo tivesse logo botado o quentinho à boca para provar! Até porque não vai andar a beber o vinho nem pelo nariz, nem com os olhos durante o resto do bacalhau à brás feito dos restos da carne de porco à alentejana da semana passada...
Pronto, já tirei a história do vinho da consciência, posso dormir descansado assim que contar a ocorrência mais empolgante desta última semana: o raid dos "picas" estagiários!
Não, essa fica para amanhã, tenho muito sono.
Nero, Puki, portem-se bem, não sujem a carpete.
terça-feira, novembro 06, 2007
The cat finaly stunk
Parabéns ao "Diz que é uma espécie de magazine" pelo primeiro episódio da 2ª série com mais de 30% de piada. Só é mesmo pena ser o quinto.
Bem, mais vale tarde que nunca, a maioria dos programas da televisão portuguesa nunca chegam a ter piada...
Beijinhos ao Paulo Bento, o homem mais sensual do mundo!
PS: é preciso estar muito seguro da masculinidade para mandar beijinhos a um homem!
Bem, mais vale tarde que nunca, a maioria dos programas da televisão portuguesa nunca chegam a ter piada...
Beijinhos ao Paulo Bento, o homem mais sensual do mundo!
PS: é preciso estar muito seguro da masculinidade para mandar beijinhos a um homem!
terça-feira, outubro 30, 2007
Makes your head explode into candy
Quero desde já apresentar o mais recente leitor do meu blog. De nome Pooky, é de longe a personalidade mais marcante da actualidade do Draft of a Life.
Tem três meses e:
já faz melhores reformas curriculares que a M. educação
já se porta melhor que o Alberto João Jardim
já percebe mais acerca da intrincada relação entre política e realidade que o Francisco Louçã
já inspira mais confiança de que não vai mijar o sofá que o Mário Soares (esta é fácil)
já está mais dentro da RJIES que a média de alunos da Universidade de Lisboa
já tem mais credibilidade política que qualquer líder partidário actual
já é mais homem que a maioria dos homens que aparecem na TV
já tem mais presença política que o Sr. Presidente da República (sem ofensa mas onde anda o senhor? Está à procura da Maddie?)
já é melhor apaziguador de facções opostas que o papa Bento XVI
já contribuiu mais para a paz mundial que o George Bush
já domina melhor a matemática que o António Guterres (na medida em que está calado quando não sabe)
já é mais inteligente que eu (está todos os dias com a minha namorada, tem uma família a trabalhar para ele e passa o resto do tempo em casa a dormir, eu não arranjaria forma de conseguir isso tudo!)
Este nobre leitor juntar-se-á ao Nero e assim já tenho duas almas de olhos postos no blog e no mundo. Porque é no mundo que o meu blog tem os olhos! Neste mundo em constante revolução, em que num piscar de olhos uma drogaria é um Starbucks e uma mercearia outra loja chinesa!
Este espaço é sério, no dia em que deixar de ver incorrecções no mundo, no dia em que escrever um texto acerca de quão bem está o mundo, será o dia em que fecho o rascunho de uma vida.
"Sorte a minha que esse dia nunca chegará", sussurra levemente o autor, curvado na sua cadeira, os tendões de suas mãos gemendo em sincronia com as teclas, com o peso do seu ego aproximando-o da secretária e o peso das pálpebras gritando pela escuridão do seu quarto.
Até amanhã pessoal, estou mesmo a morrer de sono, uma vez mais, Pooky, sê bem vindo!
PS: tenho vindo a recolher testemunhos de alguma confusão acerca da inclusão sistemática do meu cão Nero nos textos do DoaL (os nomes em siglas parecem tão mais importantes). O facto é que a "gracinha" começou quando eu abri este espaço e não havia vivalma que o viesse ler, como tal tinha que pedir ao meu fiel amigo quadrúpede que o fizesse. Além do mais contínuo convencido que uma mediocridade idealística-ortográfica tamanha não deveria ser documentada, quanto mais lida pela espécie homo-sapiens. Como hoje em dia já não conheço tão bem os leitores deste espaço tenho que fazer post-scriptums enormes a explicar estas pequenas graças privadas de cariz cómico extremamente infeliz. É também engraçado fazer PS quando poderia simplesmente ter deslocado o rato para cima e escrito isto onde quisesse. Mas dava muito trabalho, não é?
segunda-feira, outubro 29, 2007
Is he using a Mac?
Este é o texto 1685 de hate-core macintosh. Vou começar por introduzir o tema:
PORQUÊ???????????????????????
Se tratarmos de sistemas operativos, existem 3 grandes referências: Windows, Mac e Linux. Cada um com as suas vantagens, excepto o Mac, especialmente agora com a introdução do Windows Vista. Sim, Este não foi feito em cima do joelho, é estável e tudo!
Mas, tendo em conta a ignorância de parte dos meus leitores (Nero, podes passar à frente) vou explicar as diferenças entre estes sistemas operativos utilizando uma analogia com um produto do quotidiano que toda a gente conhece e percebe -- o papel higiénico.
Imaginem que o Windows é o vosso papel habitual, branco, suave, sem porquês. O windows não dói no hemorroidal, está pronto a usar e, na sua simplicidade, é a escolha certa para o utilizador que deseja limpar o rabo.
Agora imaginem que o linux é um papel higiénico mais especializado. Foi montado por peritos amadores em redes celulosas e higiene e pode ser customizado, ou seja é possível adicionar fuincionalidades avançadas ao ponto que em certa altura ele pode até coordenar várias limpezas de rabo ao mesmo tempo enquanto calcula o pi à centésima casa decimal ou mesmo efectuar uma colonoscopia. Infelizmente tal interface tão avançada retira um pouco a funcionalidade e não é compatível com todas as casas de banho (para os que não perceberam são programas), mas na mioria dos casos o papel tem um adaptador para fuincionar com as mesmaas ou existe uma casa de banho alternativa no mercado.
E finalmente o macintosh! É cor-de-rosa ou da cor que quiserem, vem com desenhos e o anúncio até diz que vos lambe o ânus se for preciso. Quem utiliza este papel adora-o com um único problema. O raio do papel precisa de ser utilizado numa casa nova (computador apple portanto), casa que ainda não vem artilhada com as inovações mais recentes e não funciona com casas de banho convencionais, precisam de umas todas finórias e como tal o utilizador do macintosh pode limpar rabos mais habituais como ouvir música ou desenhar mas tem grandes problemas quando precisa de limpar um rabo menos convencional, tarefa que acaba por efectuar com o linux ou o windows na sua casa velha ou não a faz por completo.
Convém salientar que a nível de performance são todos semelhantes mas o linux oferece personalização de funções logo acaba por poder ser mais rápido se retirarmos o suporta para nádegas que não são precisas.
Há alguns meses a Apple lançou uma campanha salientando as vantagens do Mac em relação ao windows. É pena que nenhuma vantagem é real. Só há menos virus para o Mac porque os hackers estão pouco interessados em trabalhar com uma máquina tão retrograda, além de que enganar o utilizador do Mac a instalar um virus é extremamente mais fácil, tendo em conta a sua ingenuidade...afinal de contas ele comprou um Mac!
Ah, já me esquecia: NÃO, o Mac não é melhor para design gráfico, peço que espalhem esta mensagem porque estou farto de filhos de utilizadores de macintosh e utilizadores dessa extraordinária torradeira armada em PC me "ensinarem" a vantagem fantasma... como sabem não existem fantasmas.
Finalizando o post 1685 anti-Mac, lembro-vos, se andam à procura de uma maneira de fazer a barba, não comprem um pino de bowling!
PS: Eu já trabalhei com os 3 sistemas operativos, se vão comentar a minha inexperiência no conhecimento profundo da matéria, enviem uma mensagem de e-mail para o ministério da educação ou qualquer outra instância que o apague devidamente e com eficiência.
sábado, outubro 20, 2007
Psycho
Eu lembro-me de não ser tão psicopata... os bons velhos tempos antes do anúncio da TMN "Kita o teu telemóvel". É daquelas opções que não se tomam, são tomadas por um nível superior, nomeadamente os media.
Escolhi este título hoje porque passei meia hora no comboio a ouvir a banda sonora do Dexter (Dexter o analista de sangue que "faz um mundo melhor", não o Dexter que montou um laboratório enorme atrás do armário e tem uma irmã com o QI da ministra de Educação), saí do comboio e comecei a ver cartazes da "Europa contra a pena de morte" (o euro começa a valer mais que o dólar e desperta logo o paternalismo infundamentado das potências)... e claro, fiz uma viagem de comboio, metro e a pé num "mundinho" que pode apenas ser classificado como "extremamente civilizado" quando comparado com o meu quarto à sexta-feira.
Felizmente não tenho impulsos homicidas (voltando a realçar a excepção de quando passam os anúncios da TMN) mas a um certo grau compreendo-os. Todos nós (ou seja, todos os que sentem o caos nas situações banais a que nos acostumámos) queremos melhorar o mundo. Aqueles que já saíram da escola primária onde o puto "fortezinho" (porque a mãe não deixa chamar-lhe gordo) lhes tirou o Gi-I-Joe/Barbie e saiu impune porque ninguém fez nada já entenderam que a tarefa é mais complicada que programar o VHS para gravar a telenovela, o que já por si é muito complicado (diz a minha avó, eu já não uso VHS nem vejo telenovelas).
Ora o assassino bom (não vou falar do serial killer aleatório, esse não serve propósito excepto para causar mais caos) encontra no gume da navalha a solução, a justiça que o sistema burocrático não faz singrar. Talvez também a satisfação de um fetiche, o impulso de cortar (de que eu sou portador também, juntamente com muitos cirurgiões).
É necessário, obviamente, seguir algumas regras, uma ética de trabalho, para obter resultados satisfatórios. Certeza e preparação. Esta separa o "assassino bom" ligeiramente da bestialidade, sem organização ele é um animal.
É mesmo pena que eu acredite que a existência deste tipo de gente pudesse ser benéfica à sociedade. Isto significa que ela me falhou, que não tenho a mínima crença no sistema. Se o assassino for apanhado pela polícia cada vez mais desprovida de meios, ainda tem inúmeras hipóteses de se salvar da sua responsabilidade, desde falhas técnicas na investigação a juristas incompetentes, passando por atrasos burocráticos.
E é com este sistema judicial que persegue o criminoso numa cadeira de rodas ferrugenta que singram homicidas como o homem que inventou o "kita o teu telemóvel" e matou a criança que havia em mim...
Dexter, Kira, venham para Portugal, podem dormir em minha casa!
Para bibliografia posterior recomendo
Death Note, anime japonesa extremamente profunda (vá lá, tentem recordar o sentido desta palavra antes de ter sido conspurcado pela geração basofe)
Dexter, a série acima mencionada, da Showtime for those who live in America, para aqueles que não vivem no país da liberdade (LOL) encomendem o DVD no Amazon ou arranjem-se como quiserem.
Sociedade, o show de vida real em que tu participas num mundo que dá vomitos e te ajuda a gostar dos dois acima.
Agradeço do fundo do coração às mentes que ainda cá põem os pés. O blog não fechou, eu tenho tido preguiça de transcrever os textos do papel para o PC. São aqueles que atentam no mundo que o poderão mudar amanhã, não os que apenas olham ou fingem olhar.
Beijinhos ao Nero, não sujes a cozinha quando beberes água da gamela.
Escolhi este título hoje porque passei meia hora no comboio a ouvir a banda sonora do Dexter (Dexter o analista de sangue que "faz um mundo melhor", não o Dexter que montou um laboratório enorme atrás do armário e tem uma irmã com o QI da ministra de Educação), saí do comboio e comecei a ver cartazes da "Europa contra a pena de morte" (o euro começa a valer mais que o dólar e desperta logo o paternalismo infundamentado das potências)... e claro, fiz uma viagem de comboio, metro e a pé num "mundinho" que pode apenas ser classificado como "extremamente civilizado" quando comparado com o meu quarto à sexta-feira.
Felizmente não tenho impulsos homicidas (voltando a realçar a excepção de quando passam os anúncios da TMN) mas a um certo grau compreendo-os. Todos nós (ou seja, todos os que sentem o caos nas situações banais a que nos acostumámos) queremos melhorar o mundo. Aqueles que já saíram da escola primária onde o puto "fortezinho" (porque a mãe não deixa chamar-lhe gordo) lhes tirou o Gi-I-Joe/Barbie e saiu impune porque ninguém fez nada já entenderam que a tarefa é mais complicada que programar o VHS para gravar a telenovela, o que já por si é muito complicado (diz a minha avó, eu já não uso VHS nem vejo telenovelas).
Ora o assassino bom (não vou falar do serial killer aleatório, esse não serve propósito excepto para causar mais caos) encontra no gume da navalha a solução, a justiça que o sistema burocrático não faz singrar. Talvez também a satisfação de um fetiche, o impulso de cortar (de que eu sou portador também, juntamente com muitos cirurgiões).
É necessário, obviamente, seguir algumas regras, uma ética de trabalho, para obter resultados satisfatórios. Certeza e preparação. Esta separa o "assassino bom" ligeiramente da bestialidade, sem organização ele é um animal.
É mesmo pena que eu acredite que a existência deste tipo de gente pudesse ser benéfica à sociedade. Isto significa que ela me falhou, que não tenho a mínima crença no sistema. Se o assassino for apanhado pela polícia cada vez mais desprovida de meios, ainda tem inúmeras hipóteses de se salvar da sua responsabilidade, desde falhas técnicas na investigação a juristas incompetentes, passando por atrasos burocráticos.
E é com este sistema judicial que persegue o criminoso numa cadeira de rodas ferrugenta que singram homicidas como o homem que inventou o "kita o teu telemóvel" e matou a criança que havia em mim...
Dexter, Kira, venham para Portugal, podem dormir em minha casa!
Para bibliografia posterior recomendo
Death Note, anime japonesa extremamente profunda (vá lá, tentem recordar o sentido desta palavra antes de ter sido conspurcado pela geração basofe)
Dexter, a série acima mencionada, da Showtime for those who live in America, para aqueles que não vivem no país da liberdade (LOL) encomendem o DVD no Amazon ou arranjem-se como quiserem.
Sociedade, o show de vida real em que tu participas num mundo que dá vomitos e te ajuda a gostar dos dois acima.
Agradeço do fundo do coração às mentes que ainda cá põem os pés. O blog não fechou, eu tenho tido preguiça de transcrever os textos do papel para o PC. São aqueles que atentam no mundo que o poderão mudar amanhã, não os que apenas olham ou fingem olhar.
Beijinhos ao Nero, não sujes a cozinha quando beberes água da gamela.
quinta-feira, setembro 20, 2007
O maior post do mundo!
Hey tu pequenito! Tens mais de 18 anos, não escreves como um anormal e achas-te capaz de me vencer no UT2004 se eu tiver o God mode ON? Então és atrasado mas se respondeste não à última pergunta envia-me um email (na barrinha do lado está o "mail e messenger") onde uma oportunidade espetacular te espera! Além do milagre dos homúnculos que andam dentro dos fios a distribuir o correio podes juntar-te como publicador no meu blog!
As condições são que deves publicar um post por quinzena no mínimo e a maioria deles tem que prestar (já chegam os meus para serem péssimos, não?).
PS: convém teres um cão, gato ou animal doméstico que saiba ler porque precisamos de gente a ler este blog.
As condições são que deves publicar um post por quinzena no mínimo e a maioria deles tem que prestar (já chegam os meus para serem péssimos, não?).
PS: convém teres um cão, gato ou animal doméstico que saiba ler porque precisamos de gente a ler este blog.
Blow up
Tenho imensa pena que este blog esteja tão árido desde o último post. Podia dar muitas desculpas mas a verdade é que não tenho tido muita inspiração.
Contudo há umas semanas fui agraciado com o link de outro blog que me seduziu bastante. "all cops are bastards Portugal" proclama-se como um foco de luta contra a violência policial. Poderia do mesmo modo ser um blog de apologia à anarquia, NN e SLB que ninguém notaria a diferença.
Eu não tenho problema nenhum com a expressão das opiniões, como eles muito sabiamente publicaram, está na constituição! Agora utilizar a constituição para reivindicar direitos sem praticar os deveres da mesma, apontar dedos a dirigentes (de novo do SLB) porque não lhes deixam entrar com o "material" (um termo usado muito convenientemente quando se quer ocultar o conteúdo que duvido que sejam só bandeiras), fazer birrinha e incitar a luta contra o poder, tudo com uma linguagem extremamente cuidada (no que diz respeito às cedilhas, o resto é um par de estalos na lingua portuguesa) não é expressar uma opinião, é promover o espírito de inconformação cega. E ainda assim eu não tinha problemas, afinal de contas tal promoção é feita diariamente pela oposição ao governo. Não interessa que o Sócrates diga X, está errado porque nós temos os nossos direitos e não abdicamos de 1 grão de arroz para ter paz ou para o país andar para a frente! O que me causa uma grande comichão é a sua autodenominação de ultraportugueses.
Ultraportugueses, sim, não? Depende. Vamos falar dos Descobrimentos, a parte que vem nos livros de escola e que nos faz inchar que nem peixes balão. Os grandes e valorosos portugueses fizeram, vá, trinta por uma linha no mundo inteiro e são, pá, buéda fixe! Enquanto isso os muitos outros portugueses estiveram na terra a lavrar e a coçar os tomates, já que na altura não se tomava banho suponho que haveria muitas mais micoses no escroto. Se vamos chamar ultraportugueses àqueles que ultrapassaram os limites humanos (da altura), desafiaram dogmas (daqueles importantes, não o limite de peso no porão e o número de biscoitos a bordo) e lutaram para que as suas ideias inovadoras se fizessem ouvir, então ultraportugueses são uns quantos cientistas, uns quantos políticos (não estou a ver nenhum mas sou religioso portanto tenho fé que haja), uns quantos activistas de causas importantes, etc. Mas esses portugueses são tão poucos que mais parecem estrangeiros ao pé dos outros portugueses. Daí que tal denominação se deva atribuir à maioria dos portugueses: ultraportuguês é aquele que, nascido em Portugal e descendente bastardo em trigésimo grau de um conde qualquer que traiu a coroa, vive uma vida pacata, trabalha num emprego X, tem mulher Y e amante Z e escolhe uma causa medíocre para defender com unhas e dentes, pelo menos até ser promovido ou mudar-se para França, altura em que deixa de ter a amante Z e compra uma boneca insuflável.
Então sim! Força ultraportugueses! Continuem a lutar pela vossa causa, desarmar os polícias, permitir bandeiras no estádio da luz e mandar o governo abaixo! Quando a vossa enxada for de todos é que ficam felizes!
Eu até gostava de ser daqueles portugueses valorosos mas pronto, sou demasiado passivo e ainda não encontrei um ideal suficientemente bom para me devotar, limito-me a criticar incessantemente os outros...
Abandonando agora o tema do "acab", tenho uma casa de banho nova! Já posso sentar-me confortavelmente na sanita, olhar em redor para os azulejos novos, defecar todos os ideais idiotas, habituais do modelo "universitário formatado versão pós-25 de abril" e tomar um grande banho no chuveiro novo para desencrustar o degredo social que gruda entre os poros!
Mas hoje para comemorar o blow up não vou dizer mal do comunismo!
CALEM-SE, NÃO, NÃO ESTOU DOENTE!
Hoje apetece-me dizer mal de tudo o que está errado com a democracia. Infelizmente como tenho que dormir é melhor dizer só algumas coisas. Vou começar por um exemplo que me marcou para sempre, vindo de um dos meus melhores amigos que um dia, se tudo correr bem, vai estar na cadeira do "Sócras" a encarrilar Portugal de uma vez por todas:
"Tu tens um médico, cinco lenhadores e um paciente em coma. O médico diz que o paciente vai entrar em paragem cardíaca e é preciso dar-lhe medicamento X, os lenhadores dizem que é refluxo ácido e querem dar-lhe um chá de ervas. Numa democracia os lenhadores ganham por mais votos e o paciente morre de paragem cardíaca."
Neste excerto de incontáveis horas de activismo político está o cerne do que está errado na democracia. A ignorância é o aspeto chave, os lenhadores (profissão muito importante contudo desprovida de formação médica) continuam sem saber diferenciar os sinais de um ataque cardíaco de uma unha encravada, logo não devem ter voto na matéria de tratamento médico. Do mesmo modo o eleitor que não percebe um mínimo de leis, que não conhece os candidatos por mais que o fato que trazem, que não conhecem os programas porque não quer, não deve sequer aproximar-se das urnas! Vamos agora fazer uma representação do problema, algo completamente hipotético, se o eleitor fosse idiota poderia acontecer isto:
-Campanhas eleitorais
-Um candidato sobressai pelo seu carisma apesar de não ter um plano concreto ou ideias que não passem por assegurar direitos desnecessários e catastróficos para o tesouro
-O eleitor ignorante gosta da ideia de pagar menos impostos e fica cativado
-Dia das eleições
-Contagem dos votos
-António Guterres é eleito para novo primeiro ministro
-Rapidamente assegura que todos os devotos portugueses recebam subsidios por serem tão fantásticos, especialmente os que não produzem trabalho
-Abre-se um buraco no orçamento suficientemente grande para caber o ego do Conan O'brian
-António Guterres demite-se afirmando que Portugal se está a afundar num pântano
-Portugal afunda-se num pântano
E viveram todos felizes para sempre!
Com um regime assim, ninguém precisa de democracia alguma! Pois, é um regime mau, especialmente para desinformados como nós, os franceses, os americanos, outros centos de países de gente em maioria abaixo do limiar de QI do macaco gervásio (aquele que aprendeu a reciclar numa hora). Mas na prática o comunismo também é mau, a anarquia também (essa nem na teoria é boa) e os outros regimes estão na mesma situação. O que diferencia a democracia dos outros regimes é...
...MTV, laguna beach, the simple life, macdonalds e a mais importante de todas, a sensação falsa de que o eleitor tem o poder! E como já demonstrei, o eleitor perdeu o poder no momento em que não se informou e foi enganado. Ou, o caso de 1% da população cá da nossa terra, quando o vizinho do lado votou no partido dos verdes "porque eles são pouquinhos", sem saber que também votou no PCP devido à coligação. Mas o vizinho nem sabe isso portanto eu vou perder uma hora com ele fazendo uma analogia com casas geminadas e paredes comuns.
Pera aí, o meu vizinho está morto, com quem é que eu estou a falar?
Contudo há umas semanas fui agraciado com o link de outro blog que me seduziu bastante. "all cops are bastards Portugal" proclama-se como um foco de luta contra a violência policial. Poderia do mesmo modo ser um blog de apologia à anarquia, NN e SLB que ninguém notaria a diferença.
Eu não tenho problema nenhum com a expressão das opiniões, como eles muito sabiamente publicaram, está na constituição! Agora utilizar a constituição para reivindicar direitos sem praticar os deveres da mesma, apontar dedos a dirigentes (de novo do SLB) porque não lhes deixam entrar com o "material" (um termo usado muito convenientemente quando se quer ocultar o conteúdo que duvido que sejam só bandeiras), fazer birrinha e incitar a luta contra o poder, tudo com uma linguagem extremamente cuidada (no que diz respeito às cedilhas, o resto é um par de estalos na lingua portuguesa) não é expressar uma opinião, é promover o espírito de inconformação cega. E ainda assim eu não tinha problemas, afinal de contas tal promoção é feita diariamente pela oposição ao governo. Não interessa que o Sócrates diga X, está errado porque nós temos os nossos direitos e não abdicamos de 1 grão de arroz para ter paz ou para o país andar para a frente! O que me causa uma grande comichão é a sua autodenominação de ultraportugueses.
Ultraportugueses, sim, não? Depende. Vamos falar dos Descobrimentos, a parte que vem nos livros de escola e que nos faz inchar que nem peixes balão. Os grandes e valorosos portugueses fizeram, vá, trinta por uma linha no mundo inteiro e são, pá, buéda fixe! Enquanto isso os muitos outros portugueses estiveram na terra a lavrar e a coçar os tomates, já que na altura não se tomava banho suponho que haveria muitas mais micoses no escroto. Se vamos chamar ultraportugueses àqueles que ultrapassaram os limites humanos (da altura), desafiaram dogmas (daqueles importantes, não o limite de peso no porão e o número de biscoitos a bordo) e lutaram para que as suas ideias inovadoras se fizessem ouvir, então ultraportugueses são uns quantos cientistas, uns quantos políticos (não estou a ver nenhum mas sou religioso portanto tenho fé que haja), uns quantos activistas de causas importantes, etc. Mas esses portugueses são tão poucos que mais parecem estrangeiros ao pé dos outros portugueses. Daí que tal denominação se deva atribuir à maioria dos portugueses: ultraportuguês é aquele que, nascido em Portugal e descendente bastardo em trigésimo grau de um conde qualquer que traiu a coroa, vive uma vida pacata, trabalha num emprego X, tem mulher Y e amante Z e escolhe uma causa medíocre para defender com unhas e dentes, pelo menos até ser promovido ou mudar-se para França, altura em que deixa de ter a amante Z e compra uma boneca insuflável.
Então sim! Força ultraportugueses! Continuem a lutar pela vossa causa, desarmar os polícias, permitir bandeiras no estádio da luz e mandar o governo abaixo! Quando a vossa enxada for de todos é que ficam felizes!
Eu até gostava de ser daqueles portugueses valorosos mas pronto, sou demasiado passivo e ainda não encontrei um ideal suficientemente bom para me devotar, limito-me a criticar incessantemente os outros...
Abandonando agora o tema do "acab", tenho uma casa de banho nova! Já posso sentar-me confortavelmente na sanita, olhar em redor para os azulejos novos, defecar todos os ideais idiotas, habituais do modelo "universitário formatado versão pós-25 de abril" e tomar um grande banho no chuveiro novo para desencrustar o degredo social que gruda entre os poros!
Mas hoje para comemorar o blow up não vou dizer mal do comunismo!
CALEM-SE, NÃO, NÃO ESTOU DOENTE!
Hoje apetece-me dizer mal de tudo o que está errado com a democracia. Infelizmente como tenho que dormir é melhor dizer só algumas coisas. Vou começar por um exemplo que me marcou para sempre, vindo de um dos meus melhores amigos que um dia, se tudo correr bem, vai estar na cadeira do "Sócras" a encarrilar Portugal de uma vez por todas:
"Tu tens um médico, cinco lenhadores e um paciente em coma. O médico diz que o paciente vai entrar em paragem cardíaca e é preciso dar-lhe medicamento X, os lenhadores dizem que é refluxo ácido e querem dar-lhe um chá de ervas. Numa democracia os lenhadores ganham por mais votos e o paciente morre de paragem cardíaca."
Neste excerto de incontáveis horas de activismo político está o cerne do que está errado na democracia. A ignorância é o aspeto chave, os lenhadores (profissão muito importante contudo desprovida de formação médica) continuam sem saber diferenciar os sinais de um ataque cardíaco de uma unha encravada, logo não devem ter voto na matéria de tratamento médico. Do mesmo modo o eleitor que não percebe um mínimo de leis, que não conhece os candidatos por mais que o fato que trazem, que não conhecem os programas porque não quer, não deve sequer aproximar-se das urnas! Vamos agora fazer uma representação do problema, algo completamente hipotético, se o eleitor fosse idiota poderia acontecer isto:
-Campanhas eleitorais
-Um candidato sobressai pelo seu carisma apesar de não ter um plano concreto ou ideias que não passem por assegurar direitos desnecessários e catastróficos para o tesouro
-O eleitor ignorante gosta da ideia de pagar menos impostos e fica cativado
-Dia das eleições
-Contagem dos votos
-António Guterres é eleito para novo primeiro ministro
-Rapidamente assegura que todos os devotos portugueses recebam subsidios por serem tão fantásticos, especialmente os que não produzem trabalho
-Abre-se um buraco no orçamento suficientemente grande para caber o ego do Conan O'brian
-António Guterres demite-se afirmando que Portugal se está a afundar num pântano
-Portugal afunda-se num pântano
E viveram todos felizes para sempre!
Com um regime assim, ninguém precisa de democracia alguma! Pois, é um regime mau, especialmente para desinformados como nós, os franceses, os americanos, outros centos de países de gente em maioria abaixo do limiar de QI do macaco gervásio (aquele que aprendeu a reciclar numa hora). Mas na prática o comunismo também é mau, a anarquia também (essa nem na teoria é boa) e os outros regimes estão na mesma situação. O que diferencia a democracia dos outros regimes é...
...MTV, laguna beach, the simple life, macdonalds e a mais importante de todas, a sensação falsa de que o eleitor tem o poder! E como já demonstrei, o eleitor perdeu o poder no momento em que não se informou e foi enganado. Ou, o caso de 1% da população cá da nossa terra, quando o vizinho do lado votou no partido dos verdes "porque eles são pouquinhos", sem saber que também votou no PCP devido à coligação. Mas o vizinho nem sabe isso portanto eu vou perder uma hora com ele fazendo uma analogia com casas geminadas e paredes comuns.
Pera aí, o meu vizinho está morto, com quem é que eu estou a falar?
terça-feira, agosto 07, 2007
Mens sana in corpore sano
Exercício físico, o que podemos dizer sobre ele? Em primeiro lugar, aprendi em medicina preventiva que faz bem. O que faria sem os conhecimentos dessa disciplina...
Agora tentando falar um pouco mais a sério, aconselhava a todos os que não o fazem a tirar os glúteos do sofá\cadeira\cama e ir dar uma volta. Dobro o conselho aos que sofrem de angústias existenciais como eu.
E agora, no cantinho da tertúlia cor-de-rosa, de onde surge este conselho?
Estou de momento em casa do meu pai, desde quinta-feira. Esta habitação que mais se assemelharia ao cantinho das fast-food do Colombo num passado não muito longínquo é agora um cenário daqueles que acabam por ser filmados na TV com um apresentador num fato de lycra justo a fazer "biceps" em frente a uma câmara enquanto as velhinhas em casa acompanham. Volta de 180º devido à dieta do meu paizinho. E no espírito da dieta (eu não seria tão maquiavélico ao ponto de comer sofregamente batatas e chocolates em frente à minha entidade paterna que se tem portado tão bem) tenho feito a minha quota de esforços, substituindo metade da coca-cola por leite, bolachas por pão e evitando os chocolates (que se tem verificado similar à privação do sono). Entretanto a Natasha pegou-me o bichinho da bicicleta, tarefa fácil já que a última vez que me sentei numa foi há meia década quando o meu tio ainda não se tinha metido no vício de bater com a cabeça nas paredes até sair massa cefálica. Hoje finalmente, após a compra de uns pedais novos que a antiga bicicleta precisava, fui dar umas voltinhas pelo bairro. Convém referir que a antiga bicicleta é estupidamente melhor que a minha bicicleta de Rio de Mouro, ainda antes de ela ter sido desmantelada pelo meu primo que precisava de espaço para a dele (eu adoro a minha família).
A ferrugem não ajudou mas senti-me nas núvens. Sou, como muitas pessoas que conheço, um poço de interminável frustração e ansiedade proveniente do meio que me rodeia e os meus próprios receios. No dia-a-dia tentamos sobreviver, empurrando para o fundo as constantes ideias menos positivas que vão surgindo. Mas enquanto estava a pedalar, a pensar na estrada, a observar a paisagem, o resto da minha mente parou. Provavelmente até ao momento em que me espalhei no meio da estrada. Nesse momento foquei-me mais em voltar para casa com uma perna ligeiramente ensanguentada e extremamente dorida.
Hoje sinto-me melhor, pela comida mais saudável que tenho ingerido e pelo desconforto nas minhas pernas. E apesar desta última sensação não parecer positiva, lembra-me que sou humano e que posso melhorar a minha condição física e psicologica. Até informação em contrário, o céu é o limite!
Acabando com a tertúlia, até porque vou jantar fora e já me estão a chamar, sinto que há uma pequena lição a tirar: não há uma mente sã num corpo doente. Atendendo que a saúde é relativa aos handicaps de cada um (mais uma cábula da OMS que aprendemos em medicina preventiva). Talvez neste minuto já esteja a conspirar contra as reuniões de família mas por uma hora no dia7 de Agosto de 2007 eu senti que nada existia senão a rota para casa e o horizonte por descobrir. O que é sempre bom quando a minha namorada está fora de férias e portanto não me pode fazer esquecer tudo o resto de momento.
Agora tentando falar um pouco mais a sério, aconselhava a todos os que não o fazem a tirar os glúteos do sofá\cadeira\cama e ir dar uma volta. Dobro o conselho aos que sofrem de angústias existenciais como eu.
E agora, no cantinho da tertúlia cor-de-rosa, de onde surge este conselho?
Estou de momento em casa do meu pai, desde quinta-feira. Esta habitação que mais se assemelharia ao cantinho das fast-food do Colombo num passado não muito longínquo é agora um cenário daqueles que acabam por ser filmados na TV com um apresentador num fato de lycra justo a fazer "biceps" em frente a uma câmara enquanto as velhinhas em casa acompanham. Volta de 180º devido à dieta do meu paizinho. E no espírito da dieta (eu não seria tão maquiavélico ao ponto de comer sofregamente batatas e chocolates em frente à minha entidade paterna que se tem portado tão bem) tenho feito a minha quota de esforços, substituindo metade da coca-cola por leite, bolachas por pão e evitando os chocolates (que se tem verificado similar à privação do sono). Entretanto a Natasha pegou-me o bichinho da bicicleta, tarefa fácil já que a última vez que me sentei numa foi há meia década quando o meu tio ainda não se tinha metido no vício de bater com a cabeça nas paredes até sair massa cefálica. Hoje finalmente, após a compra de uns pedais novos que a antiga bicicleta precisava, fui dar umas voltinhas pelo bairro. Convém referir que a antiga bicicleta é estupidamente melhor que a minha bicicleta de Rio de Mouro, ainda antes de ela ter sido desmantelada pelo meu primo que precisava de espaço para a dele (eu adoro a minha família).
A ferrugem não ajudou mas senti-me nas núvens. Sou, como muitas pessoas que conheço, um poço de interminável frustração e ansiedade proveniente do meio que me rodeia e os meus próprios receios. No dia-a-dia tentamos sobreviver, empurrando para o fundo as constantes ideias menos positivas que vão surgindo. Mas enquanto estava a pedalar, a pensar na estrada, a observar a paisagem, o resto da minha mente parou. Provavelmente até ao momento em que me espalhei no meio da estrada. Nesse momento foquei-me mais em voltar para casa com uma perna ligeiramente ensanguentada e extremamente dorida.
Hoje sinto-me melhor, pela comida mais saudável que tenho ingerido e pelo desconforto nas minhas pernas. E apesar desta última sensação não parecer positiva, lembra-me que sou humano e que posso melhorar a minha condição física e psicologica. Até informação em contrário, o céu é o limite!
Acabando com a tertúlia, até porque vou jantar fora e já me estão a chamar, sinto que há uma pequena lição a tirar: não há uma mente sã num corpo doente. Atendendo que a saúde é relativa aos handicaps de cada um (mais uma cábula da OMS que aprendemos em medicina preventiva). Talvez neste minuto já esteja a conspirar contra as reuniões de família mas por uma hora no dia7 de Agosto de 2007 eu senti que nada existia senão a rota para casa e o horizonte por descobrir. O que é sempre bom quando a minha namorada está fora de férias e portanto não me pode fazer esquecer tudo o resto de momento.
sábado, agosto 04, 2007
This house is a circus
Yes, this house is a circus!!! A expressão pode ser o nome de uma música dos Arctic Monkeys (banda espectacular, já agora) mas de momento refere a "nossa" casa, o mundo, Portugal, não interessa, podemos reduzi-la ao meu bairro. Há uns dias comecei a receber convites de "pessoas" para o meu hi5. Será que a palavra "amigo" não dá uma pequena dica para a qualidade das pessoas que se adicionam no hi5?
Sim, acertaram, são amigos!
Claro que a realidade não podia estar mais longe da teoria, provavelmente para maior agrado da Team Hi5. Deparei-me com um "rapaz" que nunca tinha visto mais gordo. Tinhamos a minha namorada e algumas amigas em comum. Como as opções restantes eram aspirar ou ir às compras, "cavei" mais um pouco nesta piscina de lodo que é mais um perfil cliché. Vamos às fotos! Não foram precisos mais que um par de cliques para formar um bom perfil do indivíduo que se encontrava perante mim.
4 pessoas, cada uma agarrada ao seu pequeno bastão de "personalidade" ou "maturidade", fosse esse o cigarro, a cerveja ou o vodka (um favorito meu, já que qualquer pessoa com uma garrafa de vodka na mão me lembra de um russo em casaco de peles a beber para afastar o frio enquanto espera que o governo comunista lhe leve um aquecedor novo.
Ai ai, 17 aninhos... eu também os tive mas não me lembro de ser 50% tão idiota quanto muitas caras com que me cruzo! Onde é que as "criancinhas" vão buscar estes modelos? Morangos com açucar? Não pode, os MuwanGuxxXxx são um veículo de uma tendência que já existia, não foram eles que inventaram pitisse nem basofismo. Provavelmente começou com a prostituição social que se vê neste país.
"Temos os melhores programas de integração da Europa"
Sim, abdicamos da nossa cultura em detrimento da alheia. Falamos crioulo, mudamos os nossos costumes, usamos bonés da Lacoste ou falamos francês para ser mais aceites. Sim porque obviamente o mau uso do português, rebeldia pelo conformismo e o uso de uma língua estrangeira em voz alta são qualidades que elevam qualquer pessoa à transcendência! Apesar de que me sinto mais perto do céu quando me visto à basofe, talvez devido à morte cerebral que acompanha todo o processo.
Mas de onde vem o fenómeno de prostituição? Da útlima vez que vi nos livros de história, haviam portugueses valorosos e portugueses preguiçosos.
AAAAAHHHH!!! Os comunas!!
As atrocidades comunistas neste país foram apagadas dos livros de história mais acessíveis, tornando-se o verão quente uma lenda, desconhecida para a maioria. No entanto foram os seus ideais de "dar o rabinho" que primariamente levaram este país para a fossa económica, não o Salazarismo. E os traços desses ideais perpetuam-se nas moranguitas em todo o país. Demonstramos um altruísmo desmesurado para com todos aqueles que sofreram pela vida ou o dizem pelo menos. Damos tudo até ficar sem nada (sim, a virgindade também) mas, na minha perspectiva (sim, a minha perspectiva, a personagem de negro dos filmes de Ingmar Bergman que não consegue fazer uma crítica sem pontas afiadas pode ir ceifar para outro lado que não sou a opinião pública, não tenciono ser e preocupo-me mais com a cor das minhas fezes do que com aqueles incapazes de exercer a mínima força quando não concordam com algo) tal fazemos para atingir a aceitação por parte de outrém. Mas se somos altruístas por algo em troca então não somos assim tão altruístas, não é? E (socialmente) as meninas que dão o rabinho aos gangstas e aos meninos do guetto não me parecem ter recebido respeito nenhum em troca, sendo tratadas como quengas pelas pseudo-amigas e pelos 3 gajos que estão de momento a ocupar as suas cavidades existentes.
Isto é apenas uma teoria, ninguém tem que a aceitar, eu próprio tenho a minha quota de dúvidas e pretendo questionar-me mais e pesquizar melhor até poder, com um grau adequado de certeza, teorizar quanto à origem da crise social que vivemos.
PS: não são apenas os portugueses que se prostituem socialmente. Não há nenhuma sociedade perfeita e neste momento adolescentes e jovens pelo mundo fora estão a fumar uma broca "in search of social enlightenment". Não condeno e nunca condenei beber e fumar, apenas razões impuras que levam a fazê-lo.
Sim, acertaram, são amigos!
Claro que a realidade não podia estar mais longe da teoria, provavelmente para maior agrado da Team Hi5. Deparei-me com um "rapaz" que nunca tinha visto mais gordo. Tinhamos a minha namorada e algumas amigas em comum. Como as opções restantes eram aspirar ou ir às compras, "cavei" mais um pouco nesta piscina de lodo que é mais um perfil cliché. Vamos às fotos! Não foram precisos mais que um par de cliques para formar um bom perfil do indivíduo que se encontrava perante mim.
4 pessoas, cada uma agarrada ao seu pequeno bastão de "personalidade" ou "maturidade", fosse esse o cigarro, a cerveja ou o vodka (um favorito meu, já que qualquer pessoa com uma garrafa de vodka na mão me lembra de um russo em casaco de peles a beber para afastar o frio enquanto espera que o governo comunista lhe leve um aquecedor novo.
Ai ai, 17 aninhos... eu também os tive mas não me lembro de ser 50% tão idiota quanto muitas caras com que me cruzo! Onde é que as "criancinhas" vão buscar estes modelos? Morangos com açucar? Não pode, os MuwanGuxxXxx são um veículo de uma tendência que já existia, não foram eles que inventaram pitisse nem basofismo. Provavelmente começou com a prostituição social que se vê neste país.
"Temos os melhores programas de integração da Europa"
Sim, abdicamos da nossa cultura em detrimento da alheia. Falamos crioulo, mudamos os nossos costumes, usamos bonés da Lacoste ou falamos francês para ser mais aceites. Sim porque obviamente o mau uso do português, rebeldia pelo conformismo e o uso de uma língua estrangeira em voz alta são qualidades que elevam qualquer pessoa à transcendência! Apesar de que me sinto mais perto do céu quando me visto à basofe, talvez devido à morte cerebral que acompanha todo o processo.
Mas de onde vem o fenómeno de prostituição? Da útlima vez que vi nos livros de história, haviam portugueses valorosos e portugueses preguiçosos.
AAAAAHHHH!!! Os comunas!!
As atrocidades comunistas neste país foram apagadas dos livros de história mais acessíveis, tornando-se o verão quente uma lenda, desconhecida para a maioria. No entanto foram os seus ideais de "dar o rabinho" que primariamente levaram este país para a fossa económica, não o Salazarismo. E os traços desses ideais perpetuam-se nas moranguitas em todo o país. Demonstramos um altruísmo desmesurado para com todos aqueles que sofreram pela vida ou o dizem pelo menos. Damos tudo até ficar sem nada (sim, a virgindade também) mas, na minha perspectiva (sim, a minha perspectiva, a personagem de negro dos filmes de Ingmar Bergman que não consegue fazer uma crítica sem pontas afiadas pode ir ceifar para outro lado que não sou a opinião pública, não tenciono ser e preocupo-me mais com a cor das minhas fezes do que com aqueles incapazes de exercer a mínima força quando não concordam com algo) tal fazemos para atingir a aceitação por parte de outrém. Mas se somos altruístas por algo em troca então não somos assim tão altruístas, não é? E (socialmente) as meninas que dão o rabinho aos gangstas e aos meninos do guetto não me parecem ter recebido respeito nenhum em troca, sendo tratadas como quengas pelas pseudo-amigas e pelos 3 gajos que estão de momento a ocupar as suas cavidades existentes.
Isto é apenas uma teoria, ninguém tem que a aceitar, eu próprio tenho a minha quota de dúvidas e pretendo questionar-me mais e pesquizar melhor até poder, com um grau adequado de certeza, teorizar quanto à origem da crise social que vivemos.
PS: não são apenas os portugueses que se prostituem socialmente. Não há nenhuma sociedade perfeita e neste momento adolescentes e jovens pelo mundo fora estão a fumar uma broca "in search of social enlightenment". Não condeno e nunca condenei beber e fumar, apenas razões impuras que levam a fazê-lo.
quarta-feira, julho 11, 2007
Cleanup
Chegou a hora (outra vez) de reorganizar a minha vida, hoje foi o dia da arrumação e essa traz consigo uma severa introspecção, consequência do revolver daqueles itens guardados há séculos ou nem tanto.
Estou em período de stress, tenho o exame de anatomia à porta e o estudo podia ir extremamente melhor, logo estive a ver os primeiros episódios da minha série preferida, "Scrubs". Talvez não o melhor método de estudo mas agora não há muito que possa fazer... no entanto retirei uma ideia muito importante para mim, que estava ansioso por gastar umas coroas (como quem diz na casa dos 1000€ que obviamente não tenho) a comprar uma máquina SLR (para aqueles que não sabem e têm maior preguiça que eu, é uma máquina fotográfica profissional com lentes amovíveis). Agora podia fazer uma analogia ranhosa com a vida, contudo isso diminuiria o estatuto do meu blog que evita analogias ranhosas e conteúdo digno de uma pita bebêda que até tem muitos sentimentos pelo guna do gang de não-sei-onde. Se não consegues tirar uma boa fotografia com uma câmara normal, não é culpa da câmara. E uma boa máquina só poderá melhorar a qualidade das tuas fotografias, não faz de uma frame má, uma frame boa. Quando olhamos para uma fotografia, na minha opinião, interessa o que ela nos faz sentir. E a fotografia de um palhaço com um sorriso amarelo é tão plástica numa Cybershot como numa Nikon SLR.
...aliás, é por isso que a maioria das pessoas diz que fica mal nas fotografias. A naturalidade é muito mais atraente que seis dentes fora da boca, nuns lábios que sussurram "quando é que este gajo dispara o raio da máquina". Não eu obviamente, o meu sorriso é lindo em qualquer circunstância (para os que não me conhecem ou pensam que me conhecem, isto é ironia, eu não penso na realidade que o meu sorriso é fantástico, a gabarolice toda que ouvem no meu dia-a-dia não passa de uma brincadeira e a próxima pessoa que me apontar o dedo quanto a isto vai deixar de o conseguir mexer até voltar a alinhar as falanges)...
Assim foi adiada a ideia de comprar a SLR, vou-me concentrar na minha cybershot e em conseguir captar momentos.
Há momentos estive entretido a meter "coisas" no cofre.
1. Sim, eu tenho um cofre, é um daqueles pequeninos que dá pa levar na mala.
2. O cofre está cheio de "valores" que passam por colares antigos oferecidos por "ex" e bilhetes de concertos.
É engraçado adicionar um pedaço novo de história cada vez que abro o mamarracho preto. Revi os momentos desde a aquisição do próprio (sim, está lá o recibo) com os meus avós, passando pelas pessoas que entraram e saíram da minha vida, às que sempre lá estiveram para me suportar. E assim encerrei um ciclo à chave, dando espaço para esta nova moça na minha vida que me tem trazido mais felicidade do que eu pensava possível conter dentro de mim (isto soou um pouco lamexas, peço desculpa, devo estar a menstruar). E retirei as medalhas de aproveitamento escolar que recebi no Afonso V. Afinal de contas ainda estou a aprender e agora tenho que me relembrar do que é a competitividade e a busca pelo saber! Não me posso deixar ir abaixo como este ano, até porque depois entulho meio metro de livros para ler em duas semanas com o objectivo de ser avaliado oralmente... não soa muito simpático pois não?
Com um pouco de sorte, da próxima vez que abrir o cofre vou estar a meter lá fotografias de momentos, não bilhetes, cartas, pendentes e porta-chaves.
Tenho imensa pena de ter perdido o combate da câmara de Lisboa. No fundo penso que todas as crianças e jovens acreditavam que a RTP se acabaria por vender ao wrestling eventualmente. Nunca pensei no entanto que entrasse na actividade com batalha tão épica! E eu que estava tão ansioso por ouvir o "Zé" -acho que não volto a chamar Zé ao meu amiguinho aqui de baixo, até porque ele é de direita como o resto do meu corpo- a defender os seus planos bloquistas (que seriam obviamente contrariar os planos dos outros todos ao mesmo tempo, tarefa muito difícil com tanto candidato).
Recebi a prenda mais querida de sempre! Foi a minha moçoila que ma deu, numa data perfeitamente casual (mas que coincidentemente coincidiu com os nossos 3 meses de namoro), com o embrulho mais amoroso e cor-de-rosa que alguma vez tinha visto! Obrigado amor!! Amo-te!
Passei no exame de código! YES!!! Sou o maior! Ou não, bem podia ter passado da primeira vez se não tivesse sido calão. Isto também dá uma história "bonita" (leia-se com sotaque de leste para melhor entendimento das aspas), não me posso esquecer de a contar. Se puderem, lembrem-me nos comments, sim, aqueles que ninguém me dá...
Um abraço a todos os que persistem em vir ao meu blog, eu prometo que não o deixo morrer (tão cedo).
quinta-feira, junho 21, 2007
California, here we come...
Já passaram muitos dias desde que escrevia algo neste cantinho. Deve-se principalmente ao estudo intensivo a que tenho sido sujeito, recuperar o ano inteiro de "calanzisse". Tive no entanto a oportunidade de continuar uma viagem na descoberta sociológica deste meio. O meu cão está farto de ouvir falar da faculdade portanto hoje vou falar também da faculdade e outros afins. O tema será o
"Sindrome universitário"
Sim, o homem comum pode vir a padecer deste sindrome ao entrar na universidade. A manifestação principal é um completo desleixo com todo e qualquer assunto da actualidade. O sujeito torna-se num falso adicto a festas universitárias, desprende-se do contexto social e re-vive para a popularidade. Portanto é no fundo serem adolescentes só que utilizam muito a palavra "maturidade", normalmente associada a copos com uma bebida amarelada lá no meio. Também existe a variante feminina que passa por andar o dia todo com um sorriso de plástico de orelha a orelha, vir-se cada vez que um veterano fala com ela e ocasionalmente beber demasiado e passar "para o outro lado". Atracção fatal, não é?
Claro que também houve pelo meio o acontecimento mais badalado do ano (no meio): a festa da minha namorada! Com alguns percalços no meio, acabou por se organizar, acoplando vários dos seus amigos ao restaurante Pasta Caffé em Lisboa. Foi...diferente. Isto porque já não estou muito habituado a estar num grupo grande e as pessoas serem divertidas sem usar a expressão "bota abaixo" 30 vezes.
(Por esta altura relelmbro que os meus "julgamentos rápidos" serão árduamente criticados por certas pessoas. Por tudo o que é mais sagrado, se são os mesmos argumentos do costume, guardem-nos, já me conhecem! Continua a ser errado ser idiota em público mesmo que se seja um génio em privado.)
Ouvi falar de uma associação de estudantes a sério, discuti sobre metafísica, informática, aulas, relações, couves, bróculos, facas gordurosas que ainda não foram usadas. E ri-me até rebentar com as cordas vocais! Além de ter sorrido a sério! Já me viram a sorrir a sério? Só a minha N. para ter amigos tão fantásticos! E nenhum era amigo de faculdade se não me engano.
Será que na faculdade as pessoas mentalmente aptas deixam de conseguir encontrar outros mentalmente aptos? Talvez porque está "tudo ao molho", centos de gente numa festa em que um punhado não se está a divertir porque está a segurar um colega na sua jornada pelo gregório ou porque contempla uma reacção em cadeia de carneirismo em que todos se divertem porque os outros estão... fica a pergunta.
Sei que, como já tinha referido, já debati talvez demasiado acerca deste assunto. Sinto no entanto que devo expressar a minha opinião sobre os "brainwashed" da faculdade até finalmente chegar a uma conclusão perfeita e por outro lado o advogar da minha revolta talvez se transmita a outros leitores que se identifiquem com o problema. Eu não sou M.A.T.A. nem anti-M.A.T.A., a tradição académica tem os seus aspectos positivos desde que não seja levada a extremos. Temos no entanto que romper com a tradição de acefalia, ter mais de 18 anos não significa ser responsável, significa ter a obrigação de ser responsável. E ser responsável não implica não nos divertirmos, aliás não acredito que a maturidade e diversão estão no fundo da garrafa de cerveja.
Como no anúncio dos moteis, "um dia todos os indivíduos serão assim". Maduros, responsáveis e com sentido de humor. Talvez eu não seja isso tudo mas é certo que tento atingir esse objectivo, não me engano a mim próprio numa festa em que estou por conformismo, a beber por conformismo e inevitavelmente "chemically amused".
"Sindrome universitário"
Sim, o homem comum pode vir a padecer deste sindrome ao entrar na universidade. A manifestação principal é um completo desleixo com todo e qualquer assunto da actualidade. O sujeito torna-se num falso adicto a festas universitárias, desprende-se do contexto social e re-vive para a popularidade. Portanto é no fundo serem adolescentes só que utilizam muito a palavra "maturidade", normalmente associada a copos com uma bebida amarelada lá no meio. Também existe a variante feminina que passa por andar o dia todo com um sorriso de plástico de orelha a orelha, vir-se cada vez que um veterano fala com ela e ocasionalmente beber demasiado e passar "para o outro lado". Atracção fatal, não é?
Claro que também houve pelo meio o acontecimento mais badalado do ano (no meio): a festa da minha namorada! Com alguns percalços no meio, acabou por se organizar, acoplando vários dos seus amigos ao restaurante Pasta Caffé em Lisboa. Foi...diferente. Isto porque já não estou muito habituado a estar num grupo grande e as pessoas serem divertidas sem usar a expressão "bota abaixo" 30 vezes.
(Por esta altura relelmbro que os meus "julgamentos rápidos" serão árduamente criticados por certas pessoas. Por tudo o que é mais sagrado, se são os mesmos argumentos do costume, guardem-nos, já me conhecem! Continua a ser errado ser idiota em público mesmo que se seja um génio em privado.)
Ouvi falar de uma associação de estudantes a sério, discuti sobre metafísica, informática, aulas, relações, couves, bróculos, facas gordurosas que ainda não foram usadas. E ri-me até rebentar com as cordas vocais! Além de ter sorrido a sério! Já me viram a sorrir a sério? Só a minha N. para ter amigos tão fantásticos! E nenhum era amigo de faculdade se não me engano.
Será que na faculdade as pessoas mentalmente aptas deixam de conseguir encontrar outros mentalmente aptos? Talvez porque está "tudo ao molho", centos de gente numa festa em que um punhado não se está a divertir porque está a segurar um colega na sua jornada pelo gregório ou porque contempla uma reacção em cadeia de carneirismo em que todos se divertem porque os outros estão... fica a pergunta.
Sei que, como já tinha referido, já debati talvez demasiado acerca deste assunto. Sinto no entanto que devo expressar a minha opinião sobre os "brainwashed" da faculdade até finalmente chegar a uma conclusão perfeita e por outro lado o advogar da minha revolta talvez se transmita a outros leitores que se identifiquem com o problema. Eu não sou M.A.T.A. nem anti-M.A.T.A., a tradição académica tem os seus aspectos positivos desde que não seja levada a extremos. Temos no entanto que romper com a tradição de acefalia, ter mais de 18 anos não significa ser responsável, significa ter a obrigação de ser responsável. E ser responsável não implica não nos divertirmos, aliás não acredito que a maturidade e diversão estão no fundo da garrafa de cerveja.
Como no anúncio dos moteis, "um dia todos os indivíduos serão assim". Maduros, responsáveis e com sentido de humor. Talvez eu não seja isso tudo mas é certo que tento atingir esse objectivo, não me engano a mim próprio numa festa em que estou por conformismo, a beber por conformismo e inevitavelmente "chemically amused".
terça-feira, junho 05, 2007
Um dia normal (?)
Em primeiro lugar devo encher os pulmões com orgulho ao referir que este é o 20º post no blog. Pode parecer muito pouco mas o vigésimo texto aqui publicado significa que este pequeno pedaço de internet já se transformou em parte do meu mundo. E hoje viro-me para todos os leitores mais ou menos assíduos do meu blog e agradeço-vos o vosso feedback! São vocês que me incitam a continuar aqui a escrever desde que escrevi o meu segundo post, aumentando o número de leitores desde aí... assim, se alguém achar que isto é a maior poçilga na internet...a culpa é vossa!
Obrigado =) (eu nunca uso smileys nos meus posts, fica hoje a excepção)
Voltando agora ao título, há muito que não desenrolava um dia como se se tratasse de rolos de papel higiénico no halloween e, à falta ou excesso de escolhas para escrever, farei isso mesmo hoje. Também tenho a intenção de fazer algo um pouco melhor que a minha última crónica... ou pelo menos com um pouco mais de vida.
Portanto como a maior parte dos seres humanos (tirando os comatosos e ressacados) acordei. Era uma linda manhã, o sol penetrava pelas frestas da persiana iluminando difusamente o meu quarto. Era uma linda manhã num quarto caótico. Caótico porque não haviam 2 centímetros a descoberto de apontamentos de fisiologia...
...raios... dia de exame...
Como assíduo estudante que sou estava em falta de alguns tópicos de estudo. Nada de mais em relação aos outros exames anteriores, estou a ficar melhor aos poucos! Não obstante, peguei em toda a minha força de vontade e... voltei a adormecer, acordando uma hora mais tarde. A força de vontade não é tão grande que ultrapasse a fadiga e ansiedade. O sangue parecia fugir da minha cabeça, sentia-me leve e pesado. Repetia para mim mesmo "já não falta muito, só mais um esticão". Foi um esticão a higiene, nutrição e o estudo. Foram tantos esticões até chegar à faculdade que por esse ponto já estava pronto para ir dormir de novo. E por essa altura já só repetia "onde é que me fui meter".
Curiosamente a frase veio a calhar porque vagueei meia hora à procura do infame auditório onde faria a miserável prova. Aproveitei para cimentar conceitos e recolher a caução das Olimpíadas.
Fiz um exame...
Apesar de ser esta a fracção diária que toda a gente quer discutir, é um exame como tantos outros, correu bem ou mal como tantos outros. Querem queixar-se? Vão falar ao instituto!
... e fui ter com a Noémi!
E foi neste ponto em que se atingiu o maior nível de prestigio do dia! Não tive o prazer de me cruzar com o António Sala (ainda que não seria a primeira vez, sou realmente abençoado) mas com Marco Di Camilis! Quem é o moço? Para a massa de ignorantes aí fora, Marco Di Camilis é o coreógrafo do espetacular, imperdível, show da RTP "Dança Comigo"! Tocaram sinos (baixinho), os anjos desceram à Terra e uma pequena ternurenta lágrima recostou-se no canto do meu olho. Nunca mais serei o mesmo, eu vi Marco Di Camilis.
Entretanto a caminho de casa, já recomposto do maior acontecimento do ano (exceptuando o meu encontro com António Sala, claro), concentrei-me no meu post do blog. Pensei na religião em primeiro lugar. Infelizmente esse tópico dá "pano para mangas" e não o utilizaria num dia tão cheio em que posso contar mil e uma histórias. Vou então contar uma pequena história completamente hipotética, visto que o resto do meu dia se resumiu a comer 4 hamburgers no macdonalds e reparar que a mascote do happy meal é o Sponge Bob.
---------------(Entrada em conteúdo lamexas qb)---------------
Acabei por censurar este conteúdo devido a várias intoxicações por lamexisse em todo o mundo. E ainda dizem que a medicina preventiva não serve para nada!
---------------(Saída do conteúdo lamexas qb)---------------
O que eu quero dizer a todos com este texto lamexas é: cresçam, ganhem coragem (para não mencionar metafóricamente um tipo específico de vegetal associado geralmente à genitália masculina) ou suicidem-se e poupem o oxigénio que andam a gastar.
No 3º caso liguem primeiro para aqui, depois vão a um psicólogo se fazem favor.
http://www.spsuicidologia.pt/suicidio.php?links=Telefones
Finalmente, incarnando momentaneamente no Marcelo Rebelo de Sousa, quero dar um 20 ao senhor não reformado, com idade superior a 18 anos, que revelou o 11º mandamento na televisão portuguesa:
(referente ao Gato Fedorento) "Eu gosto muito quando eles fazem humor com o governo, como com o presidente Sócrates".
A mediocridade... mediocridade... mediocridade... mediocridade... mediocridade... mediocridade... mediocridade... mediocridade... mediocridade... mediocridade... mediocridade... mediocridade... mediocridade... mediocridade... mediocridade. Tal frase não é aceitável por parte de sujeito algum em idade activa, com aspecto civilizado e proficiência na língua portuguesa!
...por outro lado...
Aquando a realização desta obra literária eu não estava na posse das minhas completas capacidades neuronais (para variar um pouco, não é?). (este é o aparte número 245 do currente texto)
Over and Out
Obrigado =) (eu nunca uso smileys nos meus posts, fica hoje a excepção)
Voltando agora ao título, há muito que não desenrolava um dia como se se tratasse de rolos de papel higiénico no halloween e, à falta ou excesso de escolhas para escrever, farei isso mesmo hoje. Também tenho a intenção de fazer algo um pouco melhor que a minha última crónica... ou pelo menos com um pouco mais de vida.
Portanto como a maior parte dos seres humanos (tirando os comatosos e ressacados) acordei. Era uma linda manhã, o sol penetrava pelas frestas da persiana iluminando difusamente o meu quarto. Era uma linda manhã num quarto caótico. Caótico porque não haviam 2 centímetros a descoberto de apontamentos de fisiologia...
...raios... dia de exame...
Como assíduo estudante que sou estava em falta de alguns tópicos de estudo. Nada de mais em relação aos outros exames anteriores, estou a ficar melhor aos poucos! Não obstante, peguei em toda a minha força de vontade e... voltei a adormecer, acordando uma hora mais tarde. A força de vontade não é tão grande que ultrapasse a fadiga e ansiedade. O sangue parecia fugir da minha cabeça, sentia-me leve e pesado. Repetia para mim mesmo "já não falta muito, só mais um esticão". Foi um esticão a higiene, nutrição e o estudo. Foram tantos esticões até chegar à faculdade que por esse ponto já estava pronto para ir dormir de novo. E por essa altura já só repetia "onde é que me fui meter".
Curiosamente a frase veio a calhar porque vagueei meia hora à procura do infame auditório onde faria a miserável prova. Aproveitei para cimentar conceitos e recolher a caução das Olimpíadas.
Fiz um exame...
Apesar de ser esta a fracção diária que toda a gente quer discutir, é um exame como tantos outros, correu bem ou mal como tantos outros. Querem queixar-se? Vão falar ao instituto!
... e fui ter com a Noémi!
E foi neste ponto em que se atingiu o maior nível de prestigio do dia! Não tive o prazer de me cruzar com o António Sala (ainda que não seria a primeira vez, sou realmente abençoado) mas com Marco Di Camilis! Quem é o moço? Para a massa de ignorantes aí fora, Marco Di Camilis é o coreógrafo do espetacular, imperdível, show da RTP "Dança Comigo"! Tocaram sinos (baixinho), os anjos desceram à Terra e uma pequena ternurenta lágrima recostou-se no canto do meu olho. Nunca mais serei o mesmo, eu vi Marco Di Camilis.
Entretanto a caminho de casa, já recomposto do maior acontecimento do ano (exceptuando o meu encontro com António Sala, claro), concentrei-me no meu post do blog. Pensei na religião em primeiro lugar. Infelizmente esse tópico dá "pano para mangas" e não o utilizaria num dia tão cheio em que posso contar mil e uma histórias. Vou então contar uma pequena história completamente hipotética, visto que o resto do meu dia se resumiu a comer 4 hamburgers no macdonalds e reparar que a mascote do happy meal é o Sponge Bob.
---------------(Entrada em conteúdo lamexas qb)---------------
Acabei por censurar este conteúdo devido a várias intoxicações por lamexisse em todo o mundo. E ainda dizem que a medicina preventiva não serve para nada!
---------------(Saída do conteúdo lamexas qb)---------------
O que eu quero dizer a todos com este texto lamexas é: cresçam, ganhem coragem (para não mencionar metafóricamente um tipo específico de vegetal associado geralmente à genitália masculina) ou suicidem-se e poupem o oxigénio que andam a gastar.
No 3º caso liguem primeiro para aqui, depois vão a um psicólogo se fazem favor.
http://www.spsuicidologia.pt/suicidio.php?links=Telefones
Finalmente, incarnando momentaneamente no Marcelo Rebelo de Sousa, quero dar um 20 ao senhor não reformado, com idade superior a 18 anos, que revelou o 11º mandamento na televisão portuguesa:
(referente ao Gato Fedorento) "Eu gosto muito quando eles fazem humor com o governo, como com o presidente Sócrates".
A mediocridade... mediocridade... mediocridade... mediocridade... mediocridade... mediocridade... mediocridade... mediocridade... mediocridade... mediocridade... mediocridade... mediocridade... mediocridade... mediocridade... mediocridade. Tal frase não é aceitável por parte de sujeito algum em idade activa, com aspecto civilizado e proficiência na língua portuguesa!
...por outro lado...
- "Política? Eu quero é gajas!" (FT)
- "Xéee! Macumba!" (Wtf?)
- "Linguas: Fluente em Crioulo" (é tão boa a aculturação, até nos podemos banhar nela)
- "Portugal é uma grande extensão do Brasil" (a prova de que a anorexia provoca problemas mentais às modelos)
- "Manifestação Anti-Auturitária contra o Fascismo" (Que fascismo tão fascista, onde raio alguma vez houve fascismo em Portugal?)
- "Você não pode falar sobre a vida! Eu tenho uma filha!" (Não fosse pelos pelos sensuais nas costas das mãos do Jerónimo de Sousa, votava no Louçã)
- "Joguei com o pé que tinha mais à mão" (Futebolol)
- "Eu votei nos verdes, coitados, eles são pouquinhos" (poder ao povo para ele poder fazer asneira!)
- "Isto com o Salazar, no tempo do fascismo, é que era!" (com um Salazar em cada esquina acabava-se já com idiotas como estes)
- "O Francisco Louçã é que tem humildade" (deve ser da humilde camisa da Porches)
Aquando a realização desta obra literária eu não estava na posse das minhas completas capacidades neuronais (para variar um pouco, não é?). (este é o aparte número 245 do currente texto)
Over and Out
sábado, junho 02, 2007
Don't Wanna talk 'bout politics
I have a dear friend somewhere around in Belgium who never had the pleasure of reading a post of mine since she doesn't read portuguese... for now! So, in order to dedicate this little text to her, it'll be written in English (sorry for the grammar, it's been long since i've written plain text)
To Naomi, hope you're doing okay!
So why the title? The title actually comes from a song by Korn, not that being the question, of course.
Politics are all around us. Every company, government, even a group of friends develop politics so that decisions can be made. And hopefully they are the best! The university is just one of those places where politics are involved, more than you could ever imagine!
And so I atended my first RGA (reunião geral de alunos, student general meeting). It really wasn't in my plans to "waste" my time there since I should be studying (like right now I should be) and meeting my girlfriend later. However I was persuaded by one of the people in charge of the reunion. We would talk about the "Bolonha process" and the "Barrier Year". And only morrons wouldn't be interested in what is to happen of them... 500 people directly affected by those issues skiped the reunion, some had stuff to do, others... draw your conclusions.
At first it seemed like the portuguese parlament... due to the lack of people (56, around 5% of the Medicine college). The student association lead the RGA very neatly by the actual rules that govern the PT republic assembly...all was coordinated like a well orchestrated dance. For those who really, I mean really, payed attention, there were two sides of that meeting to be seen. The information side and the power struggle.
Since the few who care about the information can read it on any college forum, I'll focus on the fascinating world of the Politic "wannabes". Note that I'm trying to ofend them, they play an important, if not the most important, role in keeping some order in the college, serving as a proxy between the students will and the suits ideas. But as in all representative democracies, representants have to be elected. And elections are right at the door, smelling your perfumme on the key hole. In that tiddy auditory reserved for the meeting you could see the heads of every proeminent party... all harassing the president's seat!
However there is a very important aspect I'd like to reference. The big, huge difference betweeen college politics and parlament politics. They are both working for a common goal... why can't politicians achieve the goal? We can! I'll tell you why, the only difference I note between those two groups: effect.
What effect does a medical budget cut have on a politician's private office? None. But if we are talking about the barrier year, 50% of the students are affected, therefore they want the problem resolve. Due to that, differences are put aside so that the student mass can work as a single cell, a well oiled machine. The E list wants the power of course, but they also want not to be f***** in the pooper by the administrative suits that govern the college like a bunch of 5 year old drunk bipolar kids.
I could write much more about the power struggle but, to be honest, my head hurts and I should really go back to study. Plus It'll be more interesting when the election results come! I'll keep ya posted!
To the usual readers (my dog), I'm sorry if the quality of the post seems kind of doubtfull, I'm not in my best state today.
I'd also like to congratulate Kummando's girlfriend on catching the greatest guy in the world and the one who deserves it more! Congratulations to both of you!
Congratulations to whatever disease I have right now... you are by far the one I've hated more since I was born.
Congratulations to Palm Trees crew on turning down a some dozen group dinner. I don't even know how people can leave that restaurant, being you so niiiiiiiice!
Congratulations to TMN. You killed advertising...really
Congratulations to the FBI. If the agents can take all the crap on the internet forums and TV shows and not cry on their pillows they must be super-heroes!
Congratulations to the Heroes TV show. Yeah, maybe it's a copy of X-men...who cares? Plus, they have Hiro the japanese time traveler \ stuffed gay japanese time traveler.
I shouldn't forget my meds so often... oh well...
To Naomi, hope you're doing okay!
So why the title? The title actually comes from a song by Korn, not that being the question, of course.
Politics are all around us. Every company, government, even a group of friends develop politics so that decisions can be made. And hopefully they are the best! The university is just one of those places where politics are involved, more than you could ever imagine!
And so I atended my first RGA (reunião geral de alunos, student general meeting). It really wasn't in my plans to "waste" my time there since I should be studying (like right now I should be) and meeting my girlfriend later. However I was persuaded by one of the people in charge of the reunion. We would talk about the "Bolonha process" and the "Barrier Year". And only morrons wouldn't be interested in what is to happen of them... 500 people directly affected by those issues skiped the reunion, some had stuff to do, others... draw your conclusions.
At first it seemed like the portuguese parlament... due to the lack of people (56, around 5% of the Medicine college). The student association lead the RGA very neatly by the actual rules that govern the PT republic assembly...all was coordinated like a well orchestrated dance. For those who really, I mean really, payed attention, there were two sides of that meeting to be seen. The information side and the power struggle.
Since the few who care about the information can read it on any college forum, I'll focus on the fascinating world of the Politic "wannabes". Note that I'm trying to ofend them, they play an important, if not the most important, role in keeping some order in the college, serving as a proxy between the students will and the suits ideas. But as in all representative democracies, representants have to be elected. And elections are right at the door, smelling your perfumme on the key hole. In that tiddy auditory reserved for the meeting you could see the heads of every proeminent party... all harassing the president's seat!
However there is a very important aspect I'd like to reference. The big, huge difference betweeen college politics and parlament politics. They are both working for a common goal... why can't politicians achieve the goal? We can! I'll tell you why, the only difference I note between those two groups: effect.
What effect does a medical budget cut have on a politician's private office? None. But if we are talking about the barrier year, 50% of the students are affected, therefore they want the problem resolve. Due to that, differences are put aside so that the student mass can work as a single cell, a well oiled machine. The E list wants the power of course, but they also want not to be f***** in the pooper by the administrative suits that govern the college like a bunch of 5 year old drunk bipolar kids.
I could write much more about the power struggle but, to be honest, my head hurts and I should really go back to study. Plus It'll be more interesting when the election results come! I'll keep ya posted!
To the usual readers (my dog), I'm sorry if the quality of the post seems kind of doubtfull, I'm not in my best state today.
I'd also like to congratulate Kummando's girlfriend on catching the greatest guy in the world and the one who deserves it more! Congratulations to both of you!
Congratulations to whatever disease I have right now... you are by far the one I've hated more since I was born.
Congratulations to Palm Trees crew on turning down a some dozen group dinner. I don't even know how people can leave that restaurant, being you so niiiiiiiice!
Congratulations to TMN. You killed advertising...really
Congratulations to the FBI. If the agents can take all the crap on the internet forums and TV shows and not cry on their pillows they must be super-heroes!
Congratulations to the Heroes TV show. Yeah, maybe it's a copy of X-men...who cares? Plus, they have Hiro the japanese time traveler \ stuffed gay japanese time traveler.
I shouldn't forget my meds so often... oh well...
segunda-feira, maio 28, 2007
Flashbacks
Em primeiro lugar aviso já que não quero ofender ninguém com este post. Não é essa a finalidade (pelo menos uma vez na vida) e cada um deve lembrar-se de que um momento na vida de alguém é uma conjugação dos vários sujeitos em sua volta. Com isto dito, quem se ressentir que vá chorar com o benfica que também não ganhou taça nenhuma este ano!
Para o post em si:
A minha namorada andava antigamente no meu colégio do secundário. Com isso em mente decidi pedir ao Kummando todas as fotos que ele tinha do CAV para lhe mostrar como os nossos amigos tinham passado os 3 anitos mágicos. Mas acabei por ser eu a vê-las.
Como é que eu me divertia tanto?
Ao reparar nas fotografias via que qualquer situação era motivo de divertimento. Não havia um minuto aborrecido, nem que estivessemos a fazer uma frota de barquinhos de papel das pastilhas super gorila, estávamos com um sorriso na cara!
E agora?
Agora rio-me... de vez em quando... mais com uns que com outros... Confesso que tenho um grupo particular de amigos na faculdade com quem me divirto incansavelmente! Mas 5 ou 6 em 300 pessoas? Quando é que distribuiram os paus de vassoura rectais e os neurosupressores?? É que eu acho que faltei a essa aula!
Mas enfim, a situação lembrou-me de algo que vi na TV enquanto a minha mãe estava nas compras (a melhor situação em que um filho pode estar obviamente). Na MTV passava mais um dos "so called" programas da vida real onde mostraram uma rapariga que se dizia muito madura. Não a vi esboçar um sorriso durante o show, não a vi fazer mais nada senão estar ali com um ar de quem está com prisão de ventre há uma semana. É este o conceito de maturidade?
Ou será maturidade a capacidade de reagir de acordo com a situação e saber ser único? Uma pessoa não deve começar a dançar o malhão espontaneamente durante uma reunião de trabalho (a não ser que seja do rancho) mas será que há problema em fazê-lo numa atmosfera despreocupada apenas para provocar o riso?
Eu chamo a isso maturidade. Considero-me uma pessoa relativamente madura (visto que de vez em quando não tenho a melhor atitude perante as situações que se apresentam) e não me importo de fazer caretas, drama e comédia, desde que a situação assim o permita. E se for a um jantar de gala ainda sei pôr o fato e ser cortês! Para mim, não conseguir descontrair, ter sempre aquela manequim de plástico a cobrir-nos, é que faz de nós seres imaturos, estamos a moldar-nos pelo que pensamos que o mundo quer de nós... isso está errado para aqueles que não apanharam!
Bem, vou ter que ver se ainda se arranjam vassouras na Menina Antónia (papelaria da FML para quem não conhece) que é complicado meter os phones quando vêm ter connosco sem tópico de conversa aceitável. O meu medo é o de acordar um dia como mais um cromo que se afoga em livros, não tem ideias próprias, engraxa os profs e depois ainda fuma uma ganza nas olimpíadas para mostrar que é o maior. Especialmente porque isto na terra onde vivo chama-se de imbecilidade (para usar termos não insultuosos.
Vocês já tiveram ou têm colegas cromos graxistas que querem limar até à morte com as costas de uma colher de sopa? Então deixem o vosso comentário que eu estou quase morto de vou para a caminha!
Xau xau!
Para o post em si:
A minha namorada andava antigamente no meu colégio do secundário. Com isso em mente decidi pedir ao Kummando todas as fotos que ele tinha do CAV para lhe mostrar como os nossos amigos tinham passado os 3 anitos mágicos. Mas acabei por ser eu a vê-las.
Como é que eu me divertia tanto?
Ao reparar nas fotografias via que qualquer situação era motivo de divertimento. Não havia um minuto aborrecido, nem que estivessemos a fazer uma frota de barquinhos de papel das pastilhas super gorila, estávamos com um sorriso na cara!
E agora?
Agora rio-me... de vez em quando... mais com uns que com outros... Confesso que tenho um grupo particular de amigos na faculdade com quem me divirto incansavelmente! Mas 5 ou 6 em 300 pessoas? Quando é que distribuiram os paus de vassoura rectais e os neurosupressores?? É que eu acho que faltei a essa aula!
Mas enfim, a situação lembrou-me de algo que vi na TV enquanto a minha mãe estava nas compras (a melhor situação em que um filho pode estar obviamente). Na MTV passava mais um dos "so called" programas da vida real onde mostraram uma rapariga que se dizia muito madura. Não a vi esboçar um sorriso durante o show, não a vi fazer mais nada senão estar ali com um ar de quem está com prisão de ventre há uma semana. É este o conceito de maturidade?
Ou será maturidade a capacidade de reagir de acordo com a situação e saber ser único? Uma pessoa não deve começar a dançar o malhão espontaneamente durante uma reunião de trabalho (a não ser que seja do rancho) mas será que há problema em fazê-lo numa atmosfera despreocupada apenas para provocar o riso?
Eu chamo a isso maturidade. Considero-me uma pessoa relativamente madura (visto que de vez em quando não tenho a melhor atitude perante as situações que se apresentam) e não me importo de fazer caretas, drama e comédia, desde que a situação assim o permita. E se for a um jantar de gala ainda sei pôr o fato e ser cortês! Para mim, não conseguir descontrair, ter sempre aquela manequim de plástico a cobrir-nos, é que faz de nós seres imaturos, estamos a moldar-nos pelo que pensamos que o mundo quer de nós... isso está errado para aqueles que não apanharam!
Bem, vou ter que ver se ainda se arranjam vassouras na Menina Antónia (papelaria da FML para quem não conhece) que é complicado meter os phones quando vêm ter connosco sem tópico de conversa aceitável. O meu medo é o de acordar um dia como mais um cromo que se afoga em livros, não tem ideias próprias, engraxa os profs e depois ainda fuma uma ganza nas olimpíadas para mostrar que é o maior. Especialmente porque isto na terra onde vivo chama-se de imbecilidade (para usar termos não insultuosos.
Vocês já tiveram ou têm colegas cromos graxistas que querem limar até à morte com as costas de uma colher de sopa? Então deixem o vosso comentário que eu estou quase morto de vou para a caminha!
Xau xau!
quinta-feira, maio 24, 2007
Busy bees
O meu cão já se deve estar a perguntar porque é que eu nunca voltei a pôr cá os pés.
Então eu explico-te Nero. Tenho estado altamente ocupado. Tal facto deve-se à produção do diário de medicina preventiva, uma iniciativa muito engraçada que me tem dado uma dor de cabeça aguda... daquelas que a Sra. Alzira tem quando vai à praça às quartas feiras e não há laranjas a preços que "merecem a pena"... Amanhã já vou entregar o diário, faltam-me quatro aulas e estou com um feeling positivo... excepto talvez pelo problema com anatomia, na pessoa do "Couto", denominado como o segundo pior examinador oral...
A minha vida é uma data de reticências...
Neste intervalinho que faço na faculdade desejo também alertar para o crime que se está a cometer no estabelecimento panificador denominado por panicoelho: não há bolachas de manteiga!!!!
QUEM É QUE SE DÁ COMO CULPADO???
Talvez eu, o maior consumidor na área de Rio de Mouro, limpei duas lojas em uma semana. Mas um home tem que s'alimentari!!!
Entretanto convém também realçar, não se preocupem que é o último aparte antes da conclusão, que sobrevivi ao seminário de partilha de experiências de introdução à medicina. Três horas a penar e só há um trabalho que me cativa a vista. E nem é o meu! Francamente apesar de sentir uma profunda necessidade de o fazer, no âmbito da boa nota na medicina humanizada, a realidade é que o que foi apresentado não é humanização, é lamechice. É uma tentativa de mexer com os sentimentos alheios na promoção de ideais, tal como os cartazes políticos. Enfim, vivemos num mundo em que está mais que provado que vale tudo para vender uma ideia e ganhar uns tostões, ou neste caso ter uma boa nota. E espero não ser apanhado por nenhum dos meus colegas tão "humanos"... ainda me chamam fascista ou pior, desumano.
Enfim...
Concluíndo, realço que brevemente acorrerei ao socorro do blog, Nero podes estar descansado! Não me esqueci deste meu roseiral, apenas tenho estado a penar todas as noites em volta do diário, posters, estudos vários, etc.
Nonetheless, I shall deliver!!
Cumprimentos a todos os que têm apoiado esta iniciativa, deixem o vosso comentário que é sempre bem vindo!!
Então eu explico-te Nero. Tenho estado altamente ocupado. Tal facto deve-se à produção do diário de medicina preventiva, uma iniciativa muito engraçada que me tem dado uma dor de cabeça aguda... daquelas que a Sra. Alzira tem quando vai à praça às quartas feiras e não há laranjas a preços que "merecem a pena"... Amanhã já vou entregar o diário, faltam-me quatro aulas e estou com um feeling positivo... excepto talvez pelo problema com anatomia, na pessoa do "Couto", denominado como o segundo pior examinador oral...
A minha vida é uma data de reticências...
Neste intervalinho que faço na faculdade desejo também alertar para o crime que se está a cometer no estabelecimento panificador denominado por panicoelho: não há bolachas de manteiga!!!!
QUEM É QUE SE DÁ COMO CULPADO???
Talvez eu, o maior consumidor na área de Rio de Mouro, limpei duas lojas em uma semana. Mas um home tem que s'alimentari!!!
Entretanto convém também realçar, não se preocupem que é o último aparte antes da conclusão, que sobrevivi ao seminário de partilha de experiências de introdução à medicina. Três horas a penar e só há um trabalho que me cativa a vista. E nem é o meu! Francamente apesar de sentir uma profunda necessidade de o fazer, no âmbito da boa nota na medicina humanizada, a realidade é que o que foi apresentado não é humanização, é lamechice. É uma tentativa de mexer com os sentimentos alheios na promoção de ideais, tal como os cartazes políticos. Enfim, vivemos num mundo em que está mais que provado que vale tudo para vender uma ideia e ganhar uns tostões, ou neste caso ter uma boa nota. E espero não ser apanhado por nenhum dos meus colegas tão "humanos"... ainda me chamam fascista ou pior, desumano.
Enfim...
Concluíndo, realço que brevemente acorrerei ao socorro do blog, Nero podes estar descansado! Não me esqueci deste meu roseiral, apenas tenho estado a penar todas as noites em volta do diário, posters, estudos vários, etc.
Nonetheless, I shall deliver!!
Cumprimentos a todos os que têm apoiado esta iniciativa, deixem o vosso comentário que é sempre bem vindo!!
sexta-feira, maio 11, 2007
Superficial, profundo, whatevs
Optei hoje por um título sucinto, é mesmo do que vou falar. Superficial, profundo como maneiras de estar; o que são? Será que é preferível ser superficial com algumas pessoas, revelando a nossa profundidade a quem sabe lidar com ela?
Em primeiro lugar, definir os termos:
Superficial - ...pouco profundo; pouco fundamentado; sem descer a minúcias; leviano; aparente.
Profundo - com intuito de simplificar tomem como profundo o antónimo de superficial.
Agora, quanto ao meu ponto de vista, podemos dividir as pessoas em vários tipos de profundidade: "aquelas que não passam dali", vulgo FT, aqueles que são mais ou menos profundos, aqueles que fingem que são profundos e aqueles que fingem que são superficiais. A maioria das pessoas profundas conseguem dar-se com gente superficial, tendo um mínimo de humildade e paciência para aguentar as conversas sobre a superpop, morangada e street racings. Já as pessoas superficiais não se conseguem envolver numa conversa profunda, visto que não passam dali. Não estou a dizer nada de mais, é o habitual. Também os superficiais que têm a mania de ser um poço de cultura acabam por esbarrar na parede da sua ignorância e irracionalidade e ser motivo de chacota para todos, genial mesmo essa gente!
No entanto aqueles que apelam mais ao meu interesse são os que descem ao nível da superficialidade quando afinal são gente que pode algo mais que isso. E este curioso grupo de gente foi-me apresentado por uma senhora, que por acaso também lê este blog (como toda a elite cultural devia fazer...isto é só gente 5 estrelas), quando me levava para casa do meu rico paizinho. A superficialidade traz alguma felicidade na vida (felicidade que só a percepção da realidade estraga completamente), o fingimento desta traz outras coisas, nomeadamente alguma discrição, já que somos mais uma pessoa superficial a que ninguém vai ligar, permitindo-nos uma paz relativamente alta; e aceder a certas pessoas com quem seria praticamente impossível a comunicação sem recorrer a temas insípidos. Ora vejamos, recordo com nostalgia o tempo em que baixei o grau da minha conversa aos níveis da...ralé do 11º... só para ouvir o...adivinhem... FT ressoar no pátio as seguintes linhas que ainda hoje inspiram os maiores pensadores da humanidade:
"política? eu quero é gajas!"
"Pois, eu não gosto de me sujar muito, depois de bater uma tenho o lencinho sempre à mão."
Digam lá se não é um prazer ouvir tais palavras! Ainda me vêm lágrimas aos olhos sempre que penso neste poço de... cheio de... fogo, é complicado elogiá-lo, o homem dispõe de tantas qualidades!
Claro que fingir traz certas desvantagens, o facto de babar na almofada à noite (podiamos chamar-lhe incontinência oral, sim, acho que é um bom nome!) e de ao fim de algum tempo começarem a crescer borbulhas no topo da cabeça e couves-flor no pénis. ----> diarreia mental ou seja.
Claramente uma das desvantagens é uma certa repulsão que algumas pessoas boas sentem por gente que lhes começa a parecer superficial. Enfim...
Eu apoio a vida vivida como Ulisses. Ulisses trabalhava nas obras como imigrante ilegal...pera, não é este Ulisses. Ulisses era um homem astucioso... acho. E todos devemos ser. Aquele que tem 2 dedos de testa percebe que não se pode revelar da mesma maneira a toda a gente. Criamos estratégias para definir as pessoas, parecemos agradar a todos porque há inimigos que não se quer, há uma estratégia a seguir na vida para chegar a tal objectivo. É um jogo de xadrez, escrevemos na agenda as jogadas simples e prevemos na cabeça respostas a jogadas complexas que executamos ou não segundo os ganhos. Só o sociopata enfrenta todas as batalhas... e o Donalde Trump... e o Bill Portas... e o Marques Mendes mas esse é baixinho e esquiva-se aos golpes altos...e um pouco ao atirar pó trissómico.
Em jeito de conclusão (como diria metade do campus de medicina em jeito de falta de léxico para substituir o bordão por palavras que não soem tanto como o Paulo Bento ou o Cristiano Ronaldo) convém assinalar a importância da superficialidade! E por mais estranho que isto possa parecer, é realmente importante a última! É esta que nos relaxa no fim de um dia stressante, é desta que nos rimos. Sem mediocridade não haveria humor e eu julgo partilhar com os leitores do blog (o meu cão Nero e o presidente da câmara de vinhais lá do meio, um pouco mais para baixo) uma estima pelo esforço herculiano do nosso treinador (sim, eu sou do sporting) quando tenta não repetir a última palavra ou arranjar um sinónimo para tranquilidade!
Para amenizar (espero estar a utilizar a palavra correctamente) o ambiente um pouco, citarei algumas orações brilhantes que ouvi nestes últimos dias:
"Sim mas no fundo todos queremos morrer" (tudo bem para um emo...não a prof. de BMC)
"Suicídio celular" (lembra-te macrófago, corta os pseudópodes na vertical!)
"Eu até vos percebo, eu estou muito com os meus jogadores da vossa idade, no hotel, nos balneários..." (nos quartos...ai o senhor selecionador de rugby! Sem faltar ao respeito, afinal de contas deu a melhor aula de introdução à medicina deste ano)
Com isto quero finalizar agradecendo a todos os que tornaram este post possível:
-Eu
-Nicola Cafés
-Kummando
-LW
-N.
-Aquela chata que está a ler este post que me deu a ideia(inserir aqui expressão revelando sarcasmo que deverá ser dita em tom de desdém)
-Staff integral da FML e HSM
-Cláudio Ramos, menina dos meus olhos
-Cadbury
-Vaselina Maria Inês
-FT
-Equipa portuguesa de ciclismo do ano de 1976 (leia-se mil nove e setenta e seis)
-Fermento royal
-Bolachas de manteiga da panicoelho
PS: a todos os que ainda tiverem paciência (e se chegaram aqui é por que têm) recomendo o blog de um amigo meu, dedicado aos entusiastas da fotografia - http://golpe-de-vista.blogspot.com/ - simples, actualizado diariamente, com a promessa de uma nova peça de arte em cada post, seja dele ou de outro autor. Vale a pena tirarem uns minutos para apreciarem certas peças!
Em primeiro lugar, definir os termos:
Superficial - ...pouco profundo; pouco fundamentado; sem descer a minúcias; leviano; aparente.
Profundo - com intuito de simplificar tomem como profundo o antónimo de superficial.
Agora, quanto ao meu ponto de vista, podemos dividir as pessoas em vários tipos de profundidade: "aquelas que não passam dali", vulgo FT, aqueles que são mais ou menos profundos, aqueles que fingem que são profundos e aqueles que fingem que são superficiais. A maioria das pessoas profundas conseguem dar-se com gente superficial, tendo um mínimo de humildade e paciência para aguentar as conversas sobre a superpop, morangada e street racings. Já as pessoas superficiais não se conseguem envolver numa conversa profunda, visto que não passam dali. Não estou a dizer nada de mais, é o habitual. Também os superficiais que têm a mania de ser um poço de cultura acabam por esbarrar na parede da sua ignorância e irracionalidade e ser motivo de chacota para todos, genial mesmo essa gente!
No entanto aqueles que apelam mais ao meu interesse são os que descem ao nível da superficialidade quando afinal são gente que pode algo mais que isso. E este curioso grupo de gente foi-me apresentado por uma senhora, que por acaso também lê este blog (como toda a elite cultural devia fazer...isto é só gente 5 estrelas), quando me levava para casa do meu rico paizinho. A superficialidade traz alguma felicidade na vida (felicidade que só a percepção da realidade estraga completamente), o fingimento desta traz outras coisas, nomeadamente alguma discrição, já que somos mais uma pessoa superficial a que ninguém vai ligar, permitindo-nos uma paz relativamente alta; e aceder a certas pessoas com quem seria praticamente impossível a comunicação sem recorrer a temas insípidos. Ora vejamos, recordo com nostalgia o tempo em que baixei o grau da minha conversa aos níveis da...ralé do 11º... só para ouvir o...adivinhem... FT ressoar no pátio as seguintes linhas que ainda hoje inspiram os maiores pensadores da humanidade:
"política? eu quero é gajas!"
"Pois, eu não gosto de me sujar muito, depois de bater uma tenho o lencinho sempre à mão."
Digam lá se não é um prazer ouvir tais palavras! Ainda me vêm lágrimas aos olhos sempre que penso neste poço de... cheio de... fogo, é complicado elogiá-lo, o homem dispõe de tantas qualidades!
Claro que fingir traz certas desvantagens, o facto de babar na almofada à noite (podiamos chamar-lhe incontinência oral, sim, acho que é um bom nome!) e de ao fim de algum tempo começarem a crescer borbulhas no topo da cabeça e couves-flor no pénis. ----> diarreia mental ou seja.
Claramente uma das desvantagens é uma certa repulsão que algumas pessoas boas sentem por gente que lhes começa a parecer superficial. Enfim...
Eu apoio a vida vivida como Ulisses. Ulisses trabalhava nas obras como imigrante ilegal...pera, não é este Ulisses. Ulisses era um homem astucioso... acho. E todos devemos ser. Aquele que tem 2 dedos de testa percebe que não se pode revelar da mesma maneira a toda a gente. Criamos estratégias para definir as pessoas, parecemos agradar a todos porque há inimigos que não se quer, há uma estratégia a seguir na vida para chegar a tal objectivo. É um jogo de xadrez, escrevemos na agenda as jogadas simples e prevemos na cabeça respostas a jogadas complexas que executamos ou não segundo os ganhos. Só o sociopata enfrenta todas as batalhas... e o Donalde Trump... e o Bill Portas... e o Marques Mendes mas esse é baixinho e esquiva-se aos golpes altos...e um pouco ao atirar pó trissómico.
Em jeito de conclusão (como diria metade do campus de medicina em jeito de falta de léxico para substituir o bordão por palavras que não soem tanto como o Paulo Bento ou o Cristiano Ronaldo) convém assinalar a importância da superficialidade! E por mais estranho que isto possa parecer, é realmente importante a última! É esta que nos relaxa no fim de um dia stressante, é desta que nos rimos. Sem mediocridade não haveria humor e eu julgo partilhar com os leitores do blog (o meu cão Nero e o presidente da câmara de vinhais lá do meio, um pouco mais para baixo) uma estima pelo esforço herculiano do nosso treinador (sim, eu sou do sporting) quando tenta não repetir a última palavra ou arranjar um sinónimo para tranquilidade!
Para amenizar (espero estar a utilizar a palavra correctamente) o ambiente um pouco, citarei algumas orações brilhantes que ouvi nestes últimos dias:
"Sim mas no fundo todos queremos morrer" (tudo bem para um emo...não a prof. de BMC)
"Suicídio celular" (lembra-te macrófago, corta os pseudópodes na vertical!)
"Eu até vos percebo, eu estou muito com os meus jogadores da vossa idade, no hotel, nos balneários..." (nos quartos...ai o senhor selecionador de rugby! Sem faltar ao respeito, afinal de contas deu a melhor aula de introdução à medicina deste ano)
Com isto quero finalizar agradecendo a todos os que tornaram este post possível:
-Eu
-Nicola Cafés
-Kummando
-LW
-N.
-Aquela chata que está a ler este post que me deu a ideia(inserir aqui expressão revelando sarcasmo que deverá ser dita em tom de desdém)
-Staff integral da FML e HSM
-Cláudio Ramos, menina dos meus olhos
-Cadbury
-Vaselina Maria Inês
-FT
-Equipa portuguesa de ciclismo do ano de 1976 (leia-se mil nove e setenta e seis)
-Fermento royal
-Bolachas de manteiga da panicoelho
PS: a todos os que ainda tiverem paciência (e se chegaram aqui é por que têm) recomendo o blog de um amigo meu, dedicado aos entusiastas da fotografia - http://golpe-de-vista.blogspot.com/ - simples, actualizado diariamente, com a promessa de uma nova peça de arte em cada post, seja dele ou de outro autor. Vale a pena tirarem uns minutos para apreciarem certas peças!
quinta-feira, maio 03, 2007
Praise
Neste post faço homenagem aos grandes soldados urbanos (título escolhido a dedo para parecer o mais xunga possivel, apesar de não ser, denotando um alto teor de sarcasmo e assim preparando o leitor para a grandessíssima m***a que vem a seguir):
1. LW - Sim, só estás em primeiro lugar porque sem ti não tinha conhecido a N...
2. Sasha Brown - o homem das mil faces. O hippie, o vampiro, o cowboy, o maniaco devorador de brownies... Sasha, estás no coração de todos nós. Ah não, isso é a válvula mitral...
3. P. Serra - A guerra santa acabou há muitos anos...
4. Kummando - Não fizeste absolutamente nada nos últimos tempos mas pronto, praise away!
5. Rub-a-loo - Nunca vi ninguém a improvisar tão bem no bandolim!
6. Preservativos Zig-Zag - Será que esperam mesmo vender com um nome desses? É preciso coragem!
7. Pedro Alves - Straight Flush... não digo mais nada...
8. N. - Se aguentas um mês de mim estás pronta para o tarrafal!
Muitos de vós (todos provavelmente) não entendem as histórias por detrás das homenagens mas peço que acendam uma velhinha por estas almas (não, não há aqui nenhum erro gramatical).
1. LW - Sim, só estás em primeiro lugar porque sem ti não tinha conhecido a N...
2. Sasha Brown - o homem das mil faces. O hippie, o vampiro, o cowboy, o maniaco devorador de brownies... Sasha, estás no coração de todos nós. Ah não, isso é a válvula mitral...
3. P. Serra - A guerra santa acabou há muitos anos...
4. Kummando - Não fizeste absolutamente nada nos últimos tempos mas pronto, praise away!
5. Rub-a-loo - Nunca vi ninguém a improvisar tão bem no bandolim!
6. Preservativos Zig-Zag - Será que esperam mesmo vender com um nome desses? É preciso coragem!
7. Pedro Alves - Straight Flush... não digo mais nada...
8. N. - Se aguentas um mês de mim estás pronta para o tarrafal!
Muitos de vós (todos provavelmente) não entendem as histórias por detrás das homenagens mas peço que acendam uma velhinha por estas almas (não, não há aqui nenhum erro gramatical).
segunda-feira, abril 16, 2007
O sexo e a cidade
Título caricato?
Pois é. Mas tem razão de ser, foi o primeiro pensamento que me veio à cabeça quando pensei na ideia por detrás do post. Adiante que vaguear acerca do título é uma perda de tempo com tanto para contar...
Faz algum tempo em que não dedico algumas palavras a este blog. Aqueles que me conhecem chamarme-iam calão... o que não estaria mais perto da verdade... mas a verdade é que muito tem acontecido nestes últimos tempos desde que eu descobri que a menina Antónia não podia ir ao bailarico. Conheci uma rapariga há uns tempos, amiga do meu amigo LW, falámos (muito), encontrámo-nos no "xópi" e aconteceu a magia: estamos a namorar (nunca me habituarei a tal palavra mas, posto nas palavras do supra-sumo da língua portguesa, Cristiano Ronaldo, "prontos"), eu acho que ela é a mulher mais fantástica do mundo (portuguesa, linda, inteligente, forte e cómica, para resumir muito a enorme panóplia de qualidades que apenas a fariam corar mais, já que ela é agora a 3ª pessoa a ler o blog se contarmos comigo) e pretendo corrigir todos os erros da última vez, provando assim ao mundo que as pessoas mudam e não fazendo o meu amor fugir a sete pés...
A verdade é que as circunstâncias em que nos conhecemos não podiam ser mais caricatas...e agora devo mais que posso pagar ao senhor LW que me pede um pagamento em géneros que eu não tenho. Honestamente não me podia preocupar menos com os detalhes em que eu conheci a minha moçoila, interessa que vejo mais beleza no castanho dos seus olhos que no mundo inteiro, mais luz no seu sorriso que a estrela mais brilhante do universo.
Entretanto, à moda de uma série brilhante em que no final tudo se interliga, o meu mundo mudou muito com esta nova entrada nas minhas vivências. A amiga ex-namorada deixou de falar comigo por razões que fogem à racionalidade humana, perdendo assim o direito às conversas madrugadoras existêncialistas, o LW (Luís Wasconcelos de nome...ou não) decide que o seu limite são 6 Leffes antes de vomitar e prova-se fisiologicamente enganado, a entidade materna compra-me um despertador amarelo do tamanho de um relógio de cozinha e com um sino de potência proporcional de modo a eu não voltar a chegar atrasado a lado nenhum, perdi a virgindade dos campos de football, o spor......
campos de football?!?!?!?
Sim, o jogo em Alvalade foi surreal... mas estava mais interessado ao que se passava à minha volta que o Liedson a fintar 4 maritimos de uma assentada. Não há nada mai' lindo que adeptos de football:
Adepto 1: ó meu c... filho da p... !
Adepto 2: CENTRA CENTRA! (bola no meio campo...)
Adepto 3: MARITIMO! (estava na bancada de sócios do SCP)
Adepto 4: .... (a minha namorada fica muito concentrada enquanto vê a bola)
Observa-se assim que a maioria dos adeptos percebem tanto de football como o meu pai de provar vinho, mariquices todas porque fica bem mas na realidade aquilo é só botar para a boca e dar umas voltinhas porque o vinho tem é que saber bem!
Para concluir gostava de aconchegar com um comentário acerca da nova polémica que anda na boca do povo (não, não é a namorada do Tó Pê nem o novo album dos Da Weasel), nomeadamente a forja ou não da licenciatura de engenharia do engenheiro Sócrates. Discutido desde o homem mais comum até à velhinha da estação que se desvia da tão potencial conversa acerca da época de plantação do coentro e do grau exacto de humidade no solo\produção, este tópico dá-me muitos, muitos, muitos nervos! Fundamentando um pouco mais o stress que isto dá, o engenheiro Sócrates não está num emprego em que precise de recorrer à engenharia. Não é nem será o primeiro ou último politico corrupto no mundo e especialmente em Portugal! E que tal julgarem o homem pela bodega ou não que está a fazer neste país? O mesmo ocorreu com o presidente Clinton, lá porque ele gosta de estar no bem bom com a secretária isso faz dele um mau presidente? Gente! Julguem os politicos pela competência no seu trabalho e não pela idiotisse na sua vida!
Claro que tem sempre um montão de piada poder dizer que o nosso primeiro ministro tem só o 12º ano...se isso não reflectisse a imagem perfeita do nosso país...
Este post é dedicado à minha querida N. pela semana fantástica que me deu e a esperança de um futuro ainda mais promissor!
Pois é. Mas tem razão de ser, foi o primeiro pensamento que me veio à cabeça quando pensei na ideia por detrás do post. Adiante que vaguear acerca do título é uma perda de tempo com tanto para contar...
Faz algum tempo em que não dedico algumas palavras a este blog. Aqueles que me conhecem chamarme-iam calão... o que não estaria mais perto da verdade... mas a verdade é que muito tem acontecido nestes últimos tempos desde que eu descobri que a menina Antónia não podia ir ao bailarico. Conheci uma rapariga há uns tempos, amiga do meu amigo LW, falámos (muito), encontrámo-nos no "xópi" e aconteceu a magia: estamos a namorar (nunca me habituarei a tal palavra mas, posto nas palavras do supra-sumo da língua portguesa, Cristiano Ronaldo, "prontos"), eu acho que ela é a mulher mais fantástica do mundo (portuguesa, linda, inteligente, forte e cómica, para resumir muito a enorme panóplia de qualidades que apenas a fariam corar mais, já que ela é agora a 3ª pessoa a ler o blog se contarmos comigo) e pretendo corrigir todos os erros da última vez, provando assim ao mundo que as pessoas mudam e não fazendo o meu amor fugir a sete pés...
A verdade é que as circunstâncias em que nos conhecemos não podiam ser mais caricatas...e agora devo mais que posso pagar ao senhor LW que me pede um pagamento em géneros que eu não tenho. Honestamente não me podia preocupar menos com os detalhes em que eu conheci a minha moçoila, interessa que vejo mais beleza no castanho dos seus olhos que no mundo inteiro, mais luz no seu sorriso que a estrela mais brilhante do universo.
Entretanto, à moda de uma série brilhante em que no final tudo se interliga, o meu mundo mudou muito com esta nova entrada nas minhas vivências. A amiga ex-namorada deixou de falar comigo por razões que fogem à racionalidade humana, perdendo assim o direito às conversas madrugadoras existêncialistas, o LW (Luís Wasconcelos de nome...ou não) decide que o seu limite são 6 Leffes antes de vomitar e prova-se fisiologicamente enganado, a entidade materna compra-me um despertador amarelo do tamanho de um relógio de cozinha e com um sino de potência proporcional de modo a eu não voltar a chegar atrasado a lado nenhum, perdi a virgindade dos campos de football, o spor......
campos de football?!?!?!?
Sim, o jogo em Alvalade foi surreal... mas estava mais interessado ao que se passava à minha volta que o Liedson a fintar 4 maritimos de uma assentada. Não há nada mai' lindo que adeptos de football:
Adepto 1: ó meu c... filho da p... !
Adepto 2: CENTRA CENTRA! (bola no meio campo...)
Adepto 3: MARITIMO! (estava na bancada de sócios do SCP)
Adepto 4: .... (a minha namorada fica muito concentrada enquanto vê a bola)
Observa-se assim que a maioria dos adeptos percebem tanto de football como o meu pai de provar vinho, mariquices todas porque fica bem mas na realidade aquilo é só botar para a boca e dar umas voltinhas porque o vinho tem é que saber bem!
Para concluir gostava de aconchegar com um comentário acerca da nova polémica que anda na boca do povo (não, não é a namorada do Tó Pê nem o novo album dos Da Weasel), nomeadamente a forja ou não da licenciatura de engenharia do engenheiro Sócrates. Discutido desde o homem mais comum até à velhinha da estação que se desvia da tão potencial conversa acerca da época de plantação do coentro e do grau exacto de humidade no solo\produção, este tópico dá-me muitos, muitos, muitos nervos! Fundamentando um pouco mais o stress que isto dá, o engenheiro Sócrates não está num emprego em que precise de recorrer à engenharia. Não é nem será o primeiro ou último politico corrupto no mundo e especialmente em Portugal! E que tal julgarem o homem pela bodega ou não que está a fazer neste país? O mesmo ocorreu com o presidente Clinton, lá porque ele gosta de estar no bem bom com a secretária isso faz dele um mau presidente? Gente! Julguem os politicos pela competência no seu trabalho e não pela idiotisse na sua vida!
Claro que tem sempre um montão de piada poder dizer que o nosso primeiro ministro tem só o 12º ano...se isso não reflectisse a imagem perfeita do nosso país...
Este post é dedicado à minha querida N. pela semana fantástica que me deu e a esperança de um futuro ainda mais promissor!
quarta-feira, abril 04, 2007
A menina Antónia já não pode ir ao bailado
É uma pena realmente, a menina queria mesmo ir e até já tinha comprado o fato. Agora parte-se a perna e já não pode dançar...que pena.
Não te vás embora já, esta introdução parva até tem fundamento. Nas palavras de Marilyn Manson, devidamente plagiado de outra pessoa qualquer que não tinha metade do estilo e logo ficou apagada da história:
"The death of one is a tragedy, the death of millions is just statistics." (esfaqueamentos procedentes e sucessivos a uma cabra inocente).
A universidade Independente está à porta do encerramento, milhares de estudantes em Portugal inteiro pedem esclarecimento acerca do processo de Bolonha, a economia mundial cruza um momento em que os direitos humanos se pesam com moedas no outro prato da balança mas realmente eu vim falar da menina Antónia.
Fiz as últimas horas do estágio do centro de saúde, no âmbito da disciplina de introdução à medicina. A dra decidiu que eu deveria terminar com as consultas de planeamento familiar e saúde materna, ideia que me agradou imenso pela oportunidade de observar uma outra faixa populacional de Rio de Mouro e esquivar as entregas de exames e prescrições interminaveis de ben-u-ron para dores de todas as intensidades e feitios. E, de entre todas as pérolas da menina Antónia, uma delas sobressaiu, tal a sua magnitude, como o Castelo Branco sobressai nas obras do túnel do marquês:
(Todos os nomes serão alterados, mantendo assim a confidencialidade médico-doente...lol)
Antónia Silva vem à consulta de planeamento familiar. 16 anos, teve um filho há um ano. Nada de novo, há mais um cabaz delas na sala de espera. Entra com o respectivo pai e amante, atitude de louvar, ao menos não a abandonou. O pai tem 23 anos... ninguém estava à espera pois não? Nada... Mesmo assim não é um caso extremamente invulgar, não fosse pelo pequeno pormenor: O pai é o Rogério Silva. Casados? Não... consanguinidade...
QUÊ?????
...sim, partilham o mesmo pai.
...choque...
Bem, sem dúvida que este casal trouxe nova luz sobre os problemas da gravidez adolescente. Ou pelo menos novos problemas... O amor não tem barreiras e eu não faço juízo nenhum quanto a isso, não conheço nenhum dos dois o suficiente para comentar a situação caricata e digo mais, pareciam-me bastante apaixonados. Não menosprezemos no entanto a situação da criança de risco. Geneticamente em risco, em risco pelos pais imaturos, principalmente o pai que tem 23 anos, é tapado como tudo, a "menina" tem mais juízo e cabeça que ele, e ainda assim se deixou engravidar...no comments, a mediocridade política deve-se à mediocridade humana que partilha as ruas com os infelizes que fazem tudo para quebrar o silêncio. E à medida que os erros aumentam a economia não aumenta para os corrigir e sofre. O facto da menina Antónia ainda não ter percebido que é preciso beber leite acaba por prejudicar o seu rendimento e o do país por conseguinte.
A melhor das sortes a todos os infelizes que tenho visto... incluíndo eu...lol
Não te vás embora já, esta introdução parva até tem fundamento. Nas palavras de Marilyn Manson, devidamente plagiado de outra pessoa qualquer que não tinha metade do estilo e logo ficou apagada da história:
"The death of one is a tragedy, the death of millions is just statistics." (esfaqueamentos procedentes e sucessivos a uma cabra inocente).
A universidade Independente está à porta do encerramento, milhares de estudantes em Portugal inteiro pedem esclarecimento acerca do processo de Bolonha, a economia mundial cruza um momento em que os direitos humanos se pesam com moedas no outro prato da balança mas realmente eu vim falar da menina Antónia.
Fiz as últimas horas do estágio do centro de saúde, no âmbito da disciplina de introdução à medicina. A dra decidiu que eu deveria terminar com as consultas de planeamento familiar e saúde materna, ideia que me agradou imenso pela oportunidade de observar uma outra faixa populacional de Rio de Mouro e esquivar as entregas de exames e prescrições interminaveis de ben-u-ron para dores de todas as intensidades e feitios. E, de entre todas as pérolas da menina Antónia, uma delas sobressaiu, tal a sua magnitude, como o Castelo Branco sobressai nas obras do túnel do marquês:
(Todos os nomes serão alterados, mantendo assim a confidencialidade médico-doente...lol)
Antónia Silva vem à consulta de planeamento familiar. 16 anos, teve um filho há um ano. Nada de novo, há mais um cabaz delas na sala de espera. Entra com o respectivo pai e amante, atitude de louvar, ao menos não a abandonou. O pai tem 23 anos... ninguém estava à espera pois não? Nada... Mesmo assim não é um caso extremamente invulgar, não fosse pelo pequeno pormenor: O pai é o Rogério Silva. Casados? Não... consanguinidade...
QUÊ?????
...sim, partilham o mesmo pai.
...choque...
Bem, sem dúvida que este casal trouxe nova luz sobre os problemas da gravidez adolescente. Ou pelo menos novos problemas... O amor não tem barreiras e eu não faço juízo nenhum quanto a isso, não conheço nenhum dos dois o suficiente para comentar a situação caricata e digo mais, pareciam-me bastante apaixonados. Não menosprezemos no entanto a situação da criança de risco. Geneticamente em risco, em risco pelos pais imaturos, principalmente o pai que tem 23 anos, é tapado como tudo, a "menina" tem mais juízo e cabeça que ele, e ainda assim se deixou engravidar...no comments, a mediocridade política deve-se à mediocridade humana que partilha as ruas com os infelizes que fazem tudo para quebrar o silêncio. E à medida que os erros aumentam a economia não aumenta para os corrigir e sofre. O facto da menina Antónia ainda não ter percebido que é preciso beber leite acaba por prejudicar o seu rendimento e o do país por conseguinte.
A melhor das sortes a todos os infelizes que tenho visto... incluíndo eu...lol
quinta-feira, março 22, 2007
Evolução
Qualquer fiel seguidor da minha doutrina estará à espera de um esquema teórico acerca da limitação que afecta 90% da população mundial...
Hoje vou dar um pouco de esperança (isto tem que ser como o Deus da bíblia, ora dilúvio, ora perdão, ora estatuas de sal, ora misericórdia). A evolução existe, eu senti-a mais que uma vez. Hoje posso afirmar indubitavelmente que recebi finalmente o fruto da minha evolução: uma vida mais estável, mais alegre e com mais amigos. Não tenho namorada (não se atropelem mulheres!) mas estou possuído por uma calma tão extrema que chega a ser irritante para aqueles que vivem na azafama de arranjar mais trabalho! As namoradas são muito tema das minhas divagações, isto porque foi tema central de uma década da minha vida, tentar substituir amizades várias por uma mulher (e sexo). Agora sinto falta do sexo. O casamento da Vanessa realmente pôs toda essa história do acaso e do encontrar o que não esperamos numa perspectiva mais clara que nunca. E assim o rio desce no seu leito, conheço gente, faço amigos e amigas, combino saídas e espero o mesmo que esperaria de uma tarde pacata em casa. É impressionante como foi preciso o trabalho conjunto de tanta gente e ocorrência para me fazer crente do acaso.
Ah, mencionei que agora não tenho gente irritante com quem me dou? Só me dou com menos gente, decidi que não vale a pena perder cabelos a tentar encontrar um lugar ao sol e lutar tanto por ele que o único calor que sinto é o da batalha. Na voz de toda a pita, do Brasil a NY, de Inglaterra à Beloura: sou como sou. Não no habitual sentido de pitisse (aaaah, pensavam que vos ia defender heim?) mas num sentido de que com tanto milhar de gente fantástica neste planeta, não vale a pena suportar aqueles irritantes que vemos todos os dias, deixemo-los passar por nós como o vento passa entre as orelhas da mitra.
Demorou a finalmente compreender os conceitos básicos mas consegui! Agora só falta tirar a carta de condução! E a primeira aula, hoje mesmo, foi a hora mais interessante da minha vida:
Quarta Feira, dia de feira em Mem Martins, traduzindo para os felizes, 85% do tráfego da estrada é feito por carrinhas brancas e velhinhos a pé. Para quê usar o passeio? Quantos condutores hão de ter perguntado isto ao cruzarem-se comigo previamente... desculpem a hipocrisia, é preciso conduzir para entender. O instrutor, Humberto de nome, homem calmo mas seguro, nos seus quarenta e poucos anos a julgar por uma certa falta de tonicidade corporal (especialmente ao nível estomacal), de estatura média e cabelo negro, combinando com a voz grave que incorpora um certo tom paternalista, talvez característica de todos os professores que se orgulhem do seu trabalho (esta foi uma descrição literária forçada, digam como correu), acedeu à minha curiosidade quanto ao virgem lugar de condutor (cuidado com as palavras de duplo sentido, eu sou muito homem!). Finalmente rodei a chave e fiz um pequeno trajecto pelas ruelas apertadas em volta da escola. Apenas de volante, chegou no entanto para tomar consciência tanto do meu gosto por carros como pela responsabilidade de quem vai ao lado do pendura. Honestamente os primeiros momentos foram penosos, as distâncias entre o meu veículo e os espelhos laterais dos pobres estacionados pareciam nulas ou negativas, suficiente para desmotivar o novato. As primeiras curvas foram confusas, parecendo que todos os meus pares de mãos se trocavam a virar o carro. O estacionamento foi doloroso, ao comprovar eu que não tinha a mínima técnica para parquear. E no fim de tudo foi óptimo, senti uma montanha a cair das minhas costas. Apesar de nunca ter manobrado um automóvel na vida, havia-me safado com um volante nas mãos pelos trajectos sinuosos e hordas de gente mal disposta típica de uma quarta de manhã. Aquela aula nunca deveria ter acabado...
...Se ao menos o Humberto fosse uma Humberta... de cabelos escuros como uma noite sem lua, faces tão belas que empalidecem os florais campos Holandeses, corpo tão esbelto tecido pelos pensamentos pecaminosos dos deuses, olhos tão penetrantes como flechas, lábios sedutores que geram inveja nas cerejas mais encarnadas...
Mas perfeito, perfeito é Super Bock Sem Álcool!
Hoje vou dar um pouco de esperança (isto tem que ser como o Deus da bíblia, ora dilúvio, ora perdão, ora estatuas de sal, ora misericórdia). A evolução existe, eu senti-a mais que uma vez. Hoje posso afirmar indubitavelmente que recebi finalmente o fruto da minha evolução: uma vida mais estável, mais alegre e com mais amigos. Não tenho namorada (não se atropelem mulheres!) mas estou possuído por uma calma tão extrema que chega a ser irritante para aqueles que vivem na azafama de arranjar mais trabalho! As namoradas são muito tema das minhas divagações, isto porque foi tema central de uma década da minha vida, tentar substituir amizades várias por uma mulher (e sexo). Agora sinto falta do sexo. O casamento da Vanessa realmente pôs toda essa história do acaso e do encontrar o que não esperamos numa perspectiva mais clara que nunca. E assim o rio desce no seu leito, conheço gente, faço amigos e amigas, combino saídas e espero o mesmo que esperaria de uma tarde pacata em casa. É impressionante como foi preciso o trabalho conjunto de tanta gente e ocorrência para me fazer crente do acaso.
Ah, mencionei que agora não tenho gente irritante com quem me dou? Só me dou com menos gente, decidi que não vale a pena perder cabelos a tentar encontrar um lugar ao sol e lutar tanto por ele que o único calor que sinto é o da batalha. Na voz de toda a pita, do Brasil a NY, de Inglaterra à Beloura: sou como sou. Não no habitual sentido de pitisse (aaaah, pensavam que vos ia defender heim?) mas num sentido de que com tanto milhar de gente fantástica neste planeta, não vale a pena suportar aqueles irritantes que vemos todos os dias, deixemo-los passar por nós como o vento passa entre as orelhas da mitra.
Demorou a finalmente compreender os conceitos básicos mas consegui! Agora só falta tirar a carta de condução! E a primeira aula, hoje mesmo, foi a hora mais interessante da minha vida:
Quarta Feira, dia de feira em Mem Martins, traduzindo para os felizes, 85% do tráfego da estrada é feito por carrinhas brancas e velhinhos a pé. Para quê usar o passeio? Quantos condutores hão de ter perguntado isto ao cruzarem-se comigo previamente... desculpem a hipocrisia, é preciso conduzir para entender. O instrutor, Humberto de nome, homem calmo mas seguro, nos seus quarenta e poucos anos a julgar por uma certa falta de tonicidade corporal (especialmente ao nível estomacal), de estatura média e cabelo negro, combinando com a voz grave que incorpora um certo tom paternalista, talvez característica de todos os professores que se orgulhem do seu trabalho (esta foi uma descrição literária forçada, digam como correu), acedeu à minha curiosidade quanto ao virgem lugar de condutor (cuidado com as palavras de duplo sentido, eu sou muito homem!). Finalmente rodei a chave e fiz um pequeno trajecto pelas ruelas apertadas em volta da escola. Apenas de volante, chegou no entanto para tomar consciência tanto do meu gosto por carros como pela responsabilidade de quem vai ao lado do pendura. Honestamente os primeiros momentos foram penosos, as distâncias entre o meu veículo e os espelhos laterais dos pobres estacionados pareciam nulas ou negativas, suficiente para desmotivar o novato. As primeiras curvas foram confusas, parecendo que todos os meus pares de mãos se trocavam a virar o carro. O estacionamento foi doloroso, ao comprovar eu que não tinha a mínima técnica para parquear. E no fim de tudo foi óptimo, senti uma montanha a cair das minhas costas. Apesar de nunca ter manobrado um automóvel na vida, havia-me safado com um volante nas mãos pelos trajectos sinuosos e hordas de gente mal disposta típica de uma quarta de manhã. Aquela aula nunca deveria ter acabado...
...Se ao menos o Humberto fosse uma Humberta... de cabelos escuros como uma noite sem lua, faces tão belas que empalidecem os florais campos Holandeses, corpo tão esbelto tecido pelos pensamentos pecaminosos dos deuses, olhos tão penetrantes como flechas, lábios sedutores que geram inveja nas cerejas mais encarnadas...
Mas perfeito, perfeito é Super Bock Sem Álcool!
domingo, março 18, 2007
Post completamente aleatório
Parabéns à Vanessa pelo noivado!
Aproveito já agora para debitar alguns "remarks", deixar o blog no deserto é triste.
Ao longo da semana encontrei-me com "certas e determinadas" (uma expressão muito na moda, primeiro vem a xuxa, depois os bordões e no fim voltamos às fraldas antes de morrer) incoerências. Algumas são vivas e outras esporadicamente vomitadas de pessoas que eu até pensava serem normais.
Podemos por exemplo ir buscar o choque de uma pessoa face à verdade "Salazar não era fascista". Tal expressão consegue tornar qualquer dócil individuo numa máquina de esfolamento pública! E efectivamente na teoria Salazar não era fascista, era um ditador autocrático (nome pomposo para um ditador que nem sequer se dá ao trabalho de controlar todos os sectores da sociedade). Obviamente que utilizar a palavra Salazar seguida de uma conotação negativa ou a intenção de rapar a massa do bolo que ficou na taça significa que eu próprio sou fascista... e assim passei a ser o satânico fascista da faculdade (satânico porque por acaso sou literado nessa religião, significando também que adoro o diabo por via de um culto que expressamente não adora o diabo). Se alguém se lembrar de mais algum adjectivo que me ficasse bem que o deixe nos comentários e eu arranjarei maneira de mo aplicarem...isto se a multidão de linchamento, munida das suas forquilhas, foices e martelos (e porque não catanas também, já que a bandeira comunista de Angola se vê mais por aí que a nossa), não decidir que eu ando a corromper crianças e atraír mau agoiro. Livra!
Existiram outros momentos que realmente lançaram a minha esperança na humanidade pela sarjeta abaixo por momentos. Esta foi uma semana de desmentidos oportunos: a opinião é igual à vertente momentânea que mais favorece o orador. Poderia citar nomes mas de momento tenho demasiados problemas para ter que lidar com gente a barafustar porque tal e tal ou tal e kês. O facto de essas incoerências terem vindo inclusivamente de amigos que eu levo em elevada consideração pelas capacidades cognitivas levou-me a questionar o nosso próprio intelecto. Será que somos tão inteligentes como parecemos? Ou tão acima de uma pita ou um xunga? Somos sem dúvida seres superiores já que temos a capacidade de utilizar o abecedário para formar palavras e frases ou ler até. Mas volta e meia cada pessoa dá um tropeção que até dá pena. E a importância prática disto não é perdermos tempo em introspectivas inúteis. É apenas no desenvolvimento da tolerância à primeira impressão. O "não julgues o livro pela capa". Um dia seremos nós a cometer o erro das nossas vidas e eu não vou querer que me olhem por esse erro para sempre.
Já se faz um pouco tarde e as letras já não estão distintas. Boa noite fieis seguidores do meu fórum (eu e a Interpol) e amanhã com um pouco de sorte acordo com "genica" (palavra mítica) para escrever sobre as tensões geradas diariamente no grupo "anti-basofe", uma batalha épica, o nascimento de um líder e uma guerra perpétua (por mais que tente nunca xegarei aos pés de Leonidas no filme 300, fica isso também para a próxima).
Peço também que quem for bondoso o suficiente para deixar um comentário, assinem de qualquer maneira, nome, um "alias", iniciais, qualquer coisa. Dar-me-ia maior alento saber que não é só a Interpol e as ex-namoradas (temerosas que eu ponha fotos indecentes delas aqui) que leem as minhas preciosidades literárias, mais bem pontuadas que um livro de Saramago...uau, no 2º ano já pontuam melhor que ele...
Aproveito já agora para debitar alguns "remarks", deixar o blog no deserto é triste.
Ao longo da semana encontrei-me com "certas e determinadas" (uma expressão muito na moda, primeiro vem a xuxa, depois os bordões e no fim voltamos às fraldas antes de morrer) incoerências. Algumas são vivas e outras esporadicamente vomitadas de pessoas que eu até pensava serem normais.
Podemos por exemplo ir buscar o choque de uma pessoa face à verdade "Salazar não era fascista". Tal expressão consegue tornar qualquer dócil individuo numa máquina de esfolamento pública! E efectivamente na teoria Salazar não era fascista, era um ditador autocrático (nome pomposo para um ditador que nem sequer se dá ao trabalho de controlar todos os sectores da sociedade). Obviamente que utilizar a palavra Salazar seguida de uma conotação negativa ou a intenção de rapar a massa do bolo que ficou na taça significa que eu próprio sou fascista... e assim passei a ser o satânico fascista da faculdade (satânico porque por acaso sou literado nessa religião, significando também que adoro o diabo por via de um culto que expressamente não adora o diabo). Se alguém se lembrar de mais algum adjectivo que me ficasse bem que o deixe nos comentários e eu arranjarei maneira de mo aplicarem...isto se a multidão de linchamento, munida das suas forquilhas, foices e martelos (e porque não catanas também, já que a bandeira comunista de Angola se vê mais por aí que a nossa), não decidir que eu ando a corromper crianças e atraír mau agoiro. Livra!
Existiram outros momentos que realmente lançaram a minha esperança na humanidade pela sarjeta abaixo por momentos. Esta foi uma semana de desmentidos oportunos: a opinião é igual à vertente momentânea que mais favorece o orador. Poderia citar nomes mas de momento tenho demasiados problemas para ter que lidar com gente a barafustar porque tal e tal ou tal e kês. O facto de essas incoerências terem vindo inclusivamente de amigos que eu levo em elevada consideração pelas capacidades cognitivas levou-me a questionar o nosso próprio intelecto. Será que somos tão inteligentes como parecemos? Ou tão acima de uma pita ou um xunga? Somos sem dúvida seres superiores já que temos a capacidade de utilizar o abecedário para formar palavras e frases ou ler até. Mas volta e meia cada pessoa dá um tropeção que até dá pena. E a importância prática disto não é perdermos tempo em introspectivas inúteis. É apenas no desenvolvimento da tolerância à primeira impressão. O "não julgues o livro pela capa". Um dia seremos nós a cometer o erro das nossas vidas e eu não vou querer que me olhem por esse erro para sempre.
Já se faz um pouco tarde e as letras já não estão distintas. Boa noite fieis seguidores do meu fórum (eu e a Interpol) e amanhã com um pouco de sorte acordo com "genica" (palavra mítica) para escrever sobre as tensões geradas diariamente no grupo "anti-basofe", uma batalha épica, o nascimento de um líder e uma guerra perpétua (por mais que tente nunca xegarei aos pés de Leonidas no filme 300, fica isso também para a próxima).
Peço também que quem for bondoso o suficiente para deixar um comentário, assinem de qualquer maneira, nome, um "alias", iniciais, qualquer coisa. Dar-me-ia maior alento saber que não é só a Interpol e as ex-namoradas (temerosas que eu ponha fotos indecentes delas aqui) que leem as minhas preciosidades literárias, mais bem pontuadas que um livro de Saramago...uau, no 2º ano já pontuam melhor que ele...
sábado, março 10, 2007
Padrão marginal
Decerto que todo o português devidamente vivenciado conhece as várias facções padronizadas nacionais, como posto por uma amiga, "like they are all from a single conscience". Surfistas, geeks elitistas, hippies, góticos, satânicos, vamps, prostitutas sociais, rebeldes acefalos.
Quando não há escolha racional então constantemente se perde mais alguém para um dos grupos padronizados acima indicados. Mas aqueles, como eu, que escolhem marginalizar-se de todos os grupos? Pertenceremos ao grupo dos que não pertencem a nenhum grupo anterior?
Sim.
Apenas porque há muitas pessoas, haverá sempre um modo de as agrupar por características semelhantes. O que interessa é o que está inerente a determinado grupo. A título de exemplo, não é estar no grupo da xungaria que nos faz maus, é a razão pela qual aí fomos agrupados: comportamento desviante, ego do tamanho do mundo, propensão para a agressividade, escolha forçada da decisão errada. O meu grupo é o grupo dos que discutem os grupos, aliás, sou especialmente feliz por pertencer à massa que realmente tenta fazer algo pelo mundo. Por cada surfista, xunga, pita converido haverão outros mil a entrar no grupo. Mas é uma vida mais perto de salvar a sua alma. É uma profissão cansativa a de tentar mudar o mundo pessoa a pessoa. Também é a medicina, curar mil doentes quando três mil novos surgiram. A batalha da saúde é uma batalha perdida já que a morte é iminente e impossivel de evitar. O consolo necessário a esta viagem na tentativa já frustrada de salvar o mundo retira-se da alegria de ajudar o próximo. Podem morrer mil e eu salvar um, já salvei uma vida. E o valor de uma vida é imensurável. 999 mortes são do mesmo modo um preço altíssimo. Não obstante, sempre que der tudo de mim em busca de promover um mundo melhor então dormirei bem à noite. E posso ter usado centos, nunca os prejudiquei. E no fim valerá a pena, quando em vez de um eu salvar dez.
É uma questão de perspectiva. O sentido crítico é a arma mais preciosa que o ser humano tem. Negligenciada a pontos que nos aproximam dos mamíferos primitivos por vezes. E, acoplada a este, terá que vir um "positive outlook". Não podemos olhar para um problema e sentirmos o peso deste a esmagar-nos. Temos que olhar para ele como um novelo de lâ, quase infinito, basta pegar na ponta e desenrolar. Não podemos olhar para nós mesmos e sentir remorsos paralizantes com as nossas acções passadas. Temo que fazer alguma coisa. E o padrão marginal...também é uma forma de ver as coisas. Só tem vergonha de pertencer a um grupo quem não partilha da sua ideologia.
Now for the english segment.
The golden years are almost over, getting worse by the hour. So now we are obliged to give our children those golden years again. If we so much as make it closer to what it was for us, then we did an outstanding work. I sincerely hope im living a mistake, dreaming of a horrible end that doesn't exist and a lost battle.
Quando não há escolha racional então constantemente se perde mais alguém para um dos grupos padronizados acima indicados. Mas aqueles, como eu, que escolhem marginalizar-se de todos os grupos? Pertenceremos ao grupo dos que não pertencem a nenhum grupo anterior?
Sim.
Apenas porque há muitas pessoas, haverá sempre um modo de as agrupar por características semelhantes. O que interessa é o que está inerente a determinado grupo. A título de exemplo, não é estar no grupo da xungaria que nos faz maus, é a razão pela qual aí fomos agrupados: comportamento desviante, ego do tamanho do mundo, propensão para a agressividade, escolha forçada da decisão errada. O meu grupo é o grupo dos que discutem os grupos, aliás, sou especialmente feliz por pertencer à massa que realmente tenta fazer algo pelo mundo. Por cada surfista, xunga, pita converido haverão outros mil a entrar no grupo. Mas é uma vida mais perto de salvar a sua alma. É uma profissão cansativa a de tentar mudar o mundo pessoa a pessoa. Também é a medicina, curar mil doentes quando três mil novos surgiram. A batalha da saúde é uma batalha perdida já que a morte é iminente e impossivel de evitar. O consolo necessário a esta viagem na tentativa já frustrada de salvar o mundo retira-se da alegria de ajudar o próximo. Podem morrer mil e eu salvar um, já salvei uma vida. E o valor de uma vida é imensurável. 999 mortes são do mesmo modo um preço altíssimo. Não obstante, sempre que der tudo de mim em busca de promover um mundo melhor então dormirei bem à noite. E posso ter usado centos, nunca os prejudiquei. E no fim valerá a pena, quando em vez de um eu salvar dez.
É uma questão de perspectiva. O sentido crítico é a arma mais preciosa que o ser humano tem. Negligenciada a pontos que nos aproximam dos mamíferos primitivos por vezes. E, acoplada a este, terá que vir um "positive outlook". Não podemos olhar para um problema e sentirmos o peso deste a esmagar-nos. Temos que olhar para ele como um novelo de lâ, quase infinito, basta pegar na ponta e desenrolar. Não podemos olhar para nós mesmos e sentir remorsos paralizantes com as nossas acções passadas. Temo que fazer alguma coisa. E o padrão marginal...também é uma forma de ver as coisas. Só tem vergonha de pertencer a um grupo quem não partilha da sua ideologia.
Now for the english segment.
The golden years are almost over, getting worse by the hour. So now we are obliged to give our children those golden years again. If we so much as make it closer to what it was for us, then we did an outstanding work. I sincerely hope im living a mistake, dreaming of a horrible end that doesn't exist and a lost battle.
segunda-feira, março 05, 2007
Um prego, 999 maravilhas
Num dia normal viria aqui falar de quão mal correu a minha frequência de anatomia...não é um dia normal, é o dia 5 de Março, data do concerto dos Incubus.
Acordo a uma hora pouco compativel com a minha espécie, havia ainda que estudar. De pouco me valeu à hora de almoço em que vi a vida a andar para trás com 50 perguntas que... pronto, não vale a pena sequer pensar.
3 da tarde, hora de apanhar demasiados metros até à "cidade perdida". Isto porque para chegar ao oriente há que passar por aglomerados VIP como chelas, bela vista... e lá está o oriente, esquecido às massas, um pequeno paraíso para quem se dispuser a olhar duas vezes. E lá encontro os meus dois cúmplices habituais, mais tarde uma terceira, Kaya de alcunha. Já no lusco-fusco me cruzo finalmente com a minha ex-namorada, a qual não surpreendentemente não me suscitou algum interesse maior que uma morna amizade e 10 episódios de smallville que lhe devia- óptimo, é óptimo confirmar as nossas teorias sobre sentimentos desaparecidos- e o seu cã..... namorado (Esconder sarcasmo nunca foi o meu forte pois não?). Vai uma cerveja, a única coisa que me assentou no estômago sem querer voltar para trás, e "bora lá malta" para o concerto.
E agora começa a parte engraçada. O segurança começa a revistar-me... e revista... e revista... e lá passo eu. E o Mário atrás dá-lhe dois toques e manda-o entrar. Qual é a diferença? A diferença é uma camisola com uma caveira e um blusão de cabedal. Isto lembrou-me de um antigo colega dessa tão simpática e amistosa claque que são os NoNameBoys a contar-me que eles passam os petardos para dentro do estádio na mala das velhinhas...não vale a pena dizer mais nada, point made.
Agora para o concerto própriamente dito:
Começou com uma banda para mim desconhecida, os "more than a thousand". Apesar deste facto, já lhes havia comprado uma t-shirt (e à kaya) com mais uma caveira. Infelizmente os Incubus ficaram a perder comigo no merchandise, custa-me imenso dar 30€ por uma camisola, quanto mais 50 por uma sweat. Francamente gostei desta primeira banda. Talvez ainda estejam um pouco verdes, ainda com um pé na garagem e outro no palco. Aos fãs, culpem o sistema de som. Mas sem dúvida que tiraram o nome corrente das bandas portuguesas, com "hits" como Dzrt, FF, Floribela, mundo secreto, etc, da amargura. É sem dúvida mais do mesmo tipo de música portanto quem já está farto da música da desgraçadinha, não comprem o álbum. Àqueles que ainda têm espaço na prateleira para punk-emo-rock-merda (não num tom prejurativo), comprem o cd, é uma banda portuguesa que, se depender de mim, veio para ficar. Como não depende, esperemos que o mundo secreto não os apanhe na rua e os rappem até à morte.
Agora a banda pela qual tinha pago 30€. Aquela que me consolou num quarto casca de ovo quando uma namorada acabou comigo, que esteve lá acalmando-me enquanto o inferno ardia fora daqueles headphones, "a banda". Os Incubus. Começaram bombásticamente, misturando entre os temas antigos e os novos. Ouvi dizer que o guitarrista "Mike" deu um prego numa nota qualquer, nem reparei sinceramente. O show estava espetacular, o fim foi terrível. Mas o fim de qualquer concerto bom é terrível afinal de contas.
Daqui da plateia viram-se fenómenos impressionantes, nomeadamente, como é que alguém que está no meio do pavilhão cheio consegue "furar" até ao gradeamento frontal? A resposta é pequena: "kaya". E uma ajuda das tentativas frustradas de "mosh", que no final só eram aproveitadas pelos astutos para se aproximarem mais uns bons metros das solas do Boyd. Kaya, estiveste bem, trouxeste muita coisa ao concerto e espero encontrar-te na proxima vez.
Insiram aqui as frases habituais de ódio e desprezo por algumas pessoas, vingança talvez. Hoje doem-me demasiado as pernas para raciocinar e sinto que já não tenho grande vingança por tomar. Só tenho pena de ter partilhado os Incubus com a minha ex-namorada. Outrora minha banda, agora anda na boca de quem queria e não quero mais. Nada a fazer, também não me importa assim tanto, foi pior quando gostava dela.
Cumps to Naomi for Rachel Brice, tribal fusion bellydance and those D&Bass too ^_^ One day u'l be as gr8 as her or better!
Acordo a uma hora pouco compativel com a minha espécie, havia ainda que estudar. De pouco me valeu à hora de almoço em que vi a vida a andar para trás com 50 perguntas que... pronto, não vale a pena sequer pensar.
3 da tarde, hora de apanhar demasiados metros até à "cidade perdida". Isto porque para chegar ao oriente há que passar por aglomerados VIP como chelas, bela vista... e lá está o oriente, esquecido às massas, um pequeno paraíso para quem se dispuser a olhar duas vezes. E lá encontro os meus dois cúmplices habituais, mais tarde uma terceira, Kaya de alcunha. Já no lusco-fusco me cruzo finalmente com a minha ex-namorada, a qual não surpreendentemente não me suscitou algum interesse maior que uma morna amizade e 10 episódios de smallville que lhe devia- óptimo, é óptimo confirmar as nossas teorias sobre sentimentos desaparecidos- e o seu cã..... namorado (Esconder sarcasmo nunca foi o meu forte pois não?). Vai uma cerveja, a única coisa que me assentou no estômago sem querer voltar para trás, e "bora lá malta" para o concerto.
E agora começa a parte engraçada. O segurança começa a revistar-me... e revista... e revista... e lá passo eu. E o Mário atrás dá-lhe dois toques e manda-o entrar. Qual é a diferença? A diferença é uma camisola com uma caveira e um blusão de cabedal. Isto lembrou-me de um antigo colega dessa tão simpática e amistosa claque que são os NoNameBoys a contar-me que eles passam os petardos para dentro do estádio na mala das velhinhas...não vale a pena dizer mais nada, point made.
Agora para o concerto própriamente dito:
Começou com uma banda para mim desconhecida, os "more than a thousand". Apesar deste facto, já lhes havia comprado uma t-shirt (e à kaya) com mais uma caveira. Infelizmente os Incubus ficaram a perder comigo no merchandise, custa-me imenso dar 30€ por uma camisola, quanto mais 50 por uma sweat. Francamente gostei desta primeira banda. Talvez ainda estejam um pouco verdes, ainda com um pé na garagem e outro no palco. Aos fãs, culpem o sistema de som. Mas sem dúvida que tiraram o nome corrente das bandas portuguesas, com "hits" como Dzrt, FF, Floribela, mundo secreto, etc, da amargura. É sem dúvida mais do mesmo tipo de música portanto quem já está farto da música da desgraçadinha, não comprem o álbum. Àqueles que ainda têm espaço na prateleira para punk-emo-rock-merda (não num tom prejurativo), comprem o cd, é uma banda portuguesa que, se depender de mim, veio para ficar. Como não depende, esperemos que o mundo secreto não os apanhe na rua e os rappem até à morte.
Agora a banda pela qual tinha pago 30€. Aquela que me consolou num quarto casca de ovo quando uma namorada acabou comigo, que esteve lá acalmando-me enquanto o inferno ardia fora daqueles headphones, "a banda". Os Incubus. Começaram bombásticamente, misturando entre os temas antigos e os novos. Ouvi dizer que o guitarrista "Mike" deu um prego numa nota qualquer, nem reparei sinceramente. O show estava espetacular, o fim foi terrível. Mas o fim de qualquer concerto bom é terrível afinal de contas.
Daqui da plateia viram-se fenómenos impressionantes, nomeadamente, como é que alguém que está no meio do pavilhão cheio consegue "furar" até ao gradeamento frontal? A resposta é pequena: "kaya". E uma ajuda das tentativas frustradas de "mosh", que no final só eram aproveitadas pelos astutos para se aproximarem mais uns bons metros das solas do Boyd. Kaya, estiveste bem, trouxeste muita coisa ao concerto e espero encontrar-te na proxima vez.
Insiram aqui as frases habituais de ódio e desprezo por algumas pessoas, vingança talvez. Hoje doem-me demasiado as pernas para raciocinar e sinto que já não tenho grande vingança por tomar. Só tenho pena de ter partilhado os Incubus com a minha ex-namorada. Outrora minha banda, agora anda na boca de quem queria e não quero mais. Nada a fazer, também não me importa assim tanto, foi pior quando gostava dela.
Cumps to Naomi for Rachel Brice, tribal fusion bellydance and those D&Bass too ^_^ One day u'l be as gr8 as her or better!
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